TRATAMENTO E UTILIZAÇÃO DE ESGOTOS DOMÉSTICOS NA HORTICULTURA FAMILIAR

• Autor(a) principal: Lima, Suzana Marinho Souto
• Data de Publicação: 2004
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
• Texto Completo: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2151
• topic: Água; Agricultura; Efluentes; Alface; Water; Fertilizers; Agriculture; Effluents; Lettuce; CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA MECANICA::ENGENHARIA TERMICA::CONTROLE AMBIENTAL

O crescimento populacional e o avanço tecnológico dos últimos anos vêm contribuindo para o aumento da demanda dos recursos hídricos. Em região semi- árida como a do Nordeste do Brasil, onde as chuvas são distribuídas irregularmente, o reúso de águas poderá ser uma alternativa para a convivência com a escassez desse recurso. Estudos demonstram que esgotos domésticos tratados através de lagoas de estabilização podem ser empregados como fonte alternativa de água para a agricultura, especialmente em pequenas áreas agricultáveis, pertencentes a agricultores ribeirinhos. Neste contexto, estão inseridos os agricultores familiares do Município de Lagoa Seca PB, que têm a horticultura como uma das principais fontes de renda do município. Assim, a presente pesquisa objetivou tratar águas residuárias domésticas, utilizando sistemas anaeróbios, seguidos de lagoa de polimento, visando à obtenção de efluentes com características microbiológicas e parasitológicas que atendessem aos padrões recomendados pela WHO (1989). Também foram comparados os efeitos da fertirrigação com a produtividade dos tratamentos adubados (adubos mineral e orgânico). Os resultados demonstraram que a alface irrigada com efluente da lagoa de polimento (TDH 16 dias) apresentou contaminação inferior àquela estabelecida pela Resolução 12, da ANVISA. Em contrapartida, a alface produzida com efluente decantado, embora tenha apresentado a maior produtividade, revelou índices de qualidade sanitária não aceitáveis, em face da alta concentração de patógenos, mas não deve, por isso ser utilizada para irrigação. O valor fertilizante dos nutrientes, em esgotos sanitários, de um modo geral, é considerado benéfico, haja vista que os efluentes tratados dispõem de macro e micronutrientes necessários para um bom desempenho da cultura, além de poderem substituir a fertilidade natural do solo e/ou a aplicação de adubos, quando estes são insuficientes para manter as necessidades nutricionais das plantas por muito tempo.