Mulheres nos cursos de engenharia da UFBA: um estudo sobre o acesso e desempenho
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24257 |
Resumo: | Este trabalho tem como foco o estudo do desempenho acadêmico e o acesso de mulheres nos cursos da área de engenharia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A pesquisa teve como objetivo central analisar se as diferenças de desempenho entre mulheres e homens, nos cursos de graduação de engenharia da UFBA, têm sido modificadas ao longo da formação graduada no período compreendido entre 2004 a 2016. Para a realização da pesquisa, utilizou-se a abordagem quantitativa e a pesquisa com base documental. Como método de tratamento e análise dos dados foi realizada uma análise estatística descritiva, exploratória e inferencial de maneira a conhecer o perfil dos estudantes dessa área e a aplicação de testes para verificar a significância dos achados. Além disso, sobre o desempenho, foram aplicadas a Análise de Variância e a Análise de Regressão Múltipla. A população investigada nesta pesquisa foi composta por 6702 estudantes dos quais haviam informações acadêmicas e de acesso ou não ao sistema de reserva e vagas. A partir da análise referente ao acesso nos cursos de engenharia, verificou-se um aumento no percentual de estudantes mulheres nos referidos cursos, a exemplo de Engenharia Civil. Mesmo assim, na maioria das engenharias, a participação da mulher é pequena, principalmente, nas Engenharias Elétrica, Mecânica e da Computação. No que se refere ao acesso utilizando o sistema de reserva de vagas no vestibular (cotas), as mulheres cotistas possuem menor participação, tanto em relação aos homens cotistas quanto às mulheres não cotistas. Com relação ao desempenho, as mulheres possuem menor desempenho no vestibular do que os homens. Ao ingressar na universidade, as mulheres têm rendimento acadêmico médio, melhor ou igual ao dos homens, principalmente, no início e metade do curso. A maioria das mulheres que possuem desempenho baixo no vestibular tendem a melhorar o seu rendimento dentro da universidade. Observou-se que a diferença é maior no desempenho no vestibular e no rendimento acadêmico entre os cotistas e não cotistas. No vestibular, os cotistas estão concentrados nos grupos de baixo ou intermediário baixo desempenho e os não cotistas nos grupos de intermediário alto e alto desempenho. Essas diferenças entre cotistas e não cotistas tendem a permanecer durante a formação graduada. Embora tendo ocorrido o aumento no acesso de mulheres nas engenharias é possível verificar a necessidade da existência de políticas públicas que contribuam para a equidade entre mulheres e homens no espaço educacional, que tenham políticas no âmbito macro que possibilitem o acesso de meninas à educação matemática, o estímulo para as áreas tecnológicas e engenharias, de maneira a conhecer as opções da inserção de mulheres nas diferentes profissões independentemente do gênero. No âmbito micro, faz-se necessário que sejam elaboradas políticas dentro da instituição investigada relacionadas à questão do acesso de mulheres e, principalmente, das mulheres cotistas nos cursos de engenharia. |
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Nascimento, Jaqueline Dourado doNascimento, Jaqueline Dourado doTenório, Robinson MoreiraAndrade, Cláudia Sá MalbouissonLordêlo, José Albertino CarvalhoCosta, Lilia Carolina CarneiroAraújo, Maria de Lourdes Haywanon SantosFranco, Nanci Helena Rebouças2017-09-27T14:19:56Z2017-09-27T14:19:56Z2017-09-272017-08-14Tesehttp://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24257Este trabalho tem como foco o estudo do desempenho acadêmico e o acesso de mulheres nos cursos da área de engenharia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A pesquisa teve como objetivo central analisar se as diferenças de desempenho entre mulheres e homens, nos cursos de graduação de engenharia da UFBA, têm sido modificadas ao longo da formação graduada no período compreendido entre 2004 a 2016. Para a realização da pesquisa, utilizou-se a abordagem quantitativa e a pesquisa com base documental. Como método de tratamento e análise dos dados foi realizada uma análise estatística descritiva, exploratória e inferencial de maneira a conhecer o perfil dos estudantes dessa área e a aplicação de testes para verificar a significância dos achados. Além disso, sobre o desempenho, foram aplicadas a Análise de Variância e a Análise de Regressão Múltipla. A população investigada nesta pesquisa foi composta por 6702 estudantes dos quais haviam informações acadêmicas e de acesso ou não ao sistema de reserva e vagas. A partir da análise referente ao acesso nos cursos de engenharia, verificou-se um aumento no percentual de estudantes mulheres nos referidos cursos, a exemplo de Engenharia Civil. Mesmo assim, na maioria das engenharias, a participação da mulher é pequena, principalmente, nas Engenharias Elétrica, Mecânica e da Computação. No que se refere ao acesso utilizando o sistema de reserva de vagas no vestibular (cotas), as mulheres cotistas possuem menor participação, tanto em relação aos homens cotistas quanto às mulheres não cotistas. Com relação ao desempenho, as mulheres possuem menor desempenho no vestibular do que os homens. Ao ingressar na universidade, as mulheres têm rendimento acadêmico médio, melhor ou igual ao dos homens, principalmente, no início e metade do curso. A maioria das mulheres que possuem desempenho baixo no vestibular tendem a melhorar o seu rendimento dentro da universidade. Observou-se que a diferença é maior no desempenho no vestibular e no rendimento acadêmico entre os cotistas e não cotistas. No vestibular, os cotistas estão concentrados nos grupos de baixo ou intermediário baixo desempenho e os não cotistas nos grupos de intermediário alto e alto desempenho. Essas diferenças entre cotistas e não cotistas tendem a permanecer durante a formação graduada. 