Renomear para Recomeçar: Lógicas Onomásticas no Pós-abolição
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Dados - Revista de Ciências Sociais |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0011-52582018000200311 |
Resumo: | RESUMO Após a abolição, o reconhecimento da nova condição social de livres para ex-escravos e seus descendentes incluía a criação de novas identificações. Entre elas, a manipulação do antigo nome era essencial para a reafirmação da liberdade. O presente artigo procura explorar as redefinições de nomes utilizados por libertos de São Carlos, um dos principais centros da economia cafeeira na virada do século XIX para o século XX. Orientadas principalmente pelo desejo de formalização das suas relações afetivas, incluindo-se aí estratégias de se formalizar relações que lhes fossem úteis, essas renomeações são um registro ímpar de como os ex-cativos avaliaram, durante o pós-emancipação, as alianças familiares que firmaram ainda no cativeiro, bem como a afirmação de suas identidades. Por meio da coligação de fontes nominativas, especialmente com a utilização de registros paroquiais e de um recenseamento municipal, busca-se analisar a heterogeneidade de laços sociais constituídos por escravos e libertos, demonstrando como a “economia onomástica”, para além de uma questão de identificação individual, era, no pós-abolição, um elemento chave paras as lutas simbólicas que demarcavam a nova posição social dos libertos. |
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