DIREITO, ARTE E CINEMA: UMA ABORDAGEM CRÍTICA E SENSÍVEL PARA A FORMAÇÃO JURÍDICA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vilk, Simone
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Correia, Raique Lucas de Jesus, Gama, Marta, Menezes, José Euclimar Xavier de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Faculdade de Direito da UERJ
Texto Completo: https://www.e-publicacoes.uerj.br/rfduerj/article/view/73914
Resumo: O cinema é uma das formas mais populares de arte e entretenimento no mundo, tendo um grande impacto na cultura popular e na sociedade em geral. Por meio de suas narrativas e imagens, o cinema é capaz de sensibilizar o público e despertar reflexões sobre questões fundamentais do ser humano no contexto social, lançando luz sobre conflitos coletivos ou individuais que refletem a diversidade e complexidade das sociedades em seu processo histórico e multicultural. À vista disso, este artigo explora às possibilidades abertas pela experiência cinematográfica na produção de novas sensibilidades e práticas jurídicas, partindo da hipótese de que de que a imersão nas narrativas cinematográficas pode não apenas enriquecer o entendimento dos profissionais do direito sobre complexas questões éticas e sociais, mas também oferecer uma nova perspectiva crítica e sensível para abordar e repensar conceitos jurídicos tradicionais. Metodologicamente, optou-se por uma imersão cartográfica nos textos de Luis Alberto Warat sobre “cinesofia”, cotejando suas concepções com outras perspectivas e conceitos levantados durante a revisão bibliográfica de modo a corroborar ou refutar a hipótese estatuída. Para tanto, este percurso inicia-se com uma análise crítica acerca da criação das primeiras faculdades de direito no Brasil até o tempo presente, buscando compreender as raízes do pensamento jurídico brasileiro e, a partir disso, traçar novos horizontes. Em seguida, coteja-se a relação entre direito e arte, questionando as potencialidades teóricas e epistemológicas desse encontro. Após isso, propõe-se uma discussão sobre a função disruptiva e sensibilizadora do cinema a partir da perspectiva cinesófica waratiana. Por conseguinte, o artigo aborda o cinema como um dispositivo produtor de novas sensibilidades, destacando como as produções cinematográficas são capazes de retratar e refletir sobre questões sociais e históricas e, com isso, (re)interpretar a realidade a partir de outros cenários e enfoques. Finalmente, conclui-se, por um lado, atestando a potencialidade do cinema para a construção de novas sensibilidades e práticas jurídicas e, por outro, reconhecendo-se as infinitas possibilidades abertas por esse campo, pelo que mais do que indicar um caminho único ou mesmo instrumentalizar esse percurso, trata-se antes de perceber este espaço como algo sempre por fazer, aberto a novas narrativas, atores, sentidos, enfim, a todo um conjunto de sensibilidades que se reproduzem e se renovam a cada frame. Palavras-chave: Cinesofia. Direito e Arte. Ensino Jurídico. Direito e Cinema. Sensibilidade Jurídica.
