A expressão de futuridade no português brasileiro contemporâneo: a variação em dados do projeto ALiB
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27829 |
Resumo: | Esta pesquisa de Mestrado visa observar que contextos linguísticos e extralinguísticos favorecem a variação das formas verbais que expressam futuridade no português brasileiro contemporâneo. Fundamentou-se, para tanto, no aporte teórico e metodológico da Linguística Histórica, notadamente da Dialectologia Pluridimensional e da Sociolinguística Variacionista Laboviana. O corpus analisado constitui-se de 200 inquéritos realizados pelo Projeto Atlas Linguístico do Brasil – Projeto ALiB – em 25 capitais, nas quais se documentou a fala de oito informantes, dispostos equitativamente quanto ao gênero, às faixas etárias selecionadas –18 a 30 e 50 a 65 anos – e ao grau de escolaridade – fundamental e universitário. A análise quantitativa e qualitativa dos dados restringe-se às construções que expressam futuridade iminente em relação ao momento da fala e às estruturas condicionadas a uma situação hipotética anterior, a partir das respostas dos informantes às questões específicas constantes do Questionário ALiB, formuladas da seguinte maneira: “O que você fará amanhã?” e “O que você faria se ganhasse na loteria?”, respectivamente. Documentou-se a oscilação de uso das variantes quanto ao tempo/aspecto, a partir do confronto entre as formas sintéticas canônicas e não canônicas – presente com valor de futuro e imperfeito usado em lugar do condicional – lê-se futuro do presente, conforme a NGB –; e quanto ao comportamento morfossintático, a partir da presença/ausência de marca temporal no verbo e do confronto entre as formas sintéticas canônicas – futuro e condicional – com construções analíticas – “vou trabalhar” e “ia comprar” e sintético-analíticas – “irei trabalhar” e “iria comprar”. Os dados foram submetidos ao Programa Goldvarb, obedecendo a uma codificação, previamente realizada, constituída de 10 variáveis independentes: i) quatro grupos de fatores linguístico-estruturais – a presença/ausência de elemento condicionante e/ou marcador temporal, conjugação verbal, a extensão lexical dos verbos e o tipo de verbo –; ii) dois grupos de fatores pragmático-discursivos – o paralelismo discursivo e a ocorrência do âmbito da estrutura frasal, sob a perspectiva do efeito gatilho –; iii) três variáveis sociais – gênero, faixa etária e escolaridade, além da variável diatópica. Os resultados atestaram que a forma canônica futuro se encontra em desuso em prol da forma analítica, em contraponto ao condicional, para que a marcação morfológica é mais evidente, e que as expressões de futuridade – iminente e condicionada a uma situação hipotética anterior – se comportam de maneira diferenciada no que tange aos contextos favorecedores. Admitindo que o valor semântico da expressão de futuridade pode ser assumido, quer por uma categoria mórfica, imposto pela morfossintaxe, quer pelos elementos disponíveis no discurso, apresentam-se, além da descrição dos usos, argumentos que respaldam a afirmação de que as formas verbais podem ser substituídas entre si porque há condições intra, inter e extralinguísticas favoráveis à oscilação de uso das formas verbais que expressam futuridade no português brasileiro contemporâneo. |
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Neiva, IsamarNeiva, IsamarMachado Filho, Américo Venâncio LopesMachado Filho, Américo Venâncio LopesOliveira, Cibele Brandão deLobo, Tânia Conceição Freire2018-10-25T18:27:45Z2018-10-25T18:27:45Z2018-10-252012-10-25Dissertaçãohttp://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27829Esta pesquisa de Mestrado visa observar que contextos linguísticos e extralinguísticos favorecem a variação das formas verbais que expressam futuridade no português brasileiro contemporâneo. Fundamentou-se, para tanto, no aporte teórico e metodológico da Linguística Histórica, notadamente da Dialectologia Pluridimensional e da Sociolinguística Variacionista Laboviana. O corpus analisado constitui-se de 200 inquéritos realizados pelo Projeto Atlas Linguístico do Brasil – Projeto ALiB – em 25 capitais, nas quais se documentou a fala de oito informantes, dispostos equitativamente quanto ao gênero, às faixas etárias selecionadas –18 a 30 e 50 a 65 anos – e ao grau de escolaridade – fundamental e universitário. A análise quantitativa e qualitativa dos dados restringe-se às construções que expressam futuridade iminente em relação ao momento da fala e às estruturas condicionadas a uma situação hipotética anterior, a partir das