Récits d’un empire déchu : le cas de Maria Fagyas
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Matraga (Online) |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/matraga/article/view/58645 |
Resumo: | Maria Fagyas, auteure d’origine hongroise, ne commence à écrire qu’assez tardivement, à cause de la sanglante invasion de son pays natal par le Pacte de Varsovie en 1956. Devant le succès, elle replonge non seulement dans l’histoire hongroise mais dans celle d’un Empire disparu. Dans cet article, on analyse les rapports entre l’espace et le temps dans les romans de Fagyas traduits en français, à trois niveaux : 1. les exigences du réalisme, 2. la réalité socio-historique en rapport avec l’intrigue (temps et lieux commandés par l’intrigue), 3. les expériences lectoriales suscitées par cette représentation. Excepté son premier roman, La Cinquième femme, plus proche du temps de l’écriture, les récits de Fagyas créent un univers fictionnel proposant une représentation de ce qu’on peut appeler Mitteleuropa, saisie dans des moments cruciaux, avant et juste après la disparition des empires (l’Allemagne et l’Empire austro-hongrois). L’analyse permet d’identifier un type de chronotope aspectuel qui préside à la représentation romanesque chez Fagyas, profondément dysphorique, qu’on peut qualifier comme celui de la décadence, tant au niveau individuel, qu’au niveau collectif.---------------------------------------------------------------------------------------------------------------Narrativas de um império decaído: o caso de Maria FagyasMaria Fagyas, autora de origem húngara, começou a escrever bastante tarde, devido à sangrenta invasão do seu país natal pelo Pacto de Varsóvia, em 1956. Diante do sucesso, ela mergulhou não somente na história húngara, mas também na de um império desaparecido. Neste artigo, analisamos a relação entre espaço e tempo nos romances de Fagyas traduzidos em francês, em três níveis: 1. as exigências do realismo, 2. a realidade sócio-histórica em relação à intriga (tempos e lugares ordenados pela intriga), 3. as experiências leitoras suscitadas por essa representação. Com exceção do seu primeiro romance, La Cinquième femme, mais próximo do tempo da escrita, as narrativas de Fagyas criam um universo ficcional que propõe uma representação do que se pode chamar Mitteleuropa, capturada em momentos cruciais, antes e logo após o desaparecimento dos impérios (a Alemanha e o Império Austro-Húngaro). A análise permite-nos identificar um tipo de cronotopo aspectual que preside à representação romanesca na obra de Fagyas, profundamente disfórico, que pode ser qualificado como o da decadência, tanto no nível individual quanto no coletivo.---Original em francês. |
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Récits d’un empire déchu : le cas de Maria FagyasTales of a fallen empire: the case of Maria FagyasRomance histórico de costumesConfigurações temporaisConfigurações espaciaisCronotoposEuropa Oriental.Historical novel of mannersTemporal configurationsSpatial configurationsChronotopesEastern Europe.Maria Fagyas, auteure d’origine hongroise, ne commence à écrire qu’assez tardivement, à cause de la sanglante invasion de son pays natal par le Pacte de Varsovie en 1956. Devant le succès, elle replonge non seulement dans l’histoire hongroise mais dans celle d’un Empire disparu. Dans cet article, on analyse les rapports entre l’espace et le temps dans les romans de Fagyas traduits en français, à trois niveaux : 1. les exigences du réalisme, 2. la réalité socio-historique en rapport avec l’intrigue (temps et lieux commandés par l’intrigue), 3. les expériences lectoriales suscitées par cette représentation. Excepté son premier roman, La Cinquième femme, plus proche du temps de l’écriture, les récits de Fagyas créent un univers fictionnel proposant une représentation de ce qu’on peut appeler Mitteleuropa, saisie dans des moments cruciaux, avant et juste après la disparition des empires (l’Allemagne et l’Empire austro-hongrois). L’analyse permet d’identifier un type de chronotope aspectuel qui préside à la représentation romanesque chez Fagyas, profondément dysphorique, qu’on peut qualifier comme celui de la décadence, tant au niveau individuel, qu’au niveau collectif.---------------------------------------------------------------------------------------------------------------Narrativas de um império decaído: o caso de Maria FagyasMaria Fagyas, autora de origem húngara, começou a escrever bastante tarde, devido à sangrenta invasão do seu país natal pelo Pacto de Varsóvia, em 1956. Diante do sucesso, ela mergulhou não somente na história húngara, mas também na de um império desaparecido. Neste artigo, analisamos a relação entre espaço e tempo nos romances de Fagyas traduzidos em francês, em três níveis: 1. as exigências do realismo, 2. a realidade sócio-histórica em relação à intriga (tempos e lugares ordenados pela intriga), 3. as experiências leitoras suscitadas por essa representação. Com exceção do seu primeiro romance, La Cinquième femme, mais próximo do tempo da escrita, as narrativas de Fagyas criam um universo ficcional que propõe uma representação do que se pode chamar Mitteleuropa, capturada em momentos cruciais, antes e logo após o desaparecimento dos impérios (a Alemanha e o Império Austro-Húngaro). A análise permite-nos identificar um tipo de cronotopo aspectual que preside à representação romanesca na obra de Fagyas, profundamente disfórico, que pode ser qualificado como o da decadência, tanto no nível individual quanto no coletivo.---Original em francês.Maria Fagyas, a Hungarian author, began to write rather late, because of the bloody invasion of her native country by the troops of the Warsaw Pact in 1956. After the success, she plunged not only into Hungarian history but into that of a vanished Empire. In this article, we analyze the relationship between space and time in Fagyas’s novels translated into French, on three levels: 1. the requirements of the esthetics of realism, 2. the socio-historical reality in relation to the plot (configurations of time and place ordered by the plot), 3. the readers’ experiences aroused by this representation. Except for his first novel, The Fifth Woman, which was closer to the time of writing, Fagyas’s stories create a fictional universe and offerr a representation of what can be called Mitteleuropa, captured in a crucial moment, before and just after the disappearance of the empires (Germany and the Austro-Hungarian Empire). The analysis allows us to identify a type of aspectual chronotope that presides over Fagyas’s novelistic representation, a deeply dysphoric one, which can be qualified as that of decadence, both on the individual and collective levels.---Original in French.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2021-10-12info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionartigo de literaturaartigos de literaturaapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/matraga/article/view/5864510.12957/matraga.2021.58645Matraga - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ; v. 28 n. 54 (2021): A literatura do real; 527-539MATRAGA - Journal published by the Graduate Program in Letters at Rio de Janeiro State University (UERJ); Vol. 28 No. 54 (2021): The literature of the real; 527-5392446-69051414-7165reponame:Matraga (Online)instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJporhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/matraga/article/view/58645/39531Kálai, Sándorinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-02-07T16:38:31Zoai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/58645Revistahttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/matragaPUBhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/matraga/oai||letrasmatraga@uerj.br2446-69051414-7165opendoar:2022-02-07T16:38:31Matraga (Online) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
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