Territorialidade indígena e turismo em Rio Preto da Eva/AM
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Relatório |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFAM |
Texto Completo: | http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1499 |
Resumo: | A comunidade de Beija-Flor, situada na área urbana do município, distante 80 Km da capital do estado do Amazonas é constituída por 12 famílias, totalizando cerca de 62 habitantes das etnias indígenas Tuyuka, Baré, Marubo, Desana, Tariana, Sateré e Mura que migraram de seus territórios originais em busca de melhores condições de vida, escolaridade para seus filhos uma vez que as políticas públicas não chegam mesmo as terras indígenas demarcadas. Na cidade estão enfrentando problemas de sustentabilidade social e econômica, pois vivem de bicos não sendo suficiente para garantir a sobrevivência da família. Historicamente, no contexto do estado-nação, sucederam-se processos de integração que pretendiam apagar as identidades étnicas, e um dos mecanismos usados para conseguir este objetivo, foi a imposição de novas territorialidades, novas demarcações territoriais e novos regimes de propriedade e acesso aos recursos naturais e novas relações de produção. No entanto, também registraram os processos de resistência à transformação e refuncionalização das identidades e dos territórios, assim como a dotação de novos sentidos ao território, criando novas territorialidades, onde certos elos básicos conseguiram ser mantidos. Os indígenas são compelidos a participar de um processo crescente de inserção no mundo moderno incorporando vários aspectos culturais e bens produzidos pela sociedade ocidental Em vista disso, alguns são levados a buscar outras alternativas de renda ou aguardar o apoio de entidades religiosas. Uma destas alternativas foi o turismo na modalidade ecoturismo.Neste sentido, existe uma necessidade de estudo do porque os indígenas da comunidade de Beija-flor resolveram se dedicar ao turismo, que tipo de turismo, qual o conceito de que têm de turismo e ecoturismo, os impactos promovidos por ele na estrutura sócio-espacial da comunidade e as diretrizes propostas por eles para o desenvolvimento desta atividade.Este estudo torna-se importante para aprofundar o conhecimento de como está ocorrendo a inserção desta nova atividade, típica da sociedade ocidental e capitalista, em uma sociedade com uma organização social, política, econômica e cultural especifica.Utilizar-se-á principalmente fontes primárias com levantamento de dados junto aos indígenas e trade turístico e fontes secundárias junto aos órgãos governamentais e não-governamentais indígenas como a COIAB, COIAM e indigenistas como a FEPI, FUNAI, CIMI, outros como Amazonastur, Secretaria Municipal de Turismo de Rio Preto da EVA e outras fontes como monografias, dissertações, teses, Plano de Desenvolvimento do Pólo de Ecoturismo do Estado do Amazonas. |
id |
UFAM-1_19a1eea8f8bd64bd578e9e7da0156c31 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:localhost:prefix/1499 |
network_acronym_str |
UFAM-1 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFAM |
repository_id_str |
|
spelling |
Territorialidade indígena e turismo em Rio Preto da Eva/AMTerritorilaidadeTerritórioCulturaCIÊNCIAS HUMANAS: GEOGRAFIAA comunidade de Beija-Flor, situada na área urbana do município, distante 80 Km da capital do estado do Amazonas é constituída por 12 famílias, totalizando cerca de 62 habitantes das etnias indígenas Tuyuka, Baré, Marubo, Desana, Tariana, Sateré e Mura que migraram de seus territórios originais em busca de melhores condições de vida, escolaridade para seus filhos uma vez que as políticas públicas não chegam mesmo as terras indígenas demarcadas. Na cidade estão enfrentando problemas de sustentabilidade social e econômica, pois vivem de bicos não sendo suficiente para garantir a sobrevivência da família. Historicamente, no contexto do estado-nação, sucederam-se processos de integração que pretendiam apagar as identidades étnicas, e um dos mecanismos usados para conseguir este objetivo, foi a imposição de novas territorialidades, novas demarcações territoriais e novos regimes de propriedade e acesso aos recursos naturais e novas relações de produção. No entanto, também registraram os processos de resistência à transformação e refuncionalização das identidades e dos territórios, assim como a dotação de novos sentidos ao território, criando novas territorialidades, onde certos elos básicos conseguiram ser mantidos. Os indígenas são compelidos a participar de um processo crescente de inserção no mundo moderno incorporando vários aspectos culturais e bens produzidos pela sociedade ocidental Em vista disso, alguns são levados a buscar outras alternativas de renda ou aguardar o apoio de entidades religiosas. Uma destas alternativas foi o turismo na modalidade ecoturismo.Neste sentido, existe uma necessidade de estudo do porque os indígenas da comunidade de Beija-flor resolveram se dedicar ao turismo, que tipo de turismo, qual o conceito de que têm de turismo e ecoturismo, os impactos promovidos por ele na estrutura sócio-espacial da comunidade e as diretrizes propostas por eles para o desenvolvimento desta atividade.Este estudo torna-se importante para aprofundar o conhecimento de como está ocorrendo a inserção desta nova atividade, típica da sociedade ocidental e capitalista, em uma sociedade com uma organização social, política, econômica e cultural especifica.Utilizar-se-á principalmente fontes primárias com levantamento de dados junto aos indígenas e trade turístico e fontes secundárias junto aos órgãos governamentais e não-governamentais indígenas como