respostas dos informantes às questões específicas constantes do Questionário ALiB, formuladas da seguinte maneira: “O que você fará amanhã?” e “O que você faria se ganhasse na loteria?”, respectivamente. Documentou-se a oscilação de uso das variantes quanto ao tempo/aspecto, a partir do confronto entre as formas sintéticas canônicas e não canônicas – presente com valor de futuro e imperfeito usado em lugar do condicional – lê-se futuro do presente, conforme a NGB –; e quanto ao comportamento morfossintático, a partir da presença/ausência de marca temporal no verbo e do confronto entre as formas sintéticas canônicas – futuro e condicional – com construções analíticas – “vou trabalhar” e “ia comprar” e sintético-analíticas – “irei trabalhar” e “iria comprar”. Os dados foram submetidos ao Programa Goldvarb, obedecendo a uma codificação, previamente realizada, constituída de 10 variáveis independentes: i) quatro grupos de fatores linguístico-estruturais – a presença/ausência de elemento condicionante e/ou marcador temporal, conjugação verbal, a extensão lexical dos verbos e o tipo de verbo –; ii) dois grupos de fatores pragmático-discursivos – o paralelismo discursivo e a ocorrência do âmbito da estrutura frasal, sob a perspectiva do efeito gatilho –; iii) três variáveis sociais – gênero, faixa etária e escolaridade, além da variável diatópica. Os resultados atestaram que a forma canônica futuro se encontra em desuso em prol da forma analítica, em contraponto ao condicional, para que a marcação morfológica é mais evidente, e que as expressões de futuridade – iminente e condicionada a uma situação hipotética anterior – se comportam de maneira diferenciada no que tange aos contextos favorecedores. Admitindo que o valor semântico da expressão de futuridade pode ser assumido, quer por uma categoria mórfica, imposto pela morfossintaxe, quer pelos elementos disponíveis no discurso, apresentam-se, além da descrição dos usos, argumentos que respaldam a afirmação de que as formas verbais podem ser substituídas entre si porque há condições intra, inter e extralinguísticas favoráveis à oscilação de uso das formas verbais que expressam futuridade no português brasileiro contemporâneo.This MA research study aims at observing which linguistic and extralinguistic contexts favor the variation of verb forms that express futurity in contemporary Brazilian Portuguese. The work has been grounded in the theoretical and methodological foundation of Historic Linguistics, particularly Pluridimensional Dialectology and Labovian Variationist Sociolinguistcs. The analyzed corpus comprises 200 inquiries from the ALIB Project – Brazil’s Linguistic Atlas – in 25 capital cities in which it was documented the speech of eight informants, equally distributed in terms of gender, age group – 18 to 30 and 50 to 65 years old – and educational background – primary and university levels. The quantitative and qualitative data analysis is restricted to constructions which express imminent futurity in relation to moment of speech and to the structures conditioned by a hypothetical previous situation, based on informants’ answers to the questions in the ALIB questionnaire, organized in the following way: “What are you going to do tomorrow?” and “What would you do if you won the lottery?”, respectively. It was documented the oscillation in use of variants related to time/aspect, departing from the confrontation between the canonic and non-canonic synthetic forms – present with value of future and imperfect used in place of the conditional – future of the present, according to NGB –; and related to the morphosyntactic behavior, from the presence/absence of the temporal mark in the verb and the confrontation between the canonic synthetic forms – future and conditional – with analytical constructions – “I’m going to (vou trabalhar)” and “I was going to buy (ia comprar)” and synthetic-analytical – “I will work (irei trabalhar)” and “I would go and buy (iria comprar)”. The data was submitted to the Goldvarb Program, following a codification, previously conducted, which comprises 10 independent variables: i) four groups of linguist-structural factors – presence/absence of a conditioning element and/or and temporal marker, verb conjugation, verb lexical extension and verb type –; (ii) two groups of discursive-pragmatic factors – discursive parallelism and the occurrence at the level of the sentence structure, under the perspective of the trigger effect –; iii) three social variables – gender, age, and educational background, besides the diatopic variable. Results