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À vista disso, este artigo explora às possibilidades abertas pela experiência cinematográfica na produção de novas sensibilidades e práticas jurídicas, partindo da hipótese de que de que a imersão nas narrativas cinematográficas pode não apenas enriquecer o entendimento dos profissionais do direito sobre complexas questões éticas e sociais, mas também oferecer uma nova perspectiva crítica e sensível para abordar e repensar conceitos jurídicos tradicionais. Metodologicamente, optou-se por uma imersão cartográfica nos textos de Luis Alberto Warat sobre “cinesofia”, cotejando suas concepções com outras perspectivas e conceitos levantados durante a revisão bibliográfica de modo a corroborar ou refutar a hipótese estatuída. Para tanto, este percurso inicia-se com uma análise crítica acerca da criação das primeiras faculdades de direito no Brasil até o tempo presente, buscando compreender as raízes do pensamento jurídico brasileiro e, a partir disso, traçar novos horizontes. Em seguida, coteja-se a relação entre direito e arte, questionando as potencialidades teóricas e epistemológicas desse encontro. Após isso, propõe-se uma discussão sobre a função disruptiva e sensibilizadora do cinema a partir da perspectiva cinesófica waratiana. Por conseguinte, o artigo aborda o cinema como um dispositivo produtor de novas sensibilidades, destacando como as produções cinematográficas são capazes de retratar e refletir sobre questões sociais e históricas e, com isso, (re)interpretar a realidade a partir de outros cenários e enfoques. Finalmente, conclui-se, por um lado, atestando a potencialidade do cinema para a construção de novas sensibilidades e práticas jurídicas e, por outro, reconhecendo-se as infinitas possibilidades abertas por esse campo, pelo que mais do que indicar um caminho único ou mesmo instrumentalizar esse percurso, trata-se antes de perceber este espaço como algo sempre por fazer, aberto a novas narrativas, atores, sentidos, enfim, a todo um conjunto de sensibilidades que se reproduzem e se renovam a cada frame. Palavras-chave: Cinesofia. Direito e Arte. Ensino Jurídico. Direito e Cinema. Sensibilidade Jurídica.Cinema is one of the most popular forms of art and entertainment globally, exerting a profound impact on popular culture and society at large. Through its narratives and images, cinema has the power to engage audiences and prompt reflections on fundamental aspects of the human experience within the social context, shedding light on collective or individual conflicts that mirror the diversity and complexity of societies throughout their historical and multicultural development. In light of this, this article explores the possibilities offered by the cinematic experience in shaping new sensitivities and legal practices, positing the hypothesis that immersion in cinematic narratives can not only enhance legal professionals' understanding of complex ethical and social issues but also provide a novel critical and sensitive perspective for approaching and rethinking traditional legal concepts. Methodologically, a cartographic immersion into the writings of Luis Alberto Warat on "cinesophy" is employed, comparing his concepts with other perspectives and ideas identified during the literature review to either corroborate or challenge the proposed hypothesis. This journey begins with a critical analysis of the establishment of the first law schools in Brazil up to the present day, seeking to comprehend the roots of Brazilian legal thought and, based on this understanding, chart new horizons. Following this, the article examines the relationship between law and art, questioning the theoretical and epistemological potentials of this intersection. Subsequently, a discussion ensues regarding the disruptive and sensitizing function of cinema from the Waratian cinesophic perspective. The article then addresses cinema as a device for generating new sensitivities, emphasizing how cinematic productions can portray and reflect on social and historical issues, thus (re)interpreting reality from alternative scenarios and perspectives. Ultimately, the article concludes by affirming, on one hand, the potential of cinema for constructing new sensitivities and legal practices and, on the other hand, acknowledging the infinite possibilities inherent in this field. Rather than prescribing a singular path or instrumentalizing this journey, it emphasizes the notion of this space as perpetually unfinished, open to new narratives, actors, meanings—essentially, a realm of sensitivities continually reproducing and renewing with each frame. Keywords: Cinesophy. Law and Art. Legal Education. Law and Cinema. Legal Sensibility.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2024-03-25info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/rfduerj/article/view/7391410.12957/rfd.2024.73914Revista da Faculdade de Direito da UERJ; No. 43 (2024): Revista da Faculdade de Direito da UERJ - RFD; 1-29Revista da Faculdade de Direito da UERJ - RFD; n. 43 (2024): Revista da Faculdade de Direito da UERJ - RFD; 1-292236-3475reponame:Revista da Faculdade de Direito da UERJinstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJporhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/rfduerj/article/view/73914/49511Copyright (c) 2024 RFD- Revista da Faculdade de Direito da UERJinfo:eu-repo/semantics/openAccessVilk, SimoneCorreia, Raique Lucas de JesusGama, MartaMenezes, José Euclimar Xavier de2024-05-02T18:38:39Zoai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/73914Revistahttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rfduerjPUBhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rfduerj/oairfd.uerj@gmail.com||carolvestena@gmail.com|| vauthierborges@yahoo.com.br2236-34752236-3475opendoar:2024-05-02T18:38:39Revista da Faculdade de Direito da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false
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