a COIAB, COIAM e indigenistas como a FEPI, FUNAI, CIMI, outros como Amazonastur, Secretaria Municipal de Turismo de Rio Preto da EVA e outras fontes como monografias, dissertações, teses, Plano de Desenvolvimento do Pólo de Ecoturismo do Estado do Amazonas.CNPQUniversidade Federal do AmazonasBrasilGeografiaInstituto de Ciências Humanas e LetrasPrograma PIBIC 2008UFAMIvani Ferreira de FariaNara Neiva Araújo Costa2016-09-23T14:12:27Z2016-09-23T14:12:27Z2009-07-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/reporthttp://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1499application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2021-11-17T20:37:09Zoai:localhost:prefix/1499Repositório InstitucionalPUBhttp://riu.ufam.edu.br/oai/requestopendoar:2021-11-17T20:37:09Repositório Institucional da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Territorialidade indígena e turismo em Rio Preto da Eva/AM |
title |
Territorialidade indígena e turismo em Rio Preto da Eva/AM |
spellingShingle |
Territorialidade indígena e turismo em Rio Preto da Eva/AM Nara Neiva Araújo Costa Territorilaidade Território Cultura CIÊNCIAS HUMANAS: GEOGRAFIA |
title_short |
Territorialidade indígena e turismo em Rio Preto da Eva/AM |
title_full |
Territorialidade indígena e turismo em Rio Preto da Eva/AM |
title_fullStr |
Territorialidade indígena e turismo em Rio Preto da Eva/AM |
title_full_unstemmed |
Territorialidade indígena e turismo em Rio Preto da Eva/AM |
title_sort |
Territorialidade indígena e turismo em Rio Preto da Eva/AM |
author |
Nara Neiva Araújo Costa |
author_facet |
Nara Neiva Araújo Costa |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Ivani Ferreira de Faria |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Nara Neiva Araújo Costa |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Territorilaidade Território Cultura CIÊNCIAS HUMANAS: GEOGRAFIA |
topic |
Territorilaidade Território Cultura CIÊNCIAS HUMANAS: GEOGRAFIA |
description |
A comunidade de Beija-Flor, situada na área urbana do município, distante 80 Km da capital do estado do Amazonas é constituída por 12 famílias, totalizando cerca de 62 habitantes das etnias indígenas Tuyuka, Baré, Marubo, Desana, Tariana, Sateré e Mura que migraram de seus territórios originais em busca de melhores condições de vida, escolaridade para seus filhos uma vez que as políticas públicas não chegam mesmo as terras indígenas demarcadas. Na cidade estão enfrentando problemas de sustentabilidade social e econômica, pois vivem de bicos não sendo suficiente para garantir a sobrevivência da família. Historicamente, no contexto do estado-nação, sucederam-se processos de integração que pretendiam apagar as identidades étnicas, e um dos mecanismos usados para conseguir este objetivo, foi a imposição de novas territorialidades, novas demarcações territoriais e novos regimes de propriedade e acesso aos recursos naturais e novas relações de produção. No entanto, também registraram os processos de resistência à transformação e refuncionalização das identidades e dos territórios, assim como a dotação de novos sentidos ao território, criando novas territorialidades, onde certos elos básicos conseguiram ser mantidos. Os indígenas são compelidos a participar de um processo crescente de inserção no mundo moderno incorporando vários aspectos culturais e bens produzidos pela sociedade ocidental Em vista disso, alguns são levados a buscar outras alternativas de renda ou aguardar o apoio de entidades religiosas. Uma destas alternativas foi o turismo na modalidade ecoturismo.Neste sentido, existe uma necessidade de estudo do porque os indígenas da comunidade de Beija-flor resolveram se dedicar ao turismo, que tipo de turismo, qual o conceito de que têm de turismo e ecoturismo, os impactos promovidos por ele na estrutura sócio-espacial da comunidade e as diretrizes propostas por eles para o desenvolvimento desta atividade.Este estudo torna-se importante para aprofundar o conhecimento de como está ocorrendo a inserção desta nova atividade, típica da sociedade ocidental e capitalista, em uma sociedade com uma organização social, política, econômica e cultural especifica.Utilizar-se-á principalmente fontes primárias com levantamento de dados junto aos indígenas e trade turístico e fontes secundárias junto aos órgãos governamentais e não-governamentais indígenas como a COIAB, COIAM e indigenistas como a FEPI, FUNAI, CIMI, outros como Amazonastur, Secretaria Municipal de Turismo de Rio Preto da EVA e outras fontes como monografias, dissertações, teses, Plano de Desenvolvimento do Pólo de Ecoturismo do Estado do Amazonas. |
publishDate |
2009 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2009-07-31 2016-09-23T14:12:27Z 2016-09-23T14:12:27Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/report |
format |
report |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1499 |
url |
http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1499 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Amazonas Brasil Geografia Instituto de Ciências Humanas e Letras Programa PIBIC 2008 UFAM |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Amazonas Brasil Geografia Instituto de Ciências Humanas e Letras Programa PIBIC 2008 UFAM |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFAM instname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM) instacron:UFAM |
instname_str |
Universidade Federal do Amazonas (UFAM) |
instacron_str |
UFAM |
institution |
UFAM |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFAM |
collection |
Repositório Institucional da UFAM |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1798061042890178560 |