“Os higienistas estão voltando”: biopolítica, classes subalternizadas e ocupação do espaço urbano no Brasil / "Hygienists are coming back": biopolytics, subalternized classes and occupation of urban space in Brazil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nielsson, Joice Graciele
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Wermuth, Maiquel Ângelo Dezordi
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Direito da Cidade
Texto Completo: https://www.e-publicacoes.uerj.br/rdc/article/view/30172
Resumo: DOI: 10.12957/rdc.2018.30172 O artigo analisa a repressão à ocupação do espaço público urbano no Brasil pelas camadas subalternizadas da população, a partir de episódios que ocorreram em épocas distintas e distantes no tempo e no espaço – a destruição do cortiço “Cabeça de Porco” (Rio de Janeiro-RJ), a desocupação/destruição da comunidade do Pinheirinho (São José dos Campos – SP), da Cracolândia (São Paulo – SP) e do prédio ocupado pelos “Lanceiros Negros” (Porto Alegre – RS). O objetivo geral da pesquisa é discutir a gestão biopolítica das camadas subalternizadas da população urbana brasileira ao longo da história do país. O problema de pesquisa reside na seguinte indagação: em que medida, na contemporaneidade, as instituições do país ainda seguem comprometidas com a “fantasia absolutista” de um controle dos corpos que era característica dos espaços de produção marcados pelo regime escravocrata? Parte-se da hipótese de que o modo truculento/violento como as desocupações analisadas no texto foram conduzidas, aliado às justificativas empregadas para legitimá-las, permitem evidenciar um movimento pendular, entre democracia e absolutismo, que marca a história das instituições brasileiras. A pesquisa foi perspectivada a partir do método fenomenológico.Palavras-chave: Espaço urbano; Biopolítica; Violência; Classes subalternizadas. AbstractThe article analyzes the repression of the occupation of the urban public space in Brazil by the subalternized layers of the population, from episodes that occurred at distinct and distant times and in space - the destruction of the “Cabeça de Porco” Rio de Janeiro – RJ), the occupation/destruction of the community of Pinheirinho (São José dos Campos - SP), Cracolândia (São Paulo - SP) and the building occupied by the “Lanceiros Negros” (Porto Alegre - RS). The general objective of the research is to discuss the biopolitical management of the subalternized classes of the Brazilian urban population throughout the history of the country. The research problem lies in the following question: to what extent, in contemporary times, the institutions of the country still remain committed to the “absolutist fantasy” of a control of the bodies that was characteristic of the spaces of production marked by the slave regime? It is based on the hypothesis that the truculent/violent mode such as the evictions analyzed in the text were conducted, together with the justifications used to legitimize them, allow us to highlight a undulating movement between democracy and absolutism that marks the history of Brazilian institutions. The research was envisaged using the phenomenological method.Keywords: Urban space; Biopolitics; Violence; Subalternated classes.
id UERJ-5_b9e5b3c9c9974434beadf06dc6c5eafc
oai_identifier_str oai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/30172
network_acronym_str UERJ-5
network_name_str Revista de Direito da Cidade
repository_id_str
spelling “Os higienistas estão voltando”: biopolítica, classes subalternizadas e ocupação do espaço urbano no Brasil / "Hygienists are coming back": biopolytics, subalternized classes and occupation of urban space in BrazilDOI: 10.12957/rdc.2018.30172 O artigo analisa a repressão à ocupação do espaço público urbano no Brasil pelas camadas subalternizadas da população, a partir de episódios que ocorreram em épocas distintas e distantes no tempo e no espaço – a destruição do cortiço “Cabeça de Porco” (Rio de Janeiro-RJ), a desocupação/destruição da comunidade do Pinheirinho (São José dos Campos – SP), da Cracolândia (São Paulo – SP) e do prédio ocupado pelos “Lanceiros Negros” (Porto Alegre – RS). O objetivo geral da pesquisa é discutir a gestão biopolítica das camadas subalternizadas da população urbana brasileira ao longo da história do país. O problema de pesquisa reside na seguinte indagação: em que medida, na contemporaneidade, as instituições do país ainda seguem comprometidas com a “fantasia absolutista” de um controle dos corpos que era característica dos espaços de produção marcados pelo regime escravocrata? Parte-se