listening to the children: what do they give us to think?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: marton, silmara lídia
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: de mello e silva, dagmar
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Childhood & Philosophy (Rio de Janeiro. Online)
Texto Completo: https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/20679
Resumo: Este artigo resulta das experiências vividas no decorrer da realização de nosso trabalho de "filosofia com crianças", cujo princípio é suscitar uma experiência filosófica através da arte como estética de criação de sentidos para si e para o mundo. O que ora apresentamos resulta desse difícil, mas necessário intento, de traduzir em palavras as experiências coletivas e singulares vividas e que nos inseriu no exercício de pensar a filosofia para além dos limites rígidos de uma disciplina, apresentando-se para nós como uma rica experiência de pensamento. Para tanto, utilizamos filmes, músicas, paisagens sonoras, pinturas, histórias, contos, entre outros recursos que, na qualidade de dispositivos políticos de cognição inventiva ou mesmo operadores cognitivos, possam acionar estados difusos de sensibilidade, despertando a experiência de pensamento como acontecimento que emerge das relações do encontro entre sujeito e os signos do mundo, na perspectiva de sua autoformação. Exercitamos uma infância não reduzida a um tempo cronológico específico de uma vida, mas que emerge do interior de cada sujeito, nas possibilidades de sua condição humana. As crianças nos possibilitaram vislumbrar a filosofia como condição imanente ao infante, o que implica no encontro de si com o outro e na criação de novas formas de ser e estar no mundo. Atentamos para o fato de que a escuta da infância passa necessariamente pelo ato de parar para escutar a criança que existe em nós. Nesse processo de escuta, a nossa condição humana se abre, se descobre, se amplia, potencializando-se. Observamos que o deslocamento desse exercício de escuta para a escola aponta múltiplas possibilidades de desencadear processos internos nas crianças de modo a criarem suas próprias "paisagens", reorganizando assim seus padrões de compreensão do mundo e da vida. Defendemos, enfim, a filosofia como expressão da vida tal como na arte e na infância; criação de si e criadora de mundos.
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Para tanto, utilizamos filmes, músicas, paisagens sonoras, pinturas, histórias, contos, entre outros recursos que, na qualidade de dispositivos políticos de cognição inventiva ou mesmo operadores cognitivos, possam acionar estados difusos de sensibilidade, despertando a experiência de pensamento como acontecimento que emerge das relações do encontro entre sujeito e os signos do mundo, na perspectiva de sua autoformação. Exercitamos uma infância não reduzida a um tempo cronológico específico de uma vida, mas que emerge do interior de cada sujeito, nas possibilidades de sua condição humana. As crianças nos possibilitaram vislumbrar a filosofia como condição imanente ao infante, o que implica no encontro de si com o outro e na criação de novas formas de ser e estar no mundo. Atentamos para o fato de que a escuta da infância passa necessariamente pelo ato de parar para escutar a criança que existe em nós. Nesse processo de escuta, a nossa condição humana se abre, se descobre, se amplia, potencializando-se. Observamos que o deslocamento desse exercício de escuta para a escola aponta múltiplas possibilidades de desencadear processos internos nas crianças de modo a criarem suas próprias "paisagens", reorganizando assim seus padrões de compreensão do mundo e da vida. Defendemos, enfim, a filosofia como expressão da vida tal como na arte e na infância; criação de si e criadora de mundos.Este artículo surge de las experiencias vividas en la realización de nuestro trabajo de “filosofía con niños”, cuyo principio es suscitar una experiencia filosófica a través del arte como estética de creación de sentidos para sí y para el mundo. Lo que aquí presentamos resulta de ese difícil, pero necesario, intento de traducir en palabras las experiencias vividas, colectivas y singulares, que nos llevó al ejercicio de pensar la filosofía más allá de los límites rígidos de una disciplina, presentándose para nosotros como una rica experiencia de pensamiento. Para esto, utilizamos películas, músicas, paisajes sonoros, pinturas, historias, cuentos, entre otros recursos que en la cualidad de dispositivos políticos de cognición inventiva o incluso operadores cognitivos, pueden accionar estados difusos de sensibilidad, despertando la experiencia de pensamiento como acontecimiento que emerge de las relaciones de encuentro entre sujetos y los signos del mundo, en la perspectiva de su autoformación. Ejercitamos una infancia no reducida al tiempo cronológico específico de una vida sino que emerge del interior de cada sujeto, en las posibilidades de su condición humana. Los niños nos posibilitaron vislumbrar la filosofía como condición inmanente al infante, lo que implica en el encuentro de sí con el otro y en la creación de nuevas formas de ser y estar en el mundo. Consideramos el hecho de que la escucha de la infancia pasa necesariamente por el acto de parar para escuchar al niño que existe en nosotros. En ese proceso de escucha, nuestra condición humana se abre, se descubre, se amplia, potencializándose. Observamos que el dislocamiento de este ejercicio de escucha para la escuela apunta hacia múltiples posibilidades de desencadenamiento de procesos internos en los niños de manera que puedan crear sus propios “paisajes”, reorganizando así sus patrones de compresión del mundo y de la vida. Defendemos, finalmente, la filosofía como expresión de vida tal como en la arte y en la infancia, creación de sí y creadora de mundos.This paper is the result of our work in “philosophy with children," whose goal is to bring about a philosophical experience through art, in the sense of art as the aesthetic creation of meaning for oneself and the world. Here we describe the collective and individual experiences that have led us to the exercise of thinking in a philosophical register that exceeds the strict limits of the discipline, thereby presenting us with a rich experience of thinking. We use movies, music, soundscapes, paintings, stories, tales, and other resources as devices of inventive cognition or cognitive operators, in order to trigger diffuse states of sensitivity, leading to thought experiences as events that emerge in the encounter between subject and the signs-in-the-world, in the subject’s own process of selfformation. We assume a childhood not reduced to a chronological time, but as the emergence of the interiority of the subject, and thus an exploration of the possibilities of the human condition. Children allow us to glimpse philosophy as immanent in the condition of infantia, which implies finding oneself along with others and creating new ways of being in the world. We argue that listening to the child is a specific exercise for adults, which necessarily involves the act of stopping to listen to the child in us. In this listening process, our own human condition opens, searches, expands, increases. We note that the introduction of this listening exercise in the school environment presents multiple possibilities for triggering internal processes in children whereby they create their own "landscapes," thus reorganizing their patterns of understanding of the world and of life. We argue, finally, that philosophy is an expression of life with deep affinities with art and childhood; all three are dedicated to the creation of self and the creation of worlds.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2015-01-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/20679childhood & philosophy; Vol. 10 Núm. 20 (2014): jul./dic.; 267-282childhood & philosophy; v. 10 n. 20 (2014): jul./dez.; 267-282childhood & philosophy; Vol. 10 No. 20 (2014): july/dec.; 267-2821984-5987reponame:Childhood & Philosophy (Rio de Janeiro. 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