Consumo alimentar, níveis séricos e eritrocitários de oligoelementos em pacientes com dor crônica miofascial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barros Neto, João Araújo
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/15663
Resumo: Introdução: Distúrbios nutricionais constituem-se importantes fatores de risco capazes de intensificar ou desencadear a resposta dolorosa. O objetivo desse estudo foi avaliar a ingestão habitual, níveis plasmáticos e eritrocitários de magnésio, cálcio, selênio e zinco em pacientes com dor crônica miofascial. Metodologia: Estudo caso- controle realizado com 31 pacientes com dor crônica miofascial (grupo I) e 31 indivíduos sem dor (grupo II). Foram aplicados dois questionários recordatórios de 24h e o Registro alimentar de três dias para avaliar o consumo alimentar. As concentrações plasmáticas e eritrocitárias de Mg2+, Ca2+, Selenio total (Set) e Zn2+ foram realizadas por meio da espectrofotometria de absorção atômica. Resultados: Dor miofascial foi mais frequentemente observada em mulheres com média de idade de 45,83 + 7,59 anos. O sedentarismo e o excesso de peso foram mais frequentes no grupo de pacientes com dor miofascial. O grupo I apresentou menores concentrações séricas de Ca2+ (8,92 + 0,52 mg/dL vs. 9,39 + 0,46 mg/dL)(p<0,001), menores níveis eritrocitários de Mg2+ (92,5 + 14,5 μgMg/gHb vs. 102,2 + 14,0 μgMg/gHb)(p=0,010), de Set (79,46 + 19,79 μg/L vs. 90,80 + 23,12 μg/L)(p=0,041) e de Zn2+ (30,56 + 7,74 μgZn/gHb vs. 38,48 + 14,86 μgZn/gHb)(p=0,004), quando comparados ao grupo controle. Observou-se comprometimento da ingestão alimentar de cálcio, magnésio e zinco, mas não de selênio, em que 80% dos indivíduos apresentaram ingestão considerada segura. A ingestão de Mg, o Ca2+ sérico e o Zn eritrocitário associou-se com a presença da dor. Conclusão: No presente estudo, os pacientes com dor crônica miofascial mostraram maior demanda metabólica de Ca, Zn e Se. A ingestão de Mg apresentou-se como fator protetor para o desenvolvimento da dor crônica miofascial. A deficiência crônica desses micronutrientes pode estar associada à etiopatogenicidade da doença.
id UFBA-2_4257ce29fb6c96892b717269446c6eb2
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/15663
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str 1932
spelling Barros Neto, João AraújoMachado, Adelmir de Souza2014-08-21T02:58:16Z2014-08-21T02:58:16Z2014-08-202013http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/15663Introdução: Distúrbios nutricionais constituem-se importantes fatores de risco capazes de intensificar ou desencadear a resposta dolorosa. O objetivo desse estudo foi avaliar a ingestão habitual, níveis plasmáticos e eritrocitários de magnésio, cálcio, selênio e zinco em pacientes com dor crônica miofascial. Metodologia: Estudo caso- controle realizado com 31 pacientes com dor crônica miofascial (grupo I) e 31 indivíduos sem dor (grupo II). Foram aplicados dois questionários recordatórios de 24h e o Registro alimentar de três dias para avaliar o consumo alimentar. As concentrações plasmáticas e eritrocitárias de Mg2+, Ca2+, Selenio total (Set) e Zn2+ foram realizadas por meio da espectrofotometria de absorção atômica. Resultados: Dor miofascial foi mais frequentemente observada em mulheres com média de idade de 45,83 + 7,59 anos. O sedentarismo e o excesso de peso foram mais frequentes no grupo de pacientes com dor miofascial. O grupo I apresentou menores concentrações séricas de Ca2+ (8,92 + 0,52 mg/dL vs. 9,39 + 0,46 mg/dL)(p<0,001), menores níveis eritrocitários de Mg2+ (92,5 + 14,5 μgMg/gHb vs. 102,2 + 14,0 μgMg/gHb)(p=0,010), de Set (79,46 + 19,79 μg/L vs. 90,80 + 23,12 μg/L)(p=0,041) e de Zn2+ (30,56 + 7,74 μgZn/gHb vs. 38,48 + 14,86 μgZn/gHb)(p=0,004), quando comparados ao grupo controle. Observou-se comprometimento da ingestão alimentar de cálcio, magnésio e zinco, mas não de selênio, em que 80% dos indivíduos apresentaram ingestão considerada segura. A ingestão de Mg, o Ca2+ sérico e o Zn eritrocitário associou-se com a presença da