Eficiência de Gluconacetobacter diazotrophicus no aumento da tolerância de arroz vermelho à deficiência hídrica na fase inicial de desenvolvimento

• Autor(a) principal: Silva, Renata Priscila Almeida
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
• Texto Completo: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/2843
• topic: Oryza sativa L.; Bactéria endofítica; Déficit hídrico; Inoculação das plantas; Endophytic bacteria; CIENCIAS AGRARIAS

A seca é uma das principais limitações para a produção de alimentos no mundo inteiro, assim como, no cultivo do arroz vermelho, que no Brasil, atualmente está restrito à pequenas áreas do semiárido nordestino. O déficit hídrico afeta praticamente todos os aspectos do crescimento e desenvolvimento das plantas, com consequente redução da produtividade. Neste sentido, se faz necessário o uso de cultivares resistentes ao déficit hídrico, bem como, a interação planta-microrganismos, benéficas para o crescimento das plantas e por promover aumento da tolerância à estresses bióticos e abióticos. De acordo com o exposto, este estudo teve como objetivo, avaliar os aspectos agronômicos e ecofisiológicos em plantas de arroz vermelho inoculadas com Gluconacetobacter diazotrophicus sob deficiência hídrica na fase vegetativa de desenvolvimento. O experimento foi conduzido em condições controladas, com um delineamento experimental inteiramente casualizado, em um fatorial 2x4, sendo duas condições de inoculação (I1= sementes não inoculadas e I2= sementes inoculadas), quatro níveis de restrição hídrica (100, 70, 50 e 30% da capacidade de campo), um genótipo de arroz vermelho (405 Embrapa Meio Norte), totalizando oito tratamentos com quatro repetições cada. Cada parcela constou de um lisímetro de drenagem, no qual foram semeadas 70 sementes, que após desbastes ficou um total de 60 plantas por parcela. O estresse hídrico foi imposto na fase vegetativa do desenvolvimento entre os estádios V3 e V5, em um período de 15 dias. As avaliações foram realizadas ao 15º dia do estresse, foram avaliadas variáveis de crescimento (área foliar, fitomassa), ecofisiológicos (trocas gasosas e fluorescência da clorofila a), e produtivas (massa seca de 1000 grãos e massa da produção total). Foi possível constatar que plantas e G. diazotrophicus houve interação entre as com respostas positivas, onde possivelmente a bactéria endofítica utilizou de seus mecanismos de promoção do crescimento bem como de indução à tolerância ao déficit hídrico, como pode ser observado por meio de incrementos da fitomassa e parte aérea, bem como maiores taxas de fotossíntese e eficiência fotoquímica e incrementos na produtividade total de plantas inoculadas com a bactéria. Os resultados indicam que a inoculação foi benéfica para as plantas, e que a inoculação das plantas com G. diazotrophicus suprimiu vários efeitos deletérios do estresse hídrico.