“Como se fora brincadeira de roda”: a capoeira como experiência do lazer de crianças da capital soteropolitana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Garzedin, Edinei Gonçalves
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35095
Resumo: A roda onde circulam saberes que entrelaçam a infância, a capoeira, a baianidade e a ludicidade como prática de lazer, através da colocação do corpo em cena, se forma nesse estudo. De abordagem qualitativa, ancorado na Sociologia da Infância, a partir de Sarmento, buscou-se aqui analisar o lugar da capoeira na vida de determinadas crianças soteropolitanas, praticada fora do tempo obrigado da escola, como atividade lúdica. Para escutar as crianças, a coleta de dados, realizada através dos mestres de capoeira, devido ao isolamento imposto pela invasão da Covid-19, elegemos o recurso dos desenhos, pelo fato de alcançar as crianças de idades variadas, além de ser presença na vivência delas, desde muito cedo, apresentando-se como recurso da intimidade do cotidiano infantil, mas eles poderiam também realizar escritos ou ainda encaminhar áudios ou vídeos. Ao tratarmos da infância, faz-se necessário um percurso pela história dessa categoria geracional, construída socialmente, buscando a referência de Philippe Ariès (1981) e Esteban Levin (2007). Foram ouvidos 9 (nove) mestres e 47 (quarenta e sete) crianças, cujos registros resultaram em vinte e oito desenhos, seis vídeos, dois escritos e onze escritos com desenhos. Analisando o conteúdo de quarenta e sete registros, elegemos categorias que expressam o que é a capoeira para eles. Destes, vinte e oito correspondem à musicalidade com os instrumentos da bateria; golpes/movimentos somaram vinte; oito registros tiveram mestres/professores; sentimentos corresponderam a nove; a roda totalizou cinco e cinco corresponderam a brincadeira. Nos registros realizados pelas crianças, os resultados mostram, com clareza, como o aspecto lúdico da capoeira atrai os pequenos e pequenas, revelando a intimidade que eles têm com esse universo porque esse também é o universo onde eles gostam de estar. A capoeira para eles, então, é lugar de gingar com seu corpo, de estar com seus pares, é tempo da diversão, da brincadeira, portanto, é tempo de lazer, pois a capoeira dos grupos analisados é praticada num tempo fora da obrigação da escola. A capoeira aparentava distanciamento das crianças quando elas não apareciam em registros sobre essa arte popular, mas após algumas buscas, encontramos motivos que justificam esse distanciamento: tendo sido perseguida, criminalizada, ela se aproximava dos meninos das maltas ou dos Capitães da Areia. Após resistir e ser ressignificada, vemos neste estudo como infância e capoeira não só estão na mesma roda, como atraem-se mutuamente, estabelecendo uma relação de camaradagem, de vadiagem.
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spelling 2022-04-13T15:26:16Z2022-04-132022-04-13T15:26:16Z2021-10-08https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35095A roda onde circulam saberes que entrelaçam a infância, a capoeira, a baianidade e a ludicidade como prática de lazer, através da colocação do corpo em cena, se forma nesse estudo. De abordagem qualitativa, ancorado na Sociologia da Infância, a partir de Sarmento, buscou-se aqui analisar o lugar da capoeira na vida de determinadas crianças soteropolitanas, praticada fora do tempo obrigado da escola, como atividade lúdica. Para escutar as crianças, a coleta de dados, realizada através dos mestres de capoeira, devido ao isolamento imposto pela invasão da Covid-19, elegemos o recurso dos desenhos, pelo fato de alcançar as crianças de idades variadas, além de ser presença na vivência delas, desde muito cedo, apresentando-se como recurso da intimidade do cotidiano infantil, mas eles poderiam também realizar escritos ou ainda encaminhar áudios ou vídeos. Ao tratarmos da infância, faz-se necessário um percurso pela história dessa categoria geracional, construída socialmente, buscando a referência de Philippe Ariès (1981) e Esteban Levin (2007). Foram ouvidos 9 (nove) mestres e 47 (quarenta e sete) crianças, cujos registros resultaram em vinte e oito desenhos, seis vídeos, dois escritos e onze escritos com desenhos. Analisando o conteúdo de quarenta e sete registros, elegemos categorias que expressam o que é a capoeira para eles. Destes, vinte