da hipótese de que o modo truculento/violento como as desocupações analisadas no texto foram conduzidas, aliado às justificativas empregadas para legitimá-las, permitem evidenciar um movimento pendular, entre democracia e absolutismo, que marca a história das instituições brasileiras. A pesquisa foi perspectivada a partir do método fenomenológico.Palavras-chave: Espaço urbano; Biopolítica; Violência; Classes subalternizadas. AbstractThe article analyzes the repression of the occupation of the urban public space in Brazil by the subalternized layers of the population, from episodes that occurred at distinct and distant times and in space - the destruction of the “Cabeça de Porco” Rio de Janeiro – RJ), the occupation/destruction of the community of Pinheirinho (São José dos Campos - SP), Cracolândia (São Paulo - SP) and the building occupied by the “Lanceiros Negros” (Porto Alegre - RS). The general objective of the research is to discuss the biopolitical management of the subalternized classes of the Brazilian urban population throughout the history of the country. The research problem lies in the following question: to what extent, in contemporary times, the institutions of the country still remain committed to the “absolutist fantasy” of a control of the bodies that was characteristic of the spaces of production marked by the slave regime? It is based on the hypothesis that the truculent/violent mode such as the evictions analyzed in the text were conducted, together with the justifications used to legitimize them, allow us to highlight a undulating movement between democracy and absolutism that marks the history of Brazilian institutions. The research was envisaged using the phenomenological method.Keywords: Urban space; Biopolitics; Violence; Subalternated classes.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2018-05-08info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/rdc/article/view/3017210.12957/rdc.2018.30172Revista de Direito da Cidade; v. 10 n. 2 (2018): Revista de Direito da Cidade - Vol. 10, N°2; 596-6192317-7721reponame:Revista de Direito da Cidadeinstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJporhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/rdc/article/view/30172/24066Copyright (c) 2022 Revista de Direito da Cidadeinfo:eu-repo/semantics/openAccessNielsson, Joice GracieleWermuth, Maiquel Ângelo Dezordi2018-07-25T14:44:12Zoai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/30172Revistahttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rdcPUBhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rdc/oairevistadedireitodacidadeuerj@gmail.com||revistadireitocidade@gmail.com||mjmota1@gmail.com|| mjmota@gmail.com|| gurgel.c@ig.com.br2317-77211809-6077opendoar:2018-07-25T14:44:12Revista de Direito da Cidade - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false
dc.title.none.fl_str_mv “Os higienistas estão voltando”: biopolítica, classes subalternizadas e ocupação do espaço urbano no Brasil / "Hygienists are coming back": biopolytics, subalternized classes and occupation of urban space in Brazil
title “Os higienistas estão voltando”: biopolítica, classes subalternizadas e ocupação do espaço urbano no Brasil / "Hygienists are coming back": biopolytics, subalternized classes and occupation of urban space in Brazil
spellingShingle “Os higienistas estão voltando”: biopolítica, classes subalternizadas e ocupação do espaço urbano no Brasil / "Hygienists are coming back": biopolytics, subalternized classes and occupation of urban space in Brazil
Nielsson, Joice Graciele
title_short “Os higienistas estão voltando”: biopolítica, classes subalternizadas e ocupação do espaço urbano no Brasil / "Hygienists are coming back": biopolytics, subalternized classes and occupation of urban space in Brazil
title_full “Os higienistas estão voltando”: biopolítica, classes subalternizadas e ocupação do espaço urbano no Brasil / "Hygienists are coming back": biopolytics, subalternized classes and occupation of urban space in Brazil
title_fullStr “Os higienistas estão voltando”: biopolítica, classes subalternizadas e ocupação do espaço urbano no Brasil / "Hygienists are coming back": biopolytics, subalternized classes and occupation of urban space in Brazil
title_full_unstemmed “Os higienistas estão voltando”: biopolítica, classes subalternizadas e ocupação do espaço urbano no Brasil / "Hygienists are coming back": biopolytics, subalternized classes and occupation of urban space in Brazil
