Depósitos sedimentares Pleistocenos-Holocenos da zona de confluência dos rios Solimões e Purus, Amazônia Ocidental
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM |
Texto Completo: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5524 |
Resumo: | O Rio Solimões, na zona de confluência com o Rio Purus (Amazônia Ocidental), apresenta 3 níveis de terraços fluviais pleistocenos-holocenos, denominados informalmente de Superior (TS), Intermediário (TI) e Inferior (TInf), definidos neste estudo com base em dados de sensores remotos, sedimentológicos, estratigráficos e geocronológicos. Em geral, os terraços exibem distribuição simétrica, formam faixas paralelas ao rio e se estendem por dezenas de quilômetros. Localizam entre as cotas de 15 a 75 m, exibem idades entre 750 a 204.000 anos AP e, internamente, são constituídos por intercalações de camadas de areia e lama (silte e argila), que formam os pares da Estratificação Heterolítica Inclinada (EHI). O TS (55.000 a 204.596 anos AP) é caracterizado pelo relevo de cristas e depressões, exibe padrões de drenagem dendrítico a subdendrítico e vestígios de antigas linhas de acreção lateral. Os terraços TI (28.400 a 37.240 anos AP) e TInf (750 a 9.315 anos AP) fazem parte da planície aluvial ativa deste rio, estando sujeitos às inundações sazonais. O TI apresenta relevo plano com suaves ondulações, exibindo linhas de acreção lateral e dezenas de lagos com formas alongadas, arredondadas e curvadas, enquanto o TInf é a unidade mais próxima aos canais principais, compondo as barras marginais e ilhas e, se destaca pela maior densidade de linhas de acreção e lagos. A simetria dos níveis dos terraços do Rio Solimões, bem como as feições de paleocanais e a presença da EHI, evidenciam o seu pretérito estilo fluvial meandrante que predominou no Pleistoceno Superior, permitindo inferir que o canal migrou por dezenas de quilômetros. Entretanto, os dados atuais mostram que este rio tem um elevado grau de estabilidade, definido principalmente com base na baixa taxa de migração dos canais (em torno de 0,32%/ano), bem como pela presença de ilhas e barras marginais lamosas e fitoestabilizadas que definem o atual estilo anastomosado-anabranching. A mudança do estilo fluvial no limite Pleistoceno-Holoceno pode ser relacionada principalmente as variações climáticas, tectônicas e glacioeustáticas. A subida do mar até o nível atual, entre 18.000 e 6.000 e anos AP, bloqueou a foz do sistema fluvial Solimões-Amazonas, provocando a diminuição da declividade e maior aporte de sedimentos finos, que em associação com o aumento da umidade (que permitiu a fitoestabilização das ilhas e margens) tornaram este sistema mais estável, e permitiu a instalação do atual estilo anastomosado-anabranching. A predominância deste estilo pode ser estendida a leste, até a região de confluência com o rio Madeira. |
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Depósitos sedimentares Pleistocenos-Holocenos da zona de confluência dos rios Solimões e Purus, Amazônia OcidentalRio SolimõesRio PurusTerraços Fluviais QuaternáriosLuminescência Opticamente Estimulada (LOE)Estudos geomorfológicosGeologia regionalQuaternary Fluvial TerracesCIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA: GEOCIÊNCIASO Rio Solimões, na zona de confluência com o Rio Purus (Amazônia Ocidental), apresenta 3 níveis de terraços fluviais pleistocenos-holocenos, denominados informalmente de Superior (TS), Intermediário (TI) e Inferior (TInf), definidos neste estudo com base em dados de sensores remotos, sedimentológicos, estratigráficos e geocronológicos. Em geral, os terraços exibem distribuição simétrica, formam faixas paralelas ao rio e se estendem por dezenas de quilômetros. Localizam entre as cotas de 15 a 75 m, exibem idades entre 750 a 204.000 anos AP e, internamente, são constituídos por intercalações de camadas de areia e lama (silte e argila), que formam os pares da Estratificação Heterolítica Inclinada (EHI). O TS (55.000 a 204.596 anos AP) é caracterizado pelo relevo de cristas e depressões, exibe padrões de drenagem dendrítico a subdendrítico e vestígios de antigas linhas de acreção lateral. Os terraços TI (28.400 a 37.240 anos AP) e TInf (750 a 9.315 anos AP) fazem parte da planície aluvial ativa deste rio, estando sujeitos às inundações sazonais. O TI apresenta relevo plano com suaves ondulações, exibindo linhas de acreção lateral e dezenas de lagos com formas alongadas, arredondadas e curvadas, enquanto o TInf é a unidade mais próxima aos canais principais, compondo as barras marginais e ilhas e, se destaca pela maior densidade de linhas de acreção e lagos. A simetria dos níveis dos terraços do Rio Solimões, bem como as feições de paleocanais e a presença da EHI, evidenciam o seu