Modelo matemático pra uma coisa que não é matemática: narrativas de médicos/as infectologistas sobre carga viral indetectável e intransmissibilidade do HIV
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Physis (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312020000100602 |
Resumo: | Resumo Este artigo parte de uma discussão internacional sobre a intransmissibilidade do vírus HIV, quando a pessoa soropositiva está em tratamento e com carga viral indetectável. Trata-se de um dos resultados da pesquisa qualitativa sobre sociabilidades de jovens vivendo com HIV, com ênfase nos novos discursos/práticas biomédicos e seu impacto nas relações afetivo-sexuais desses/as jovens. Durante os meses de março a novembro de 2017, houve a interação com pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA), com idade entre 18 e 30 anos, e médicos/as infectologistas de um Serviço de Assistência Especializada em Salvador-BA. Para além das mudanças significativas em relação ao HIV, decorrentes dos avanços atuais das biotecnologias, colocamos em pauta algumas controvérsias em torno da intransmissibilidade do vírus do ponto de vista de quatro médicos/as infectologistas. Realizamos entrevistas abertas e a leitura exploratória das narrativas, identificando temas, questões e atores que se deslocavam nos relatos em torno da condição de indetectável. Discutimos que a carga viral indetectável aparece como um assunto delicado/controverso nos consultórios médicos, atualizando a posição de PVHA como potencialmente perigosas, podendo reincidir em práticas sexuais desprotegidas ou “relaxar” no cuidado consigo e com o outro. São narrativas que suscitam questões éticas fundamentais na relação de cuidado, tais como o direito à informação na perspectiva da saúde como um direito humano. |
id |
UERJ-3_84140df64aa79386f46cd268fed556a8 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0103-73312020000100602 |
network_acronym_str |
UERJ-3 |
network_name_str |
Physis (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Modelo matemático pra uma coisa que não é matemática: narrativas de médicos/as infectologistas sobre carga viral indetectável e intransmissibilidade do HIVHIV/Aidscarga viral indetectávelbiotecnologiasriscopráticas de cuidadoResumo Este artigo parte de uma discussão internacional sobre a intransmissibilidade do vírus HIV, quando a pessoa soropositiva está em tratamento e com carga viral indetectável. Trata-se de um dos resultados da pesquisa qualitativa sobre sociabilidades de jovens vivendo com HIV, com ênfase nos novos discursos/práticas biomédicos e seu impacto nas relações afetivo-sexuais desses/as jovens. Durante os meses de março a novembro de 2017, houve a interação com pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA), com idade entre 18 e 30 anos, e médicos/as infectologistas de um Serviço de Assistência Especializada em Salvador-BA. Para além das mudanças significativas em relação ao HIV, decorrentes dos avanços atuais das biotecnologias, colocamos em pauta algumas controvérsias em torno da intransmissibilidade do vírus do ponto de vista de quatro médicos/as infectologistas. Realizamos entrevistas abertas e a leitura exploratória das narrativas, identificando temas, questões e atores que se deslocavam nos relatos em torno da condição de indetectável. Discutimos que a carga viral indetectável aparece como um assunto delicado/controverso nos consultórios médicos, atualizando a posição de PVHA como potencialmente perigosas, podendo reincidir em práticas sexuais desprotegidas ou “relaxar” no cuidado consigo e com o outro. São narrativas que suscitam questões éticas fundamentais na relação de cuidado, tais como o direito à informação na perspectiva da saúde como um direito humano.PHYSIS - Revista de Saúde Coletiva2020-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312020000100602Physis: Revista de Saúde Coletiva v.30 n.1 2020reponame:Physis (Online)instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJ10.1590/s0103-73312020300105info:eu-repo/semantics/openAccessSilva,Luís Augusto Vasconcelos daDuarte,Filipe MateusLima,Mônicapor2020-05-29T00:00:00Zoai:scielo:S0103-73312020000100602Revistahttp://www.scielo.br/physishttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||publicacoes@ims.uerj.br1809-44810103-7331opendoar:2020-05-29T00:00Physis (Online) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Modelo matemático pra uma coisa que não é matemática: narrativas de médicos/as infectologistas sobre carga viral indetectável e intransmissibilidade do HIV |
