Estudo de extratos de flores de plantas da região Amazônica contendo antocianinas para uso como indicadores naturais de pH

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ananda da Silva Antonio
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFAM
Texto Completo: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/2099
Resumo: Indicadores visuais são substâncias capazes de mudar de cor dependendo das características físico-químicas da solução na qual estão contidos, em função de diversos fatores, tais como pH, potencial elétrico e outros. Os indicadores ácido-base ou indicadores de pH são substâncias orgânicas fracamente ácidas ou fracamente básicas que apresentam cores diferentes para suas formas protonadas e desprotonadas, ou seja, mudam de cor em função do pH. É prática antiga o uso de extratos de tecidos vegetais como indicadores de pH, no entanto somente no início do século XX Willstätter e Robinson relacionaram uma classe de substâncias químicas conhecidas como antocianinas - pigmentos responsáveis pela coloração de diversas flores - e que seus extratos apresentavam cores que variavam em função da acidez ou alcalinidade do meio. As antocianinas são compostos derivados das antocianidinas e conferem coloração azul ou vermelha aos tecidos vegetais. A propriedade das antocianinas apresentarem cores diferentes, dependendo do pH em que se encontram, faz com que esses pigmentos possam ser usados como indicadores naturais de pH. O uso de corantes naturais no ensino médio e superior, principalmente de química geral e analítica, tem sido proposto frequentemente. As principais vantagens são relacionadas com a atração do interesse dos estudantes para o assunto abordado, devido à coloração de espécies químicas contidas nos tecidos vegetais e suas mudanças de cor em função do pH. Soma-se isso ao fato de usar algo presente no cotidiano dos estudantes para esta finalidade, ligando a química ao seu dia-a-dia. Dessa forma, a utilização de extratos naturais de indicadores de pH pode ser explorada didadicamente, desde a etapa de obtenção até a caracterização visual e/ou espectrofotométrica das diferentes formas que aparecem em função das mudanças de pH do meio. Podem ser elaboradas atividades experimentais para o ensino de Química no nível médio, e depois de certas alterações, a proposta pode ser adaptada e tornar-se adequada para o desenvolvimento de atividades para o ensino superior. As perspectivas de trabalho pedagógico que podem ser desenvolvidas com a utilização desses extratos em atividades didáticas representam uma importante ferramenta para fortalecer a articulação da teoria em química com a prática. Isto é bastante desejável por favorecer o sucesso do processo de ensino/aprendizagem, o que nem sempre é tarefa trivial, principalmente quando o tema é a Química. Temos ao nosso redor uma grande diversidade de espécies vegetais que ainda não foram estudadas. Conhecer as propriedades e reatividade dessas plantas, e nesse projeto em particular, avaliar o emprego de extratos de flores da Floresta Amazônica como indicadores visuais, mostra-se como um desafio inovador. É necessário que sejam desenvolvidos projetos que busquem agregar inovação tecnológica, mas ao mesmo tempo não perder de vista que devemos conhecer o potencial de nossa floresta.
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