OS NEGROS BOÇAIS NA SÁTIRA ATRIBUÍDA A GREGÓRIO DE MATOS E GUERRA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Matraga (Online) |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/matraga/article/view/19773 |
Resumo: | Demonstra-se, por meio da análise de poema atribuído a Gregório de Matos e Guerra, como a palavra peregrina, cuja doutrina remonta à Retórica de Aristóteles, conquanto proscrita de escritos que primavam pela vernaculidade, nos séculos XVI, XVII e XVIII, é empregada engenhosamente na cidade da Bahia para produzir a figuração de éthe de tipo baixo, que evidenciam o seu tipo de caráter pela lexis faltosa que lhes é própria. No poema que analisamos, palavras de origem tupi ou banta se misturam aos vocábulos portugueses, produzindo mistos monstruosos que se caracterizam por sua baixa perspicuitas ou inteligibilidade. Devido ao comprometimento da perspicuitas pelo acúmulo de palavras peregrinas, sobressai a phoné frente ao logos, efeito de rumorejo que é elocutivamente visado pelo poeta. |
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OS NEGROS BOÇAIS NA SÁTIRA ATRIBUÍDA A GREGÓRIO DE MATOS E GUERRALOUTISH BLACK PEOPLE IN THE SATIRE ASSIGNED TO GREGÓRIO DE MATOS E GUERRAGregório de Matos e Guerrasátiraretórica epidíticalexispalavra peregrinaGregório de Matos e Guerrasatireepideictic rhetoriclexisbarbarian wordsDemonstra-se, por meio da análise de poema atribuído a Gregório de Matos e Guerra, como a palavra peregrina, cuja doutrina remonta à Retórica de Aristóteles, conquanto proscrita de escritos que primavam pela vernaculidade, nos séculos XVI, XVII e XVIII, é empregada engenhosamente na cidade da Bahia para produzir a figuração de éthe de tipo baixo, que evidenciam o seu tipo de caráter pela lexis faltosa que lhes é própria. No poema que analisamos, palavras de origem tupi ou banta se misturam aos vocábulos portugueses, produzindo mistos monstruosos que se caracterizam por sua baixa perspicuitas ou inteligibilidade. Devido ao comprometimento da perspicuitas pelo acúmulo de palavras peregrinas, sobressai a phoné frente ao logos, efeito de rumorejo que é elocutivamente visado pelo poeta.This paper aims at demonstrating how the barbarolexis, whose doctrine can be traced back to Aristotle, is ingeniously employed in 17th century City of Bahia by the poet Gregório de Matos e Guerra to represent vulgar éthe whose character is evicend by their faulty speech. In the poem chosen by us as object of analysis the poet composes a mixture of African, Indian and Portuguese words, a monstrous lexis which present a very low perspicuitas or intelligibility, effect searched artistically, because it is the evidence of the barbarian character of the utterer. The amass of barbarian words contributes to the exponential power of the phone, main object of representation by the poet.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2013-12-19info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionartigo de literaturaartigos de literaturaapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/matraga/article/view/19773Matraga - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ; v. 20 n. 33 (2013): RetóricaMATRAGA - Journal published by the Graduate Program in Letters at Rio de Janeiro State University (UERJ); Vol. 20 No. 33 (2013): Rhetoric2446-69051414-7165reponame:Matraga (Online)instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJporhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/matraga/article/view/19773/14257Moreira, Marcelloinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-07-09T04:04:32Zoai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/19773Revistahttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/matragaPUBhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/matraga/oai||letrasmatraga@uerj.br2446-69051414-7165opendoar:2019-07-09T04:04:32Matraga (Online) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
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Demonstra-se, por meio da análise de poema atribuído a Gregório de Matos e Guerra, como a palavra peregrina, cuja doutrina remonta à Retórica de Aristóteles, conquanto proscrita de escritos que primavam pela vernaculidade, nos séculos XVI, XVII e XVIII, é empregada engenhosamente na cidade da Bahia para produzir a figuração de éthe de tipo baixo, que evidenciam o seu tipo de caráter pela lexis faltosa que lhes é própria. No poema que analisamos, palavras de origem tupi ou banta se misturam aos vocábulos portugueses, produzindo mistos monstruosos que se caracterizam por sua baixa perspicuitas ou inteligibilidade. Devido ao comprometimento da perspicuitas pelo acúmulo de palavras peregrinas, sobressai a phoné frente ao logos, efeito de rumorejo que é elocutivamente visado pelo poeta. |
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