ver as crianças brincando: por uma terra alegre
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Childhood & Philosophy (Rio de Janeiro. Online) |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/65791 |
Resumo: | Ver crianças a brincar é um passatempo preferido de muitas pessoas mais velhas. No entanto, devido a crescentes preocupações de segurança, os pais têm-se tornado cada vez mais reticentes quanto à ideia de estranhos observarem os seus filhos em recreios e parques infantis. Isto cria um fosso intergeracional na comunicação, com consequências potencialmente prejudiciais para todos os grupos sociais. Foram realizadas entrevistas orais e inquéritos escritos que verificaram a hesitação sentida por pessoas mais velhas, especialmente nos Estados Unidos, em passar tempo em parques infantis, apesar de acharem estimulante a proximidade com crianças. Foram realizadas observações comportamentais em parques infantis em Irvine, Califórnia, para quantificar os efeitos positivos e negativos da idade dos supervisores nas brincadeiras das crianças e, assim, avaliar indiretamente se poderia haver um benefício mútuo em tornar a presença de pessoas mais velhas em parques infantis, comum em muitos países, mais aceitável do ponto de vista cultural. Observações centradas no comportamento de um par de irmãos mostraram que, quando as crianças estavam na presença de uma pessoa de meia-idade, havia uma maior probabilidade de conflito e expressões de alegria do que quando eram observadas por pessoas mais velhas. Isto sugeriu que as expressões mais livres estimuladas na presença de figuras parentais induzem simultaneamente padrões de comportamento indesejados e desejados sob a forma de propensão para o conflito e propensão para o contentamento, respetivamente. Isto confirmou que a posição a partir da qual se observa tem um efeito crítico sobre o resultado da observação e que a idade dos observadores tem um efeito sobre o comportamento das crianças em jogo, com a idade a se correlacionar diretamente com a calma das brincadeiras, mas também com um grau inferior de euforia. Para dar um relato genuíno de um estudo científico das brincadeiras infantis, o artigo adota uma forma inovadora, combinando uma análise rigorosa com um tríptico poético que coloca as personagens infantis da vida real no centro do discurso. |
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Foram realizadas entrevistas orais e inquéritos escritos que verificaram a hesitação sentida por pessoas mais velhas, especialmente nos Estados Unidos, em passar tempo em parques infantis, apesar de acharem estimulante a proximidade com crianças. Foram realizadas observações comportamentais em parques infantis em Irvine, Califórnia, para quantificar os efeitos positivos e negativos da idade dos supervisores nas brincadeiras das crianças e, assim, avaliar indiretamente se poderia haver um benefício mútuo em tornar a presença de pessoas mais velhas em parques infantis, comum em muitos países, mais aceitável do ponto de vista cultural. Observações centradas no comportamento de um par de irmãos mostraram que, quando as crianças estavam na presença de uma pessoa de meia-idade, havia uma maior probabilidade de conflito e expressões de alegria do que quando eram observadas por pessoas mais velhas. Isto sugeriu que as expressões mais livres estimuladas na presença de figuras parentais induzem simultaneamente padrões de comportamento indesejados e desejados sob a forma de propensão para o conflito e propensão para o contentamento, respetivamente. Isto confirmou que a posição a partir da qual se observa tem um efeito crítico sobre o resultado da observação e que a idade dos observadores tem um efeito sobre o comportamento das crianças em jogo, com a idade a se correlacionar diretamente com a calma das brincadeiras, mas também com um grau inferior de euforia. Para dar um relato genuíno de um estudo científico das brincadeiras infantis, o artigo adota uma forma inovadora, combinando uma análise rigorosa com um tríptico poético que coloca as personagens infantis da vida real no centro do discurso.Ver a los niños jugar es el pasatiempo favorito de muchas personas mayores. Sin embargo, debido a la creciente preocupación por la seguridad, los padres se han vuelto cada vez más reticentes a la idea de que extraños observen a sus hijos en los parques y zonas de juego. Esto crea una brecha intergeneracional en la comunicación con consecuencias potencialmente perjudiciales para todos los grupos sociales. Entrevistas orales realizadas y encuestas escritas distribuidas verificaron el titubeo que sienten las personas mayores, especialmente en los Estados Unidos, respecto de pasar tiempo en los parques infantiles a pesar de que encuentran estimulante la proximidad de los niños. Se llevaron a cabo observaciones de comportamiento en parques infantiles de Irvine, California, para cuantificar los efectos positivos y negativos de la edad de los supervisores en el juego de los niños y, de este modo, evaluar indirectamente si podría haber un beneficio mutuo en hacer que la presencia de personas mayores en los parques infantiles, habitual en muchos países, fuera más aceptable culturalmente. Las observaciones centradas en el comportamiento de una pareja de hermanos mostraron que cuando los niños estaban en presencia de una persona de mediana edad hubo una mayor probabilidad tanto de conflictos como de expresiones de alegría que cuando eran vigilados por personas mayores. Esto ha sugerido que las expresiones más libres estimuladas en presencia de figuras semejantes a los padres inducen simultáneamente los patrones de comportamiento no deseados y los deseados en forma de propensión al conflicto y propensión a las expresiones de alegría, respectivamente. Esto ha confirmado que la posición desde la que se observa tiene un efecto crítico sobre el resultado de la observación y que la edad de los observadores tiene un efecto sobre el comportamiento de los niños que juegan, correlacionándose directamente la edad con la tranquilidad del juego, pero también con un menor grado de euforia. Para dar cuenta genuinamente de un estudio científico sobre el jugar de los niños, el artículo adopta una forma innovadora, combinando una analítica rigurosa con un tríptico poético que sitúa a personajes infantiles de la vida real en el escenario central del discurso.Watching children at play is favorite pastime for many elderlies. However, the growing safety concerns have prompted parents to become increasingly resistant to the idea of having strangers watch their children in parks and playgrounds. This creates an intergenerational gap in communication with potentially detrimental consequences for all social groups. Oral interviews were conducted and written surveys distributed that validated the hesitance of seniors, especially in the United States, to spend time at children’s playgrounds despite their finding the vicinity of children stimulating. Behavioral observations were conducted at playgrounds to quantify the positive and negative effects of supervisors’ ages on children’s play and thus indirectly assess whether there can be mutual benefits of making the presence of older people at playgrounds, which is customary in many countries, more culturally acceptable. Observations focused on the behavior of a pair of siblings showed that there is an increased probability of both conflicts and joyful expressions when the children were in the presence of a middle-aged person than when they were watched over by the elderlies. This has suggested that freer expressions stimulated in the presence of parent-like figures simultaneously induce the undesired and the desired behavioral patterns in the form of propensities for conflict and propensities for expressions of joy, respectively. This has confirmed that the observational stance has a critical effect on the observational outcome and that the age of the watchers has an effect on the behavior of children at play, with the age correlating directly with the calmness of the play, but also with a lower degree of exhilaration.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2022-04-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/6579110.12957/childphilo.2022.65791childhood & philosophy; Vol. 18 (2022); 01 - 42childhood & philosophy; v. 18 (2022); 01 - 42childhood & philosophy; Vol. 18 (2022); 01 - 421984-5987reponame:Childhood & Philosophy (Rio de Janeiro. 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