EU NÃO SOU O HOMEM DA RELAÇÃO: ressignificação BUTCH como operação política, agenciamento pós-humano e transprodução de feminilidade
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Texto Completo: | https://periodicos.ufac.br/index.php/COMMUNITAS/article/view/4607 |
Resumo: | AbstractThis work aims to analyse, through social and historical gender structures and heteronormativity, thenecessary political transmutation as an alternative for lesbian resistance. It is about exposure of theintermediaries of violence, of the butch bodies as a biopolitical zone, but especially of the processes ofconfronting this violence. The recognition of butch experiences as counterproductives in relation to thecrystallization of cisheteronormative sexuality, and how threatening they are to the capitalist/patriarchal(cis)tem, explain the tireless need to assert an universal subject. The authors selected for analysis expressthe brutality with which the sex-gender system assumes the role of regulating, standardizing and reducingthe subjects, transforming multiple and organic bodies into ontological (re)production, fragmentedmachines, and in the case of butch lesbians, abject bodies. Therefore, it is not just a matter of denouncingthe public path towards dehumanizing lesbian existence or reporting the social mechanisms thatsystematically violate and kill women who refuse to perform what heterocentric society defines asfemininity. This text tries to show, above all, that the subversion inherent to the butch - the plasticity ofthe body machine, sex as an act, the production of an alternative femininity, the desire that breaks withstandardization - creates an obsolescence in the heterosocial structure, which can only escape with controland extermination techniques. However, it denotes the enormous strength of a community, which is only(as it is) neglected and annihilated such a capacity to implode an entire social structure and centuries ofoppression.Keywords: lesbian; butch; resignification; femininity; violence. |
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EU NÃO SOU O HOMEM DA RELAÇÃO: ressignificação BUTCH como operação política, agenciamento pós-humano e transprodução de feminilidadeLésbicaRessignifcaçãoButchFeminilidadeAbstractThis work aims to analyse, through social and historical gender structures and heteronormativity, thenecessary political transmutation as an alternative for lesbian resistance. It is about exposure of theintermediaries of violence, of the butch bodies as a biopolitical zone, but especially of the processes ofconfronting this violence. The recognition of butch experiences as counterproductives in relation to thecrystallization of cisheteronormative sexuality, and how threatening they are to the capitalist/patriarchal(cis)tem, explain the tireless need to assert an universal subject. The authors selected for analysis expressthe brutality with which the sex-gender system assumes the role of regulating, standardizing and reducingthe subjects, transforming multiple and organic bodies into ontological (re)production, fragmentedmachines, and in the case of butch lesbians, abject bodies. Therefore, it is not just a matter of denouncingthe public path towards dehumanizing lesbian existence or reporting the social mechanisms thatsystematically violate and kill women who refuse to perform what heterocentric society defines asfemininity. This text tries to show, above all, that the subversion inherent to the butch - the plasticity ofthe body machine, sex as an act, the production of an alternative femininity, the desire that breaks withstandardization - creates an obsolescence in the heterosocial structure, which can only escape with controland extermination techniques. However, it denotes the enormous strength of a community, which is only(as it is) neglected and annihilated such a capacity to implode an entire social structure and centuries ofoppression.Keywords: lesbian; butch; resignification; femininity; violence.ResumoEste trabalho tem por objetivo analisar, por meio das estruturas sociais e históricas de gênero e daheteronormatividade, a transmutação política necessária enquanto alternativa para resistência lésbica.Trata-se da exposição dos intermediadores de violência, do corpo butch enquanto zona biopolítica, masespecialmente dos processos de enfrentamento dessas violências. O reconhecimento das vivências butchcomo contraprodutivas em relação ao engessamento