A escrita da voz e do nome: Sócrates e Meleto na Apologia de Platão
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB |
Texto Completo: | http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2727 |
Resumo: | Esta pesquisa cujo título é “A escrita da voz e do nome: Sócrates e Meleto na Apologia de Platão” estuda a Apologia de Sócrates, bem como os prefácios sobre esta obra, estuda a questão do nome em suas significações e a ambivalência de Sócrates e Meleto perante o Estado. Parte do princípio de que Meleto é peça fundamental para se entender o enredo da Apologia escrita por Platão e observa esta narrativa literária analisando Meleto e Sócrates, ora como “máquina de guerra” ora como exímios representantes do Estado em seus interesses políticos, jurídicos e religiosos. Este estudo não se furta de observar de que forma Sócrates e Meleto aparecem nos prefácios escritos sobre a Apologia à qual narra a condenação de Sócrates em 399 a. C., na cidade-Estado, Atenas, nesta narrativa se estuda a tensão estabelecida a partir do diálogo entre a escrita, a voz e a oralização desta escrita, principais suportes midiáticos ou tecnologias de inteligência que integram a vida literária destes protagonistas. Discute o percurso transitivo da voz à escrita neste diálogo a fim de esclarecer o motivo da voz de Meleto ser a que menos aparece na Apologia. Chama a atenção para se entender como a voz de Meleto surge nesta narrativa que comporta suportes teóricos cujas semioses interculturais esclarecem a relação de poder estabelecida em função do que dizem e pensam os prefaciadores diante do dualismo apatia/empatia em relação aos personagens da Apologia. A denúncia contra Sócrates foi impetrada pelo viés da escrita de Meleto e o confronto das defesas e acusações mútuas ocorreu através de suas vozes em diálogos posteriormente transcritos pela escrita de Platão. Neste sentido, pode-se entender que a voz na Apologia realiza dois tipos de oralidades, uma originada do empirismo do que não está registrado ou dito e, a outra, oriunda do conhecimento midiatizado e intermediado pela tradição escrita. Esta narrativa é imprescindível para os estudos da Crítica Literária pela rica fonte Semiótica presente em suas interfaces, às quais, vão da mídia da voz à mídia da escrita. A análise teve sua base teórica fundamentada em: Platão, Xenofonte, Genette, DidiHuberman, Maingueneau, Bakhtin, Bourdieu, Deleuze-Guatarri, Le Goff, Zumthor, Peirce, Saussure, Santaella, Derrida, Spivak, Justino, Pierre Lèvy, Rancière, Barthes, Ginzburg e Moisés. |
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A escrita da voz e do nome: Sócrates e Meleto na Apologia de Platão1. Apologia de Sócrates 2. Prefácios 3. Voz 4. EscritaCIENCIAS SOCIAIS APLICADASEsta pesquisa cujo título é “A escrita da voz e do nome: Sócrates e Meleto na Apologia de Platão” estuda a Apologia de Sócrates, bem como os prefácios sobre esta obra, estuda a questão do nome em suas significações e a ambivalência de Sócrates e Meleto perante o Estado. Parte do princípio de que Meleto é peça fundamental para se entender o enredo da Apologia escrita por Platão e observa esta narrativa literária analisando Meleto e Sócrates, ora como “máquina de guerra” ora como exímios representantes do Estado em seus interesses políticos, jurídicos e religiosos. Este estudo não se furta de observar de que forma Sócrates e Meleto aparecem nos prefácios escritos sobre a Apologia à qual narra a condenação de Sócrates em 399 a. C., na cidade-Estado, Atenas, nesta narrativa se estuda a tensão estabelecida a partir do diálogo entre a escrita, a voz e a oralização desta escrita, principais suportes midiáticos ou tecnologias de inteligência que integram a vida literária destes protagonistas. Discute o percurso transitivo da voz à escrita neste diálogo a fim de esclarecer o motivo da voz de Meleto ser a que menos aparece na Apologia. Chama a atenção para se entender como a voz de Meleto surge nesta narrativa que comporta