Formação permanente em escolas: os professores como participantes ativos no processo formativo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Arruda, Robson Lima de
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
Texto Completo: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3693
Resumo: Algumas experiências com a formação permanente, além da leitura de diversos trabalhos e pesquisas na área, apontam para a necessidade de repensar conceitos e práticas sobre essa modalidade formativa. Neste sentido, constata-se a insatisfação de grande parte dos professores com as práticas de formação permanente, sobretudo, pelo fato de que não condizem com suas expectativas e necessidades cotidianas. Não obstante, os professores são mantidos à margem do processo formativo, participando de forma passiva, sendo orientados, muitas vezes, a reproduzir conceitos e práticas proferidos por supostos “experts”. Cumpre destacar que esta postura diante da formação permanente de professores colabora para manter o controle da educação, através da manutenção de paradigmas tradicionais e conservadores que condicionam a ação docente a aspectos mercadológicos, sob o discurso da qualidade educativa, geralmente expressa em parâmetros quantitativos. Em contraponto a estes paradigmas formativos, o presente trabalho aborda a Formação Permanente em Escolas. Trata-se de uma concepção de formação que compreende a valorização do contexto de trabalho e põe os professores e suas experiências no centro dos debates, abrindo espaço para o desenvolvimento da autonomia crítica, reflexiva e criativa. Nesse contexto, a pesquisa em tela propôs analisar quais os impactos da formação permanente em escolas nas práticas docentes dos professores participantes e, além disso, tencionou estabelecer um parâmetro entre esta modalidade e as demais práticas de formação realizadas. Para isso, organizamos uma formação intitulada Projetos e Ações e a vivenciamos com sete professores e uma coordenadora dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental da Escola José Batista de Souza, localizada na cidade de Vertente do Lério – PE. Fundamentamos nossa pesquisa nos preceitos da pesquisa-ação de Thiollent (1986) e na análise de conteúdos de Bardin (1977). Apoiados nas discussões de Imbernón (2009, 2010, 2016), sobre a Formação Permanente em Escolas; de Tardif (2014), Freire (1979, 1987, 2018) e Libâneo (2011), sobre saberes docentes; Morin (2002, 2010, 2014), Behrens (2006) e Petráglia (1995), a despeito da complexidade e Pimenta (1999), Pimenta & Gedhin (2012), Zeichner (1993) e Schön (1992), sobre professor reflexivo, entre outros, chegamos às seguintes conclusões: o estudo mostrou-se profícuo no desenvolvimento da autonomia pedagógica dos participantes, uma vez que estes se tornaram protagonistas da própria formação, participando ativamente de toda a construção, bem como desenvolvendo ações alicerçadas no processo de reflexão-ação-reflexão. Além disso, a pesquisa constatou a necessidade de implantação da Formação Permanente em Escolas como alternativa aos paradigmas de formação vigentes. Nesse entendimento, observou-se que esta modalidade formativa possibilita, entre outros aspectos, desenvolver os profissionais e a instituição escolar, abordar temáticas de interesse dos professores, promover o trabalho coletivo, despertar o protagonismo docente diante da própria formação e colaborar com a qualidade educativa de modo amplo.
