Expressões ecofictícias em arena: antropocentrismo, capitalismo e meio ambiente na trilogia Jogos Vorazes, de Suzanne Collins

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Figueirêdo, Ferdinando de Oliveira
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
Texto Completo: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4665
Resumo: Esta tese analisa a trilogia Jogos Vorazes (2008-2010), da escritora norte-americana Suzanne Collins, pela perspectiva ecocrítica. Os romances que a compõem (The Hunger Games [Jogos Vorazes], 2008; Catching Fire [Em Chamas], 2009; e Mockingjay [A Esperança], 2010) podem ser classificados como distópicas, ficção especulativa, pós-apocalípticos, ou, ainda, obras ecofictícias, ou seja, uma narrativa que alerta para as demandas ambientais, bem como para a relação entre o homem e o meio ambiente, de forma que ser humano e natureza ocupam uma função de destaque no enredo (DWYER, 2010). Nesse sentido, as peculiaridades deste grupo ficcional problematizam o conceito de Antropoceno, título concedido à nossa era contemporânea, na qual a humanidade é tratada enquanto agente geológico das mudanças ocorridas no Planeta e, aliada a essa definição, ascende-se à ideia do capitalismo enquanto força motriz que impulsiona os atos humanos em busca do progresso mediante o uso inconsequente dos bens naturais. Ao construir um contexto ditatorial e tenebroso para a Terra e a sociedade, Collins promove uma reflexão sobre o antropocentrismo, o capitalismo e o meio ambiente como elementos que, em seus processos de atuação, se submetem aos comandos do homem, seja de forma material ou simbólica, gerando consequências alarmantes aos humanos e aos não-humanos, sendo os primeiros representados distintamente pelas camadas sociais menos favorecidas economicamente e pelos membros da elite, especificidades que motivam esta leitura pelo viés ecocrítico. Desse modo, este estudo se desenvolve em uma pesquisa de cunho qualitativo, com a adoção do método de Abordagem Textual, metodologia frequentemente aplicada em análises que aliam os Estudos Culturais com a Literatura, e que determina uma visão crítica sobre mundo de forma sistêmica, levando o leitor a uma consciência que eventualmente o conduzirá a mudar a sua visão e o seu comportamento enquanto habitante de um planeta cuja vida está em vias de extinção.
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Nesse sentido, as peculiaridades deste grupo ficcional problematizam o conceito de Antropoceno, título concedido à nossa era contemporânea, na qual a humanidade é tratada enquanto agente geológico das mudanças ocorridas no Planeta e, aliada a essa definição, ascende-se à ideia do capitalismo enquanto força motriz que impulsiona os atos humanos em busca do progresso mediante o uso inconsequente dos bens naturais. Ao construir um contexto ditatorial e tenebroso para a Terra e a sociedade, Collins promove uma reflexão sobre o antropocentrismo, o capitalismo e o meio ambiente como elementos que, em seus processos de atuação, se submetem aos comandos do homem, seja de forma material ou simbólica, gerando consequências alarmantes aos humanos e aos não-humanos, sendo os primeiros representados distintamente pelas camadas sociais menos favorecidas economicamente e pelos membros da elite, especificidades que motivam esta leitura pelo viés ecocrítico. Desse modo, este estudo se desenvolve em uma pesquisa de cunho qualitativo, com a adoção do método de Abordagem Textual, metodologia frequentemente aplicada em análises que aliam os Estudos Culturais com a Literatura, e que determina uma visão crítica sobre mundo de forma sistêmica, levando o leitor a uma consciência que eventualmente o conduzirá a mudar a sua visão e o seu comportamento enquanto habitante de um planeta cuja vida está em vias de extinção.This thesis analyzes the Hunger Games trilogy (2008-2010), by the North-American writer Suzanne Collins from an ecocritical perspective. The novels that compose it (The Hunger Games, 2008; Catching Fire, 2009; and Mockingjay, 2010) can be classified as dystopian, speculative, post-apocalyptic fiction or ecofiction works, that is, narratives that remind environmental demands and the relationship between men and the environment, so that humans and nature occupy some crucial function in the plot (DWYER, 2010). Then, the peculiarities of this fictional group problematize the concept of Anthropocene, title given to our contemporary era, in which humanity is treated like the geological agent of the changes occurred in Planet and allied with that principle, ascend itself to the idea of capitalism as a driving force that boosts the human acts in search for progress through the inconsequent use of natural resources. In developing a dictatorial and sinister context to Earth and society, Collins promotes a reflection about anthropocentrism, capitalism and the environment as elements that, in their acting processes, are submitted to the commandments of man, whether material or symbolic way, generate alarming consequences to humans and non-humans, being the first represented distinctly by the economically least privileged social strata and the elite members, specificities that propel this reading through an ecocritical view. Therefore, this study is developed according to a research of qualitative nature, with the adoption of the Textual Approach method, methodology often applied in an analysis that ally Cultural Studies with Literature and determines a critical perspective about the world in a systemic manner, introducing the reader to a consciousness that possibly will lead him/her to change his/her view and behavior while inhabitant of a planet whose life is up to extinguish.Universidade Estadual da ParaíbaPró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGPBrasilUEPBPrograma de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLILiebig, Sueli Meirahttp://lattes.cnpq.br/1110267130576680Figueirêdo, Ferdinando de Oliveira2023-06-03T23:08:28Z2024-05-102023-03-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfFIGUEIRÊDO, F. O. Expressões ecofictícias em arena: antropocentrismo, capitalismo e meio ambiente na trilogia Jogos Vorazes, de Suzanne Collins. 2023. 219 f. 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