suportes teóricos cujas semioses interculturais esclarecem a relação de poder estabelecida em função do que dizem e pensam os prefaciadores diante do dualismo apatia/empatia em relação aos personagens da Apologia. A denúncia contra Sócrates foi impetrada pelo viés da escrita de Meleto e o confronto das defesas e acusações mútuas ocorreu através de suas vozes em diálogos posteriormente transcritos pela escrita de Platão. Neste sentido, pode-se entender que a voz na Apologia realiza dois tipos de oralidades, uma originada do empirismo do que não está registrado ou dito e, a outra, oriunda do conhecimento midiatizado e intermediado pela tradição escrita. Esta narrativa é imprescindível para os estudos da Crítica Literária pela rica fonte Semiótica presente em suas interfaces, às quais, vão da mídia da voz à mídia da escrita. A análise teve sua base teórica fundamentada em: Platão, Xenofonte, Genette, DidiHuberman, Maingueneau, Bakhtin, Bourdieu, Deleuze-Guatarri, Le Goff, Zumthor, Peirce, Saussure, Santaella, Derrida, Spivak, Justino, Pierre Lèvy, Rancière, Barthes, Ginzburg e Moisés.Esta pesquisa intitulada como “La escrita de la voz y del nombre: Sócrates y Meleto en la apología de Platón” estudia la Apología de Sócrates, bien como los prefacios sobre esta obra, estudia la cuestión del nombre en sus significaciones y la ambivalencia de Sócrates y Meleto delante el Estado. Parte del principio de que Meleto es pieza fundamental para comprender el enredo de la Apología escrita por Platón y observa esta narrativa literaria analizando Meleto y Sócrates, ora como “máquina de guerra” ora como eximios representantes del Estado en sus intereses políticos, jurídicos y religiosos. Este estudio no se hace por observar de qué manera Sócrates y Meleto aparecen en los prefacios escritos sobre la Apología a la cual narra la condenación de Sócrates en 399 A.C, en la ciudad estado, Atenas, en esta narrativa se estudia la tensión establecida a partir del dialogo entre la escrita, la voz y la oralización de esta escrita, principales suportes demostrativos o tecnologías de inteligencias que integran la vida literaria de estos protagonistas. Discute el camino transitivo de la voz a la escrita en este dialogo a fin de esclarecer el motivo de la voz de Meleto ser la que menos aparece en la Apología. Llama la atención para comprender como la voz de Meleto surge en esta narrativa que comporta suportes teóricos cuyos semiosis interculturales esclarecen la relación de poder establecida en función de que hablan y piensan los prefaciadores delante del dualismo apatía/empatía en relación a los personajes de la Apología. La denuncia contra Sócrates fue impetrada por lo viés de la escrita de Meleto y el confronto de las defesas y acusaciones ocurrió por medio de sus voces y diálogos posteriormente transcritos por la escrita de Platón. En este sentido, se puede comprender que la voz en la Apología realiza dos tipos de oralidades, una originada del empirismo de lo que no está registrado o dicho y, la otra, oriunda del conocimiento midiatizado e intermediado por la tradición escrita. Esta narrativa es imprescindible para los estudios de la crítica literaria por la rica fuente semiótica presente en sus interfaces, las cuales van de midia de la voz hasta midia de la escrita. La análisis tuve su base teórica fundamentada en Platón, Xenofonte, Genette, Didi Huberman, Maingueneau, Bakhthin , Bordieu, Deleuze Guatarri, Le Goff, Zumthor, Peirce, Saussure, Santaella, Derrida, Spivak, Justino, Pierre Lèvy, Rancière, Barthes, Ginzburg y Moisés.Universidade Estadual da ParaíbaCentro de Educação - CEDUCBrasilUEPBPrograma de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLIJustino, Luciano BarbosaFreire, Antonio de Brito2017-02-17T14:37:48Z2016-02-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfFreire, Antonio de Brito. A escrita da voz e do nome: Sócrates e Meleto na Apologia de Platão. 2016. 245f. 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