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Cumpre destacar que esta postura diante da formação permanente de professores colabora para manter o controle da educação, através da manutenção de paradigmas tradicionais e conservadores que condicionam a ação docente a aspectos mercadológicos, sob o discurso da qualidade educativa, geralmente expressa em parâmetros quantitativos. Em contraponto a estes paradigmas formativos, o presente trabalho aborda a Formação Permanente em Escolas. Trata-se de uma concepção de formação que compreende a valorização do contexto de trabalho e põe os professores e suas experiências no centro dos debates, abrindo espaço para o desenvolvimento da autonomia crítica, reflexiva e criativa. Nesse contexto, a pesquisa em tela propôs analisar quais os impactos da formação permanente em escolas nas práticas docentes dos professores participantes e, além disso, tencionou estabelecer um parâmetro entre esta modalidade e as demais práticas de formação realizadas. Para isso, organizamos uma formação intitulada Projetos e Ações e a vivenciamos com sete professores e uma coordenadora dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental da Escola José Batista de Souza, localizada na cidade de Vertente do Lério – PE. Fundamentamos nossa pesquisa nos preceitos da pesquisa-ação de Thiollent (1986) e na análise de conteúdos de Bardin (1977). Apoiados nas discussões de Imbernón (2009, 2010, 2016), sobre a Formação Permanente em Escolas; de Tardif (2014), Freire (1979, 1987, 2018) e Libâneo (2011), sobre saberes docentes; Morin (2002, 2010, 2014), Behrens (2006) e Petráglia (1995), a despeito da complexidade e Pimenta (1999), Pimenta & Gedhin (2012), Zeichner (1993) e Schön (1992), sobre professor reflexivo, entre outros, chegamos às seguintes conclusões: o estudo mostrou-se profícuo no desenvolvimento da autonomia pedagógica dos participantes, uma vez que estes se tornaram protagonistas da própria formação, participando ativamente de toda a construção, bem como desenvolvendo ações alicerçadas no processo de reflexão-ação-reflexão. Além disso, a pesquisa constatou a necessidade de implantação da Formação Permanente em Escolas como alternativa aos paradigmas de formação vigentes. Nesse entendimento, observou-se que esta modalidade formativa possibilita, entre outros aspectos, desenvolver os profissionais e a instituição escolar, abordar temáticas de interesse dos professores, promover o trabalho coletivo, despertar o protagonismo docente diante da própria formação e colaborar com a qualidade educativa de modo amplo.Some experiences with formation permanent, in addition to reading various works and research in the area, point to the need to rethink concepts and practices about this training modality. In this sense, there is the dissatisfaction of most of the teachers with the practices of permanent formation, above all, due to the fact that they do not match their expectations and daily needs. Nevertheless, teachers are kept on the sidelines of the training process, participating passively, often being guided to reproduce concepts and practices given by supposed “experts”. It should be noted that this attitude towards the permanent training of teachers collaborates to maintain control of education, through the maintenance of traditional and conservative paradigms that condition teaching action to market aspects, under the discourse of educational quality, generally expressed in quantitative parameters. In contrast to these formative paradigms, the present work addresses the Permanent Formation in Schools. It is a concept of training that includes the appreciation of the work context and puts teachers and their experiences at the center of the debates, opening space for the development of critical, reflective and creative autonomy. In this context, the research on screen proposed to analyze what are the impacts of formation permanent in schools on the teaching practices of the participating teachers and, besid that, intended to establish a parameter between this modality and the other training practices carried out. For this, we organized a formation called Projects and Actions and we experienced it with seven teachers and a coordinator of the Initial Years of Elementary School at the José Batista de Souza School, located in the city of Vertente do Lério - PE. We base our research on the principles of action research by Thiollent (1986) and on the analysis of contents by Bardin (1977). Supported by the discussions of Imbernón (2009, 2010, 2016), on the Permanent Formation in Schools; Tardif (2014), Freire (1979, 1987, 2018) and Libâneo (2011), about teacher's knowledges ; Morin (2002, 2010, 2014), Behrens (2006) and Petráglia (1995), about the complexity and Pimenta (1999), Pimenta & Gedhin (2012), Zeichner (1993) and Schön (1992), about reflective teacher, among others, we reached the following conclusions: the study proved to be useful in the development of the participants' pedagogical autonomy, since they became protagonists of the training itself, actively participating in the entire construction, as well as developing actions based on the process of reflection- action-reflection. In addition, the research found the need to implement Permanent Training in Schools as an alternative to the current training paradigms. In this understanding, it was observed that this training modality makes it possible, among other aspects, to develop professionals and the school institution, to address themes of interest to teachers, to promote collective work, to awaken the teaching role in the face of their own training and to collaborate with educational quality broadly.Universidade Estadual da ParaíbaCentro de Educação - CEDUCBrasilUEPBPrograma de Pós-Graduação Profissional em Formação de Professores - PPGPFPNascimento, Robéria Nádia AraújoAragão, Patrícia Cristina deXavier, Manassés MoraisArruda, Robson Lima de2021-03-04T12:02:45Z2020-12-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfARRUDA, R. L. de. Formação permanente em escolas: os professores como participantes ativos no processo formativo. 2020. 319p. 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