O EXAME CELPE-BRAS COMO POLÍTICA GATEKEEPING PARA A NATURALIZAÇÃO NO BRASIL
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Muiraquitã (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/2764 |
Resumo: | Neste trabalho, propomos uma reflexão sobre a política linguística que estabelece a exigência do exame Celpe-Bras em processos de naturalização e sobre as consequências que ela poderia ter no acesso ao exercício de cidadania por migrantes no país. Para tanto, analisamos tal exigência com base nos pressupostos teórico-metodológicos do Celpe-Bras (RODRIGUES, 2006; COSTA & CARVALHO, 2013), para refletir sobre quais ideologias linguísticas (WOOLARD, 1998; MCCARTY, 2011) constituem essa nova política linguística para migração e refúgio no Brasil. Concluímos que essa exigência se configura como uma política linguística verticalizada (BIZON & CAMARGO, 2018), racializada e assimilacionista (BLACKLEDGE, 2006; EREL et al., 2016) que reforça os processos de despossessão e de não reconhecimento (BUTLER & ATHANASIOU, 2013) a que essas populações estão submetidas, operando como instrumento de gatekeeping (EREL et al., 2016; TRIANDAFYLLIDOU, 2014; PENNYCOOK, 1994) ou dificultando seu acesso ao exercício de cidadania. |
id |
UFAC-1_b09cd6daf6bff92a7b1e6b01660ffeea |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/2764 |
network_acronym_str |
UFAC-1 |
network_name_str |
Muiraquitã (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
O EXAME CELPE-BRAS COMO POLÍTICA GATEKEEPING PARA A NATURALIZAÇÃO NO BRASILNeste trabalho, propomos uma reflexão sobre a política linguística que estabelece a exigência do exame Celpe-Bras em processos de naturalização e sobre as consequências que ela poderia ter no acesso ao exercício de cidadania por migrantes no país. Para tanto, analisamos tal exigência com base nos pressupostos teórico-metodológicos do Celpe-Bras (RODRIGUES, 2006; COSTA & CARVALHO, 2013), para refletir sobre quais ideologias linguísticas (WOOLARD, 1998; MCCARTY, 2011) constituem essa nova política linguística para migração e refúgio no Brasil. Concluímos que essa exigência se configura como uma política linguística verticalizada (BIZON & CAMARGO, 2018), racializada e assimilacionista (BLACKLEDGE, 2006; EREL et al., 2016) que reforça os processos de despossessão e de não reconhecimento (BUTLER & ATHANASIOU, 2013) a que essas populações estão submetidas, operando como instrumento de gatekeeping (EREL et al., 2016; TRIANDAFYLLIDOU, 2014; PENNYCOOK, 1994) ou dificultando seu acesso ao exercício de cidadania.Nepan Editora2019-12-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/276410.29327/212070.7.2-2Muiraquitã: Revista de Letras e Humanidades; v. 7 n. 2 (2019)2525-59241807-1856reponame:Muiraquitã (Online)instname:Universidade Federal do Acre (UFAC)instacron:UFACporhttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/2764/2024Copyright (c) 2020 MUIRAQUITÃ - REVISTA DE LETRAS E HUMANIDADESinfo:eu-repo/semantics/openAccessAnunciação, RenataEsteves de Camargo, Helena Regina2021-09-06T23:14:07Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/2764Revistahttps://periodicos.ufac.br/revista/index.php/mui/indexPUBhttps://periodicos.ufac.br/revista/index.php/mui/oaimuiraquita.ppgli@ufac.br2525-59241807-1856opendoar:2021-09-06T23:14:07Muiraquitã (Online) - Universidade Federal do Acre (UFAC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
O EXAME CELPE-BRAS COMO POLÍTICA GATEKEEPING PARA A NATURALIZAÇÃO NO BRASIL |
title |
O EXAME CELPE-BRAS COMO POLÍTICA GATEKEEPING PARA A NATURALIZAÇÃO NO BRASIL |
spellingShingle |
O EXAME CELPE-BRAS COMO POLÍTICA GATEKEEPING PARA A NATURALIZAÇÃO NO BRASIL Anunciação, Renata |
title_short |
O EXAME CELPE-BRAS COMO POLÍTICA GATEKEEPING PARA A NATURALIZAÇÃO NO BRASIL |
title_full |
O EXAME CELPE-BRAS COMO POLÍTICA GATEKEEPING PARA A NATURALIZAÇÃO NO BRASIL |
title_fullStr |
O EXAME CELPE-BRAS COMO POLÍTICA GATEKEEPING PARA A NATURALIZAÇÃO NO BRASIL |
title_full_unstemmed |
O EXAME CELPE-BRAS COMO POLÍTICA GATEKEEPING PARA A NATURALIZAÇÃO NO BRASIL |
title_sort |
O EXAME CELPE-BRAS COMO POLÍTICA GATEKEEPING PARA A NATURALIZAÇÃO NO BRASIL |
author |
Anunciação, Renata |
author_facet |
Anunciação, Renata Esteves de Camargo, Helena Regina |
author_role |
author |
author2 |
Esteves de Camargo, Helena Regina |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Anunciação, Renata Esteves de Camargo, Helena Regina |
description |
Neste trabalho, propomos uma reflexão sobre a política linguística que estabelece a exigência do exame Celpe-Bras em processos de naturalização e sobre as consequências que ela poderia ter no acesso ao exercício de cidadania por migrantes no país. Para tanto, analisamos tal exigência com base nos pressupostos teórico-metodológicos do Celpe-Bras (RODRIGUES, 2006; COSTA & CARVALHO, 2013), para refletir sobre quais ideologias linguísticas (WOOLARD, 1998; MCCARTY, 2011) constituem essa nova política linguística para migração e refúgio no Brasil. Concluímos que essa exigência se configura como uma política linguística verticalizada (BIZON & CAMARGO, 2018), racializada e assimilacionista (BLACKLEDGE, 2006; EREL et al., 2016) que reforça os processos de despossessão e de não reconhecimento (BUTLER & ATHANASIOU, 2013) a que essas populações estão submetidas, operando como instrumento de gatekeeping (EREL et al., 2016; TRIANDAFYLLIDOU, 2014; PENNYCOOK, 1994) ou dificultando seu acesso ao exercício de cidadania. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-12-31 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/2764 10.29327/212070.7.2-2 |
url |
https://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/2764 |
identifier_str_mv |
10.29327/212070.7.2-2 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/2764/2024 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2020 MUIRAQUITÃ - REVISTA DE LETRAS E HUMANIDADES info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2020 MUIRAQUITÃ - REVISTA DE LETRAS E HUMANIDADES |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Nepan Editora |
publisher.none.fl_str_mv |
Nepan Editora |
dc.source.none.fl_str_mv |
Muiraquitã: Revista de Letras e Humanidades; v. 7 n. 2 (2019) 2525-5924 1807-1856 reponame:Muiraquitã (Online) instname:Universidade Federal do Acre (UFAC) instacron:UFAC |
instname_str |
Universidade Federal do Acre (UFAC) |
instacron_str |
UFAC |
institution |
UFAC |
reponame_str |
Muiraquitã (Online) |
collection |
Muiraquitã (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Muiraquitã (Online) - Universidade Federal do Acre (UFAC) |
repository.mail.fl_str_mv |
muiraquita.ppgli@ufac.br |
_version_ |
1798329506808725504 |