museus do futuro. a implicação estético-política em dispositivos de “exclusão” do biopoder
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | spa |
Título da fonte: | Childhood & Philosophy (Rio de Janeiro. Online) |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/20504 |
Resumo: | Este texto considera a arte como ação de vida e poder, ou, o que é igual, como jogo estético-político de implicação no dispositivo biopolítico de nosso tempo, especialmente nos espaços assim chamados de “exclusão”, ou de “exclusão social”. Nesse sentido, se apropria da interpretação de Saul Karsz sobre a exclusão como “conceito falso para um problema verdadeiro” (A exclusão: contornando suas fronteiras: definições e nuances. Barcelona: Gedisa, 2004): vale dizer, é real a exclusão de grupos, populações, pessoas... mas também é real o uso que sobre esse problema real (é fato, há excluídos) fazem as disciplinas que se ocupam de investigar o tema. A exclusão como conceito habita um campo enorme de discursos e práticas de investigação que fazem com que o problema verdadeiro da exclusão se torne um conceito falso, uma arma que se usa para dar o quê ler, olhar e interpretar a respeito do problema da exclusão. Sem dúvida, a exclusão existe. E é preciso pensar como podemos nos ocuparmos dela sem cair em uma retórica vazia ou numa postura da moda, tampouco em um ativismo cego que despolitiza o trabalho de pensar a exclusão, em todas suas formas. Depois de discutir diversas teorias estéticas contemporâneas, e em particular o trabalho de J. Rancière, este trabalho apresenta a imagem do museu do futuro no qual a arte pode ser compreendida como um jogo estético-político capaz de transformar a vida em seus espaços de poder, uma promessa de emancipação e igualdade. |
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museus do futuro. a implicação estético-política em dispositivos de “exclusão” do biopodermuseos del futuro la implicación estético-política en dispositivos de “exclusión” del bio-podermuseums of the future. the aesthetic-political implication in dispositives of “exclusion” of bio-powerbio-powermuseum of the futureJ. RancièreemancipationequalityEste texto considera a arte como ação de vida e poder, ou, o que é igual, como jogo estético-político de implicação no dispositivo biopolítico de nosso tempo, especialmente nos espaços assim chamados de “exclusão”, ou de “exclusão social”. Nesse sentido, se apropria da interpretação de Saul Karsz sobre a exclusão como “conceito falso para um problema verdadeiro” (A exclusão: contornando suas fronteiras: definições e nuances. Barcelona: Gedisa, 2004): vale dizer, é real a exclusão de grupos, populações, pessoas... mas também é real o uso que sobre esse problema real (é fato, há excluídos) fazem as disciplinas que se ocupam de investigar o tema. A exclusão como conceito habita um campo enorme de discursos e práticas de investigação que fazem com que o problema verdadeiro da exclusão se torne um conceito falso, uma arma que se usa para dar o quê ler, olhar e interpretar a respeito do problema da exclusão. Sem dúvida, a exclusão existe. E é preciso pensar como podemos nos ocuparmos dela sem cair em uma retórica vazia ou numa postura da moda, tampouco em um ativismo cego que despolitiza o trabalho de pensar a exclusão, em todas suas formas. Depois de discutir diversas teorias estéticas contemporâneas, e em particular o trabalho de J. Rancière, este trabalho apresenta a imagem do museu do futuro no qual a arte pode ser compreendida como um jogo estético-político capaz de transformar a vida em seus espaços de poder, uma promessa de emancipação e igualdade.This text considers art as an action of life and power, or stated slightly differently, how art is an aesthetic-political game of implication in the bio-political device of our time, especially, in the spaces of “exclusion”, or “social exclusion”. In this sense the present paper builds on Saül Karsz’s interpretation of exclusion as a “false concept for a true problem” (La Exclusión: bordeando sus fronteras. definiciones y matices. Barcelona: Gedisa, 2004): that is, the exclusion of groups, populations, people is real… but it is also true that the disciplines that to investigate the subject use this real problem (i.e., there are excluded groups) for their own purposes. Exclusion as a concept qualifies an enormous field of discourse and research practices that convert the true problem of exclusion into a false concept: a weapon used to give to read, to watch and to interpret the problem of exclusion. Nevertheless, exclusion exists. And it is necessary to think of how we can treat it without relying on empty rhetoric or a fashioned position, or participating in a blind activism that depoliticizes the necessity to think about exclusion in all its forms. After discussing diverse contemporary aesthetic theories, and in particular the theories of J. Rancière, this work presents the figure of the museum of the future in which art can be understood as an aesthetic-political game able to transform life in its spaces of power, a promise of emancipation and equality.Este texto considera el arte como acción de vida y poder, o lo que es igual, como juego estético-político de implicación en el dispositivo biopolítico de nuestro tiempo, especialmente, en los espacios así llamados de “exclusión”, o de “exclusión social”. En este sentido, se apropia de la interpretación de Saül Karsz sobre la exclusión como “concepto falso para un problema verdadero” (La Exclusión: bordeando sus fronteras. definiciones y matices. Barcelona: Gedisa, 2004): vale decir, es real la exclusión de grupos, poblaciones, personas... pero también es real el uso que sobre ese problema real (tal es, hay excluidos) hacen las disciplinas que se ocupan de investigar el tema. La exclusión como concepto habilita un campo enorme de discursos y prácticas investigativas que hacen devenir el problema verdadero de la exclusión en un concepto falso, en un arma de uso para dar a leer, mirar e interpretar el problema de la exclusión. Sin embargo, la exclusión existe. Y hay que pensar cómo podemos ocuparnos de ella sin caer en una retórica vacía o de postura a la moda, ni tampoco en un activismo ciego que despolitice el trabajo de pensar la exclusión, en todas sus formas. Después de discutir diversas teorías estéticas contemporáneas, y en particular la de J. Rancière, este trabajo presenta la figura del museo del futuro en el que el arte puede ser comprendido como un juego estético-político capaz de transformar la vida en sus espacios de poder, una promesa de emancipación e igualdad.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2012-01-03info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/20504childhood & philosophy; Vol. 2 Núm. 4 (2006): jul./dic.; pp. 409-434childhood & philosophy; v. 2 n. 4 (2006): jul./dez.; pp. 409-434childhood & philosophy; Vol. 2 No. 4 (2006): july/dec.; pp. 409-4341984-5987reponame:Childhood & Philosophy (Rio de Janeiro. 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