title |
Modelo matemático pra uma coisa que não é matemática: narrativas de médicos/as infectologistas sobre carga viral indetectável e intransmissibilidade do HIV |
spellingShingle |
Modelo matemático pra uma coisa que não é matemática: narrativas de médicos/as infectologistas sobre carga viral indetectável e intransmissibilidade do HIV Silva,Luís Augusto Vasconcelos da HIV/Aids carga viral indetectável biotecnologias risco práticas de cuidado |
title_short |
Modelo matemático pra uma coisa que não é matemática: narrativas de médicos/as infectologistas sobre carga viral indetectável e intransmissibilidade do HIV |
title_full |
Modelo matemático pra uma coisa que não é matemática: narrativas de médicos/as infectologistas sobre carga viral indetectável e intransmissibilidade do HIV |
title_fullStr |
Modelo matemático pra uma coisa que não é matemática: narrativas de médicos/as infectologistas sobre carga viral indetectável e intransmissibilidade do HIV |
title_full_unstemmed |
Modelo matemático pra uma coisa que não é matemática: narrativas de médicos/as infectologistas sobre carga viral indetectável e intransmissibilidade do HIV |
title_sort |
Modelo matemático pra uma coisa que não é matemática: narrativas de médicos/as infectologistas sobre carga viral indetectável e intransmissibilidade do HIV |
author |
Silva,Luís Augusto Vasconcelos da |
author_facet |
Silva,Luís Augusto Vasconcelos da Duarte,Filipe Mateus Lima,Mônica |
author_role |
author |
author2 |
Duarte,Filipe Mateus Lima,Mônica |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva,Luís Augusto Vasconcelos da Duarte,Filipe Mateus Lima,Mônica |
dc.subject.por.fl_str_mv |
HIV/Aids carga viral indetectável biotecnologias risco práticas de cuidado |
topic |
HIV/Aids carga viral indetectável biotecnologias risco práticas de cuidado |
description |
Resumo Este artigo parte de uma discussão internacional sobre a intransmissibilidade do vírus HIV, quando a pessoa soropositiva está em tratamento e com carga viral indetectável. Trata-se de um dos resultados da pesquisa qualitativa sobre sociabilidades de jovens vivendo com HIV, com ênfase nos novos discursos/práticas biomédicos e seu impacto nas relações afetivo-sexuais desses/as jovens. Durante os meses de março a novembro de 2017, houve a interação com pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA), com idade entre 18 e 30 anos, e médicos/as infectologistas de um Serviço de Assistência Especializada em Salvador-BA. Para além das mudanças significativas em relação ao HIV, decorrentes dos avanços atuais das biotecnologias, colocamos em pauta algumas controvérsias em torno da intransmissibilidade do vírus do ponto de vista de quatro médicos/as infectologistas. Realizamos entrevistas abertas e a leitura exploratória das narrativas, identificando temas, questões e atores que se deslocavam nos relatos em torno da condição de indetectável. Discutimos que a carga viral indetectável aparece como um assunto delicado/controverso nos consultórios médicos, atualizando a posição de PVHA como potencialmente perigosas, podendo reincidir em práticas sexuais desprotegidas ou “relaxar” no cuidado consigo e com o outro. São narrativas que suscitam questões éticas fundamentais na relação de cuidado, tais como o direito à informação na perspectiva da saúde como um direito humano. |
publishDate |
2020 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2020-01-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312020000100602 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312020000100602 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/s0103-73312020300105 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
PHYSIS - Revista de Saúde Coletiva |
publisher.none.fl_str_mv |
PHYSIS - Revista de Saúde Coletiva |
dc.source.none.fl_str_mv |
Physis: Revista de Saúde Coletiva v.30 n.1 2020 reponame:Physis (Online) instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) instacron:UERJ |
instname_str |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) |
instacron_str |
UERJ |
institution |
UERJ |
reponame_str |
Physis (Online) |
collection |
Physis (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Physis (Online) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
||publicacoes@ims.uerj.br |
_version_ |
1750309034080075776 |