dor. Conclusão: No presente estudo, os pacientes com dor crônica miofascial mostraram maior demanda metabólica de Ca, Zn e Se. A ingestão de Mg apresentou-se como fator protetor para o desenvolvimento da dor crônica miofascial. A deficiência crônica desses micronutrientes pode estar associada à etiopatogenicidade da doença.Submitted by Barroso Patrícia (barroso.p2010@gmail.com) on 2014-08-21T02:58:16Z No. of bitstreams: 1 BARROS NETO, João Araújo.pdf: 2896374 bytes, checksum: 0dea4038ba413728a21b1c20f5288332 (MD5)Made available in DSpace on 2014-08-21T02:58:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 BARROS NETO, João Araújo.pdf: 2896374 bytes, checksum: 0dea4038ba413728a21b1c20f5288332 (MD5)Ciências da SaúdeAlimentaçãoMagnésioCálcioSelênioZincoConsumo alimentar, níveis séricos e eritrocitários de oligoelementos em pacientes com dor crônica miofascialinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal da Bahia - Instituto de Ciências da SaúdePrograma de Pós-graduação - Processos Interativos dos Órgãos e SistemasPPGPIOSbrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALBARROS NETO, João Araújo.pdfBARROS NETO, João Araújo.pdfapplication/pdf2896374https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/15663/1/BARROS%20NETO%2c%20Jo%c3%a3o%20Ara%c3%bajo.pdf0dea4038ba413728a21b1c20f5288332MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1345https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/15663/2/license.txtff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0MD52TEXTBARROS NETO, João Araújo.pdf.txtBARROS NETO, João Araújo.pdf.txtExtracted texttext/plain240055https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/15663/3/BARROS%20NETO%2c%20Jo%c3%a3o%20Ara%c3%bajo.pdf.txt73a5af11b7a766ade411d8356001df9fMD53ri/156632022-02-20 22:05:44.079oai:repositorio.ufba.br:ri/15663VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBLgoKIFBlbG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc++/vW8gZGUgZG9jdW1lbnRvcywgbyBhdXRvciBvdSBzZXUgcmVwcmVzZW50YW50ZSBsZWdhbCwgYW8gYWNlaXRhciAKZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRhIEJhaGlhIApvIGRpcmVpdG8gZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2Ye+/ve+/vW8uIApFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yL2NvcHlyaWdodCwgbWFzIGVudGVuZGUgbyBkb2N1bWVudG8gCmNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCiBQYXJhIG9zIGRvY3VtZW50b3MgcHVibGljYWRvcyBjb20gcmVwYXNzZSBkZSBkaXJlaXRvcyBkZSBkaXN0cmlidWnvv73vv71vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vu77+9YSAKZW50ZW5kZSBxdWU6CgogTWFudGVuZG8gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHJlcGFzc2Fkb3MgYSB0ZXJjZWlyb3MsIGVtIGNhc28gZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8KcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIGludGVncmFsLCBtYXMgbGliZXJhIGFzIGluZm9ybWHvv73vv71lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3Ryae+/ve+/vWVzIGltcG9zdGFzIHBlbG9zIGVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2Hvv73vv71lcyBzZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVw77+9c2l0b3MgCmNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIG1hcyBtYW5077+9bSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byAKYW8gbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8KIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgZXN0YXJlbSBlbSBpbmljaWF0aXZhcyBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-02-21T01:05:44Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Consumo alimentar, níveis séricos e eritrocitários de oligoelementos em pacientes com dor crônica miofascial
title Consumo alimentar, níveis séricos e eritrocitários de oligoelementos em pacientes com dor crônica miofascial
spellingShingle Consumo alimentar, níveis séricos e eritrocitários de oligoelementos em pacientes com dor crônica miofascial
Barros Neto, João Araújo
Ciências da Saúde
Alimentação
Magnésio
Cálcio
Selênio
Zinco
title_short Consumo alimentar, níveis séricos e eritrocitários de oligoelementos em pacientes com dor crônica miofascial
title_full Consumo alimentar, níveis séricos e eritrocitários de oligoelementos em pacientes com dor crônica miofascial