title_sort “Os higienistas estão voltando”: biopolítica, classes subalternizadas e ocupação do espaço urbano no Brasil / "Hygienists are coming back": biopolytics, subalternized classes and occupation of urban space in Brazil
author Nielsson, Joice Graciele
author_facet Nielsson, Joice Graciele
Wermuth, Maiquel Ângelo Dezordi
author_role author
author2 Wermuth, Maiquel Ângelo Dezordi
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Nielsson, Joice Graciele
Wermuth, Maiquel Ângelo Dezordi
description DOI: 10.12957/rdc.2018.30172 O artigo analisa a repressão à ocupação do espaço público urbano no Brasil pelas camadas subalternizadas da população, a partir de episódios que ocorreram em épocas distintas e distantes no tempo e no espaço – a destruição do cortiço “Cabeça de Porco” (Rio de Janeiro-RJ), a desocupação/destruição da comunidade do Pinheirinho (São José dos Campos – SP), da Cracolândia (São Paulo – SP) e do prédio ocupado pelos “Lanceiros Negros” (Porto Alegre – RS). O objetivo geral da pesquisa é discutir a gestão biopolítica das camadas subalternizadas da população urbana brasileira ao longo da história do país. O problema de pesquisa reside na seguinte indagação: em que medida, na contemporaneidade, as instituições do país ainda seguem comprometidas com a “fantasia absolutista” de um controle dos corpos que era característica dos espaços de produção marcados pelo regime escravocrata? Parte-se da hipótese de que o modo truculento/violento como as desocupações analisadas no texto foram conduzidas, aliado às justificativas empregadas para legitimá-las, permitem evidenciar um movimento pendular, entre democracia e absolutismo, que marca a história das instituições brasileiras. A pesquisa foi perspectivada a partir do método fenomenológico.Palavras-chave: Espaço urbano; Biopolítica; Violência; Classes subalternizadas. AbstractThe article analyzes the repression of the occupation of the urban public space in Brazil by the subalternized layers of the population, from episodes that occurred at distinct and distant times and in space - the destruction of the “Cabeça de Porco” Rio de Janeiro – RJ), the occupation/destruction of the community of Pinheirinho (São José dos Campos - SP), Cracolândia (São Paulo - SP) and the building occupied by the “Lanceiros Negros” (Porto Alegre - RS). The general objective of the research is to discuss the biopolitical management of the subalternized classes of the Brazilian urban population throughout the history of the country. The research problem lies in the following question: to what extent, in contemporary times, the institutions of the country still remain committed to the “absolutist fantasy” of a control of the bodies that was characteristic of the spaces of production marked by the slave regime? It is based on the hypothesis that the truculent/violent mode such as the evictions analyzed in the text were conducted, together with the justifications used to legitimize them, allow us to highlight a undulating movement between democracy and absolutism that marks the history of Brazilian institutions. The research was envisaged using the phenomenological method.Keywords: Urban space; Biopolitics; Violence; Subalternated classes.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-05-08
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.e-publicacoes.uerj.br/rdc/article/view/30172
10.12957/rdc.2018.30172
url https://www.e-publicacoes.uerj.br/rdc/article/view/30172
identifier_str_mv 10.12957/rdc.2018.30172
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.e-publicacoes.uerj.br/rdc/article/view/30172/24066
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2022 Revista de Direito da Cidade
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2022 Revista de Direito da Cidade
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade do Estado do Rio de Janeiro
publisher.none.fl_str_mv Universidade do Estado do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv Revista de Direito da Cidade; v. 10 n. 2 (2018): Revista de Direito da Cidade - Vol. 10, N°2; 596-619
2317-7721
reponame:Revista de Direito da Cidade
instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
instacron:UERJ
instname_str Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
instacron_str UERJ
institution UERJ
reponame_str Revista de Direito da Cidade
collection Revista de Direito da Cidade
repository.name.fl_str_mv Revista de Direito da Cidade - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
repository.mail.fl_str_mv revistadedireitodacidadeuerj@gmail.com||revistadireitocidade@gmail.com||mjmota1@gmail.com|| mjmota@gmail.com|| gurgel.c@ig.com.br
_version_ 1799318451471253504