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This investigation had as principal objective the investigation if the differences in the performance between women and men, at the engineering university courses of the FUB, have been modified among the preparing period between 2004 and 2016. For the development of this investigation, it has been used the quantitative scope based in documental bases. For the data treatment and analyzing process, it was used an statistic descriptive, exploring and inferential analyzing to identify the students profile in the engineering area and there were applied tests to verify the significance of the results. Further that, about the performance, the Variance and Multiply Analyzing were used. The amount of population investigated was 6702 students, which whom academic information was available, including the information of access or not to the quotas reserves system. Starting, the engineering courses access analyzing, an increasing in the participation of women average in those courses, for example the Civil Engineering was verified. Even so in the majority of the engineering courses, the women participation is lower, especially in the Electric, Mechanic and Computation Engineer courses. About the access using the quotes reserves system in the vestibular, the women quote group integrant has a minor participation comparing the men quote group participation and the women non-quote group. Talking about performance, women has less performance in the vestibular compared with men. When women entered into the university, they have medium academic improvement, better or equal as men, principally initiating or in the middle of the course. Most of women that has low performance at vestibular tend to improve the performance at the university. It was observed that the vestibular and the academic performance differences are high between the quote and the non-quote group. At the vestibular, the quote group is concentrated in the low an intermediate low students and the non-quote students in the intermediate high and high performance groups. Those differences between the quote group and the non-quote group of students tend to maintain during the university formation. Nevertheless having the access of women increased in the engineering courses, it’s possible to verify the public politics necessity to contribute to the equality between women and men in the educational space, and macro politics to allow girls in the mathematic education, so the stimulus to participate in the technologic and engineering area, all of this to know the women insertion options in the different professions. In a micro scope it’s necessary to elaborate internal politics in the investigated institution, those politics must be related to woman access, principally the women quote group in the engineering courses.RESUMEN Este trabajo tiene centro el estudio del desempeño académico y el acceso de mujeres en los cursos del área de ingeniería de la Universidad Federal de Bahía (UFBA). La investigación tuvo como objetivo principal analizar si las diferencias de desempeño entre mujeres y hombres, en los cursos universitarios de ingeniería de la UFBA, han sido modificadas a lo largo de la formación en el periodo comprendido entre 2004 y 2016. Para la realización de la investigación, se utilizó el abordaje cuantitativo y la investigación con base documental. Como método de tratamiento y análisis de los datos fue realizado un análisis estadístico descriptivo, exploratorio e inferencial a fin de conocer el perfil de los estudiantes de esa área y la aplicación de tests para verificar la significancia de los hallazgos. Además de eso, acerca del desempeño, fueron aplicados el Análisis de Varianza y el Análisis de Regresión Múltiple. La población investigada en fue compuesta de 6702 estudiantes, de los que se contaba con informaciones académicas y del acceso o no al sistema de reserva de cupos. A partir del análisis referente al acceso de los cursos de ingeniería, se verificó un aumento en el porcentaje de estudiantes mujeres en los referidos cursos, por ejemplo de Ingeniería Civil. Aún así, en la mayoría de las ingenierías, la participación de la mujer es pequeña, principalmente, en las Ingenierías Eléctrica, Mecánica y de Computación. En lo que se refiere al acceso utilizando el sistema de reserva de cupos en el vestibular (cuotas), la mujeres cuotistas poseen menor participación, tanto en relación a los hombres cuotistas como a las mujeres no cuotistas. Acerca