pretérito estilo fluvial meandrante que predominou no Pleistoceno Superior, permitindo inferir que o canal migrou por dezenas de quilômetros. Entretanto, os dados atuais mostram que este rio tem um elevado grau de estabilidade, definido principalmente com base na baixa taxa de migração dos canais (em torno de 0,32%/ano), bem como pela presença de ilhas e barras marginais lamosas e fitoestabilizadas que definem o atual estilo anastomosado-anabranching. A mudança do estilo fluvial no limite Pleistoceno-Holoceno pode ser relacionada principalmente as variações climáticas, tectônicas e glacioeustáticas. A subida do mar até o nível atual, entre 18.000 e 6.000 e anos AP, bloqueou a foz do sistema fluvial Solimões-Amazonas, provocando a diminuição da declividade e maior aporte de sedimentos finos, que em associação com o aumento da umidade (que permitiu a fitoestabilização das ilhas e margens) tornaram este sistema mais estável, e permitiu a instalação do atual estilo anastomosado-anabranching. A predominância deste estilo pode ser estendida a leste, até a região de confluência com o rio Madeira.The Solimões River, at the confluence zone with the Purus River (Western Amazonia) features 3 levels of Pleistocene-Holocenos river terraces, informally called Superior (TS), Intermediário (TI) and Inferior (TInf), defined in this study based in remote sensing data, sedimentology, stratigraphy and geochronology. In general, the terraces display symmetrical distribution, form parallel tracks to the river and extend for tens of kilometers. Located between the elevations 15-75 m, display aged 750-204,000 years BP and internally consist of interbedded sand and mud layers (silt and clay) forming pairs of Stratification Heterolytic Leaning (EHI). The TS (55,000 to 204,596 years BP) is characterized by raised ridges and depressions, showing dendritic drainage patterns to subdendritic and traces of old lines of lateral accretion. The terraces TI (28,400 to 37,240 years BP) and TInf (750-9315 years BP) are part of the active floodplain of the river, subject to seasonal flooding. TI provides relief plan with gentle undulations, displaying rows of lateral accretion and dozens of lakes with elongated shapes, rounded and curved, while the TInf is the closest unit to the main channels, making the marginal bars and islands, stands out for most density lines accretion and lakes. The symmetry of the levels of the terraces of the Solimões River, as well as the features of paleochannels and the presence of EHI, show your past meandering fluvial style that prevailed in the Late Pleistocene, leading to the conclusion that the migrated channel for tens of kilometers. However, recent data show that this river has a high degree of stability, defined primarily based on the channel low migration rate (around 0.32% / year), and by the presence of islands and marginal bars and muddy fitoestabilizadas that define the current anastomosing-anabranching style. The change of fluvial style in the Pleistocene-Holocene boundary can be mainly related to climatic variations, tectonics and glaciostatic. The rise in the sea to the current level, between 18,000 and 6,000 and years BP, blocked the mouth of Solimões-Amazonas river system, causing a decrease in slope and greater input of fine sediments, which in combination with the increased humidity (which allowed phytostabilization the islands and margins) made this system more stable and allowed the installation of the current anastomosing-anabranching style. The predominance of this style can be extended to the east, to the confluence region with the Madeira River.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorUniversidade Federal do AmazonasInstituto de Ciências ExatasBrasilUFAMPrograma de Pós-graduação em GeociênciasSoares, Emílio Alberto Amaralhttp://lattes.cnpq.br/1764941942803855Tavares Junior, Stélio SoaresFranzinelli, ElenaPassos, Marcel Silvahttp://lattes.cnpq.br/70429506757478072017-02-20T14:59:50Z2016-04-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfPASSOS, Marcel Silva. Depósitos sedimentares Pleistocenos-Holocenos da zona de confluência dos rios Solimões e Purus, Amazônia Ocidental. 2016. 136 f. Dissertação (Mestrado em Geociências) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2016.http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5524porhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2017-02-21T05:04:02Zoai:https://tede.ufam.edu.br/handle/:tede/5524Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://200.129.163.131:8080/PUBhttp://200.129.163.131:8080/oai/requestddbc@ufam.edu.br||ddbc@ufam.edu.bropendoar:65922017-02-21T05:04:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false |
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