title_fullStr Consumo alimentar, níveis séricos e eritrocitários de oligoelementos em pacientes com dor crônica miofascial
title_full_unstemmed Consumo alimentar, níveis séricos e eritrocitários de oligoelementos em pacientes com dor crônica miofascial
title_sort Consumo alimentar, níveis séricos e eritrocitários de oligoelementos em pacientes com dor crônica miofascial
author Barros Neto, João Araújo
author_facet Barros Neto, João Araújo
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Barros Neto, João Araújo
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Machado, Adelmir de Souza
contributor_str_mv Machado, Adelmir de Souza
dc.subject.cnpq.fl_str_mv Ciências da Saúde
topic Ciências da Saúde
Alimentação
Magnésio
Cálcio
Selênio
Zinco
dc.subject.por.fl_str_mv Alimentação
Magnésio
Cálcio
Selênio
Zinco
description Introdução: Distúrbios nutricionais constituem-se importantes fatores de risco capazes de intensificar ou desencadear a resposta dolorosa. O objetivo desse estudo foi avaliar a ingestão habitual, níveis plasmáticos e eritrocitários de magnésio, cálcio, selênio e zinco em pacientes com dor crônica miofascial. Metodologia: Estudo caso- controle realizado com 31 pacientes com dor crônica miofascial (grupo I) e 31 indivíduos sem dor (grupo II). Foram aplicados dois questionários recordatórios de 24h e o Registro alimentar de três dias para avaliar o consumo alimentar. As concentrações plasmáticas e eritrocitárias de Mg2+, Ca2+, Selenio total (Set) e Zn2+ foram realizadas por meio da espectrofotometria de absorção atômica. Resultados: Dor miofascial foi mais frequentemente observada em mulheres com média de idade de 45,83 + 7,59 anos. O sedentarismo e o excesso de peso foram mais frequentes no grupo de pacientes com dor miofascial. O grupo I apresentou menores concentrações séricas de Ca2+ (8,92 + 0,52 mg/dL vs. 9,39 + 0,46 mg/dL)(p<0,001), menores níveis eritrocitários de Mg2+ (92,5 + 14,5 μgMg/gHb vs. 102,2 + 14,0 μgMg/gHb)(p=0,010), de Set (79,46 + 19,79 μg/L vs. 90,80 + 23,12 μg/L)(p=0,041) e de Zn2+ (30,56 + 7,74 μgZn/gHb vs. 38,48 + 14,86 μgZn/gHb)(p=0,004), quando comparados ao grupo controle. Observou-se comprometimento da ingestão alimentar de cálcio, magnésio e zinco, mas não de selênio, em que 80% dos indivíduos apresentaram ingestão considerada segura. A ingestão de Mg, o Ca2+ sérico e o Zn eritrocitário associou-se com a presença da dor. Conclusão: No presente estudo, os pacientes com dor crônica miofascial mostraram maior demanda metabólica de Ca, Zn e Se. A ingestão de Mg apresentou-se como fator protetor para o desenvolvimento da dor crônica miofascial. A deficiência crônica desses micronutrientes pode estar associada à etiopatogenicidade da doença.
publishDate 2013
dc.date.submitted.none.fl_str_mv 2013
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2014-08-21T02:58:16Z
dc.date.available.fl_str_mv 2014-08-21T02:58:16Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2014-08-20
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/15663
url http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/15663
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Bahia - Instituto de Ciências da Saúde
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação - Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas
dc.publisher.initials.fl_str_mv PPGPIOS
dc.publisher.country.fl_str_mv brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Bahia - Instituto de Ciências da Saúde
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/15663/1/BARROS%20NETO%2c%20Jo%c3%a3o%20Ara%c3%bajo.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/15663/2/license.txt
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/15663/3/BARROS%20NETO%2c%20Jo%c3%a3o%20Ara%c3%bajo.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 0dea4038ba413728a21b1c20f5288332
ff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0
73a5af11b7a766ade411d8356001df9f
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808459484788424704