del desempeño, las mujeres poseen menor desempeño en el vestibular que el de los hombres. Al ingresar a la universidad, las mujeres tienen rendimiento académico medio, mejor o igual al de los hombres, principalmente, en el inicio y mitad del curso. La mayoría de la mujeres que poseen desempeño bajo en el vestibular tienden a mejorar su rendimiento dentro de la universidad. Se observó que la diferencia es mayor en el desempeño vestibular y en el rendimiento académico entre los cuotistas y no cuotistas. En el vestibular, los cuotistas están concentrados en los grupos de desempeño bajo e intermedio bajo e los no cuotistas en los grupos de desempeño intermedio alto y alto. Esas diferencias entre cuotistas y no cuotistas tienden a permanecer durante la formación universitaria. Sin embargo, habiendo ocurrido el aumento en el acceso de mujeres en las ingenierías, es posible verificar la necesidad de existencia de políticas públicas que contribuyan a la equidad entre mujeres y hombres en el espacio educacional, que existan políticas en el ámbito macro que posibiliten el acceso de muchachas a la educación matemática, el estímulo para las áreas tecnológicas e ingenieriles, de manera a conocer las opciones de inserción de mujeres en las diferentes profesiones independientemente del género. En el ámbito micro, se hace necesario que sean elaboradas políticas dentro de la institución investigada, relacionadas al acceso de mujeres y, principalmente, de las mujeres cuotistas en los cursos de ingeniería.Submitted by JAQUELINE NASCIMENTO (jaquedourado@gmail.com) on 2017-09-27T06:17:24Z No. of bitstreams: 1 TESE_MULHERES NOS CURSOS DE ENGENHARIA DA UFBA _ACESSO E DESEMPENHO_JAQUELINE.pdf: 3288957 bytes, checksum: c1eeb1111def256553e3bb5d0d72fa7c (MD5)Approved for entry into archive by Maria Auxiliadora da Silva Lopes (silopes@ufba.br) on 2017-09-27T14:19:55Z (GMT) No. of bitstreams: 1 TESE_MULHERES NOS CURSOS DE ENGENHARIA DA UFBA _ACESSO E DESEMPENHO_JAQUELINE.pdf: 3288957 bytes, checksum: c1eeb1111def256553e3bb5d0d72fa7c (MD5)Made available in DSpace on 2017-09-27T14:19:56Z (GMT). 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Este trabalho tem como foco o estudo do desempenho acadêmico e o acesso de mulheres nos cursos da área de engenharia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A pesquisa teve como objetivo central analisar se as diferenças de desempenho entre mulheres e homens, nos cursos de graduação de engenharia da UFBA, têm sido modificadas ao longo da formação graduada no período compreendido entre 2004 a 2016. Para a realização da pesquisa, utilizou-se a abordagem quantitativa e a pesquisa com base documental. Como método de tratamento e análise dos dados foi realizada uma análise estatística descritiva, exploratória e inferencial de maneira a conhecer o perfil dos estudantes dessa área e a aplicação de testes para verificar a significância dos achados. Além disso, sobre o desempenho, foram aplicadas a Análise de Variância e a Análise de Regressão Múltipla. A população investigada nesta pesquisa foi composta por 6702 estudantes dos quais haviam informações acadêmicas e de acesso ou não ao sistema de reserva e vagas. A partir da análise referente ao acesso nos cursos de engenharia, verificou-se um aumento no percentual de estudantes mulheres nos referidos cursos, a exemplo de Engenharia Civil. Mesmo assim, na maioria das engenharias, a participação da mulher é pequena, principalmente, nas Engenharias Elétrica, Mecânica e da Computação. No que se refere ao acesso utilizando o sistema de reserva de vagas no vestibular (cotas), as mulheres cotistas possuem menor participação, tanto em relação aos homens cotistas quanto às mulheres não cotistas. Com relação ao desempenho, as mulheres possuem menor desempenho no vestibular do que os homens. Ao ingressar na universidade, as mulheres têm rendimento acadêmico médio, melhor ou igual ao dos homens, principalmente, no início e metade do curso. A maioria das mulheres que possuem desempenho baixo no vestibular tendem a melhorar o seu rendimento dentro da universidade. Observou-se que a diferença é maior no desempenho no vestibular e no rendimento acadêmico entre os cotistas e não cotistas. No vestibular, os cotistas estão concentrados nos grupos de baixo ou intermediário baixo desempenho e os não cotistas nos grupos de intermediário alto e alto desempenho. Essas diferenças entre cotistas e não cotistas tendem a permanecer durante a formação graduada. Embora tendo ocorrido o aumento no acesso de mulheres nas engenharias é possível verificar a necessidade da existência de políticas públicas que contribuam para a equidade entre mulheres e homens no espaço educacional, que tenham políticas no âmbito macro que possibilitem o acesso de meninas à educação matemática, o estímulo para as áreas tecnológicas e engenharias, de maneira a conhecer as opções da inserção de mulheres nas diferentes profissões independentemente do gênero. No âmbito micro, faz-se necessário que sejam elaboradas políticas dentro da instituição investigada relacionadas à questão do acesso de mulheres e, principalmente, das mulheres cotistas nos cursos de engenharia. |
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