e oito correspondem à musicalidade com os instrumentos da bateria; golpes/movimentos somaram vinte; oito registros tiveram mestres/professores; sentimentos corresponderam a nove; a roda totalizou cinco e cinco corresponderam a brincadeira. Nos registros realizados pelas crianças, os resultados mostram, com clareza, como o aspecto lúdico da capoeira atrai os pequenos e pequenas, revelando a intimidade que eles têm com esse universo porque esse também é o universo onde eles gostam de estar. A capoeira para eles, então, é lugar de gingar com seu corpo, de estar com seus pares, é tempo da diversão, da brincadeira, portanto, é tempo de lazer, pois a capoeira dos grupos analisados é praticada num tempo fora da obrigação da escola. A capoeira aparentava distanciamento das crianças quando elas não apareciam em registros sobre essa arte popular, mas após algumas buscas, encontramos motivos que justificam esse distanciamento: tendo sido perseguida, criminalizada, ela se aproximava dos meninos das maltas ou dos Capitães da Areia. Após resistir e ser ressignificada, vemos neste estudo como infância e capoeira não só estão na mesma roda, como atraem-se mutuamente, estabelecendo uma relação de camaradagem, de vadiagem.The circle where knowledge circulates that intertwine childhood, capoeira, Bahianness and playfulness as a leisure practice, through the placement of the body on stage, is formed in this study. With a qualitative approach, anchored in the Sociology of Childhood, based on Sarmento, we sought to analyze the place of capoeira in the life of certain children in Salvador, practiced outside the compulsory time of school, as a playful activity. In order to listen to the children, the data collection, carried out through the capoeira masters, due to the isolation imposed by the invasion of Covid-19, we chose the resource of drawings, as they reach children of different ages, in addition to being a presence in the experience. of them, from an early age, presenting themselves as a resource of the intimacy of children's daily life, but they could also write or send audios or videos. When dealing with childhood, a journey through the history of this socially constructed generational category is necessary, seeking the reference of Philippe Ariès (1981) and Esteban Levin (2007). 9 (nine) teachers and 47 (forty-seven) children were heard, whose records resulted in twenty-eight drawings, six videos, two writings and eleven writings with drawings. Analyzing the content of forty-seven registers, we chose categories that express what capoeira is for them. Of these, twenty-eight correspond to musicality with drum instruments; hits/movements totaled twenty; eight records had masters/teachers; feelings accounted for nine; the wheel totaled five and five corresponded to play. In the records made by the children, the results clearly show how the playful aspect of capoeira attracts the little ones and the little ones, revealing the intimacy they have with this universe because this is also the universe where they like to be. Capoeira for them, then, is a place to sway with their body, to be with their peers, it is a time for fun, for fun, therefore, it is a time of leisure, as the capoeira of the analyzed groups is practiced in a time out of the obligation of the school. Capoeira seemed to be distant from children when they did not appear in records about this popular art, but after some searches, we found reasons that justify this distancing: having been persecuted, criminalized, it approached boys from the gangs or the Capitães da Areia. After resisting and being resignified, we see in this study how childhood and capoeira are not only in the same circle, but also attract each other, establishing a relationship of camaraderie, of loitering.Submitted by edinei garzedin (neinhagarzedin@gmail.com) on 2022-04-13T14:28:21Z No. of bitstreams: 1 NEINHA-DISSERTAÇÃO FINALIZADA (1) REPOSITORIO PDF.pdf: 1836918 bytes, checksum: f736ef224b612c1fff7d0b198864c6fb (MD5)Approved for entry into archive by Ana Miria Moreira (anamiriamoreira@hotmail.com) on 2022-04-13T15:26:16Z (GMT) No. of bitstreams: 1 NEINHA-DISSERTAÇÃO FINALIZADA (1) REPOSITORIO PDF.pdf: 1836918 bytes, checksum: f736ef224b612c1fff7d0b198864c6fb (MD5)Made available in DSpace on 2022-04-13T15:26:16Z (GMT). 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