Território e territorialidades indígenas na cidade de Manaus

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zilmar Lima da Silva
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFAM
Texto Completo: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1502
Resumo: Em Manaus, vivem aproximadamente 20 mil indígenas (COIAB, 2008).Estes indígenas, vindos de Toda parte do Estado estão localizados hoje, alguns, de forma concentrada em bairros como Compensa, Jorge Teixeira, Redenção-Santos Dumont, Mauazinho, Ramal do Brasileirinho, Comunidade São João, Coroado, Ciadade de Deus, Conjunto Vila Câmara, São José, Tarumã, Santa Etelvina, Lirio do Vale e João Paulo etc., ou espalhados por outros bairros da capital, entretanto sempre se organizando em forma de associações. Historicamente, no contexto do estado-nação, sucederam-se processos de integração que pretendiam apagar as identidades étnicas, e um dos mecanismos usados para conseguir este objetivo, foi a imposição de novas territorialidades, novas demarcações territoriais e novos regimes de propriedade e acesso aos recursos naturais e novas relações de produção. Os estudos dedicados a esta problemática, acompanharam durante várias décadas a erosão, a decadência e até a extinção de sistemas culturais nativos, locais, assim como, os processos de alienação e perda do território que acompanhavam os primeiros. No entanto, também registraram os processos de resistência à transformação e refuncionalização das identidades e dos territórios, , assim como a dotação de novos sentidos ao território, criando novas territorialidades, onde certos elos básicos conseguiram ser mantidos. Os indígenas são compelidos a participar de um processo crescente de inserção no mundo moderno incorporando vários aspectos culturais e bens produzidos pela sociedade ocidental Dessa maneira, surge uma outra configuração através da (re)construção de moradia na cidade refletida na materialização das condições socioeconômicas, de como a comunidade/povo poderá ter acesso as formas de como garantir sua mudança no aspecto cultural econômico. Em vista disso, alguns são levados a buscar outras alternativas de renda ou aguardar o apoio de entidades religiosas. Recriam seus territórios na cidade dando novos significados e funcão e as associações são instrumentos de união e de afirmação de suas culturas. Esta pesquisa pretende analisar como está ocorrendo a territorialização e a criaçäo de novas territorialidades indígenas na cidade, onde estão estas associações quem são estes indígenas que as formam e de onde vieram. Para o desenvolvimento desta pesquisa, trabalharemos com a metodologia da pesquisa participante com realização da pesquisa de campo, essencial para alcançar os resultados e pesquisa de gabinete, utilizando fontes primárias e secundárias e aportes teóricos para análises dos dados.Utilizar-se-á principalmente fontes primárias com levantamento de dados junto as lideranças indígenas das associações e fontes secundárias junto aos órgãos governamentais e não-governamentais indígenas como a COIAB, COIAM e indigenistas como a FEPI, FUNAI, CIMI, e outras fontes como monografias, dissertações, teses.
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