have proved that the canonic form future has been used much less than the analytical form, in contrast with the conditional – as the morphological mark is much more evident, and the expressions of futurity – imminent and conditioned to a previous hypothetical situation – behave differently as for the favoring contexts. Admitting that the semantic value of the expression of futurity can be assumed, be it for a morpheme category, imposed morphosyntax, or for the elements available in the discourse, the work presents, besides the description of uses, arguments which sustain the statement that verb forms can be replaced by one another as there are inter, intra and extralinguistic conditions which favor the oscillation in use of those verb forms that express futurity in contemporary Brazilian Portuguese.Submitted by Glauber de Assunção Moreira (glauber.moreira@ufba.br) on 2018-10-24T20:59:33Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_Isamar Neiva_2012_versão definitiva.pdf: 4552342 bytes, checksum: 2cadb727c03e7ef718f5e2bdb8be8cb5 (MD5)Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2018-10-25T18:27:45Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação_Isamar Neiva_2012_versão definitiva.pdf: 4552342 bytes, checksum: 2cadb727c03e7ef718f5e2bdb8be8cb5 (MD5)Made available in DSpace on 2018-10-25T18:27:45Z (GMT). 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Esta pesquisa de Mestrado visa observar que contextos linguísticos e extralinguísticos favorecem a variação das formas verbais que expressam futuridade no português brasileiro contemporâneo. Fundamentou-se, para tanto, no aporte teórico e metodológico da Linguística Histórica, notadamente da Dialectologia Pluridimensional e da Sociolinguística Variacionista Laboviana. O corpus analisado constitui-se de 200 inquéritos realizados pelo Projeto Atlas Linguístico do Brasil – Projeto ALiB – em 25 capitais, nas quais se documentou a fala de oito informantes, dispostos equitativamente quanto ao gênero, às faixas etárias selecionadas –18 a 30 e 50 a 65 anos – e ao grau de escolaridade – fundamental e universitário. A análise quantitativa e qualitativa dos dados restringe-se às construções que expressam futuridade iminente em relação ao momento da fala e às estruturas condicionadas a uma situação hipotética anterior, a partir das respostas dos informantes às questões específicas constantes do Questionário ALiB, formuladas da seguinte maneira: “O que você fará amanhã?” e “O que você faria se ganhasse na loteria?”, respectivamente. Documentou-se a oscilação de uso das variantes quanto ao tempo/aspecto, a partir do confronto entre as formas sintéticas canônicas e não canônicas – presente com valor de futuro e imperfeito usado em lugar do condicional – lê-se futuro do presente, conforme a NGB –; e quanto ao comportamento morfossintático, a partir da presença/ausência de marca temporal no verbo e do confronto entre as formas sintéticas canônicas – futuro e condicional – com construções analíticas – “vou trabalhar” e “ia comprar” e sintético-analíticas – “irei trabalhar” e “iria comprar”. Os dados foram submetidos ao Programa Goldvarb, obedecendo a uma codificação, previamente realizada, constituída de 10 variáveis independentes: i) quatro grupos de fatores linguístico-estruturais – a presença/ausência de elemento condicionante e/ou marcador temporal, conjugação verbal, a extensão lexical dos verbos e o tipo de verbo –; ii) dois grupos de fatores pragmático-discursivos – o paralelismo discursivo e a ocorrência do âmbito da estrutura frasal, sob a perspectiva do efeito gatilho –; iii) três variáveis sociais – gênero, faixa etária e escolaridade, além da variável diatópica. Os resultados atestaram que a forma canônica futuro se encontra em desuso em prol da forma analítica, em contraponto ao condicional, para que a marcação morfológica é mais evidente, e que as expressões de futuridade – iminente e condicionada a uma situação hipotética anterior – se comportam de maneira diferenciada no que tange aos contextos favorecedores. Admitindo que o valor semântico da expressão de futuridade pode ser assumido, quer por uma categoria mórfica, imposto pela morfossintaxe, quer pelos elementos disponíveis no discurso, apresentam-se, além da descrição dos usos, argumentos que respaldam a afirmação de que as formas verbais podem ser substituídas entre si porque há condições intra, inter e extralinguísticas favoráveis à oscilação de uso das formas verbais que expressam futuridade no português brasileiro contemporâneo. |
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