da sexualidade cisheteronormativa, e o quãoameaçadoras são para o (cis)tema capitalista/patriarcal, explicitam a incansável necessidade de se afirmarum sujeito universal. Os autores selecionados para análise exprimem a brutalidade com a qual o sistemasexo-gênero assume o papel de regulador, normatizador e redutor dos sujeitos, transformando corposmúltiplos e orgânicos em máquinas ontológicas (re)produtoras, fragmentadas, e no caso das lésbicasbutch, abjetas. Portanto, não se trata apenas de denunciar o trajeto público para desumanização daexistência lésbica ou a delação dos mecanismos sociais que, sistematicamente, violentam e matam asmulheres que se negam a performar o que a sociedade heterocentrada define como feminilidade. Essetexto trata de mostrar, acima de tudo, que a subversão inerente à butch - a plasticidade da máquina corpo,do sexo como ato, da produção de uma feminilidade alternativa, do desejo que rompe com a padronização- cria na estrutura heterossocial uma obsolescência, da qual só se consegue fugir com técnicas de controlee extermínio. Contudo, denotam a força descomunal de uma comunidade, que só sendo (como é)negligenciada e aniquilada, tamanha a capacidade de implodir toda uma estrutura social e séculos deopressão.Palavras-chave: lésbica; butch; ressignificação; feminilidade; violência.ResumenEste trabajo tiene como objetivo analizar, por medio de las estructuras sociales e históricas del género y laheteronormatividad, la transmutación política necesaria como alternativa para la resistencia lésbica. Se tratade la exposición de los mediadores de la violencia, del cuerpo butch como zona biopolítica, peroespecialmente, de los procesos de enfrentamiento a esas violencias. El reconocimiento de las vivenciasbutch como contraproductivas en relación a la sexualidad cisheteronormativa y lo amenazantes que sonpara el (cis)tema capitalista/patriarcal, explicitan la incansable necesidad de afirmar un sujeto universal.Los autores selecionados para el análisis explicitan la brutalidad con que el sistema sexo-género asume elpapel de regulador, normatizador y reductor de los sujetos, transformando cuerpos múltiples y orgánicosen máquinas ontológicas (re)productoras, fragmentadas, y en el caso de las lesbianas butch, en abyectas.Por tanto, no se trata apenas de denunciar el trayecto público para la deshumanización de la existencialésbica, o la delación de los mecanismos sociales que sistemáticamente violentan y matan las mujeres quese niegan a realizar la performatividad del género que la sociedad heterocentrada define como feminidad.El texto trata de mostrar, sobre todo, que la subversión inherente a la butch - la plasticidad de la máquinacuerpo, del sexo como acto, la producción de una feminidad alternativa, el deseo que rompe con lospatrones - crea en la estructura heterosocial una obsolescencia de la cual sólo se consigue escapar contécnicas de control y exterminio. Esta subversión denota la fuerza descomunal de una comunidad que sólosiendo (como es) negligenciada y aniquilada, posee tamaña capacidad de colapsar toda una estructurasocial y siglos de opresión.Palabras claves: lesbianas; butch; resignificación; feminidad; violencia.Editora da Universidade Federal do Acre - EDUFAC2021-03-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufac.br/index.php/COMMUNITAS/article/view/4607Communitas; v. 5 n. 9 (2021): POLÍTICAS PÚBLICAS E IGUALDADE DE GÊNERO: estratégias de resistência e existência; 110-126Communitas; Vol. 5 No. 9 (2021): POLÍTICAS PÚBLICAS E IGUALDADE DE GÊNERO: estratégias de resistência e existência; 110-126Revista Communitas; ##issue.vol## 5 ##issue.no## 9 (2021): POLÍTICAS PÚBLICAS E IGUALDADE DE GÊNERO: estratégias de resistência e existência; 110-1262526-5970reponame:Communitasinstname:Universidade Federal do Acre (UFAC)instacron:UFACporhttps://periodicos.ufac.br/index.php/COMMUNITAS/article/view/4607/65Copyright (c) 2021 Communitashttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessAmato, BrunaBarbosa Gomes, Andrieli de Avila Moreira, Maria Regina 2021-04-03T22:22:32Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/4607Revistahttps://periodicos.ufac.br/revista/index.php/COMMUNITASPUBhttps://periodicos.ufac.br/revista/index.php/COMMUNITAS/oairevistas@ufac.br || rafael.goncalves@ufac.br2526-59702526-5970opendoar:2021-04-03T22:22:32Communitas - Universidade Federal do Acre (UFAC)false |
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