Infarto Cerebral Em Pacientes Com Insuficiência Cardíaca: Características Associadas E Função Atrial Esquerda
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29132 |
Resumo: | Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) predispõe um risco aumentado de eventos cardioembólicos, dentre eles o infarto cerebral silencioso e o infarto cerebral embólico. O desfecho primário da tese é avaliar os fatores associados com infarto cerebral em pacientes com IC e os desfechos secundários são descrever as características clínicas e ecocardiográficas e os fatores associados com infarto cerebral silencioso em pacientes com IC de acordo com os grupos de fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), descrever a relação da velocidade de fluxo do apêndice atrial esquerdo (AAE) com a formação de contraste ecogênico espontâneo (CEE)/trombos intracavitários e infarto cerebral embólico em pacientes com IC, revisar a literatura quanto à prevalência e fatores associados ao infarto cerebral silencioso e quanto a velocidade de fluxo/esvaziamento do apêndice atrial esquerdo como fator trombogênico. Métodos: Realizou-se um estudo de corte transversal, em um ambulatório de um hospital referência em cardiologia, entre dezembro/2015 e julho/2017 (Salvador/Brasil). O diagnóstico de infarto cerebral silencioso foi definido pela presença de infartos no parênquima encefálico (territorial ou lacunar) verificados através de métodos de imagem, sem episódio prévio de acidente vascular cerebral (AVC) documentado e sem história clínica. O infarto cerebral embólico foi definido como: cortical, territoriais e múltiplos, verificados através da tomografia de crânio. Os grupos da FEVE foram: FEVE reduzida (FEVEr) ≤ 40%, FEVE intermediária (FEVEi) 41-49% e FEVE preservada (FEVEp) ≥50%. Todos os pacientes realizaram tomografia de crânio, ecocardiograma transtorácico e ecocardiograma transesofágico. Resultados: No estudo com grupos de FEVE a amostra foi de 75 pacientes. Infarto cerebral silencioso foi observado em 14,7% da população do estudo (45,5% lacunar e 54,5% territorial) e mais frequentemente nos pacientes do grupo de FEVEr (29%) em comparação com a FEVEi (15,4%) (p=0,005). Não houve casos de infarto cerebral silencioso no grupo de FEVEp. Na análise bivariada identificou-se associação de infarto cerebral silencioso com FEVEr (Odds ratio (OR) = 8,6; Intervalo de confiança de 95%, 1,7- 43,3; P = 0,009) e diabetes mellitus (OR 4,3: Intervalo de confiança de 95%, 1,1-16,1; P=0,031). A velocidade de fluxo do AAE, foi estudada 49 pacientes com média de idade 59,9±10,8 anos. Infarto cerebral embólico foi detectado em 30,6% da amostra e 16,3 % tinham CEE/trombos intracavitários. A curva ROC associou a velocidade de fluxo do AAE com CEE/trombos intracavitários, com ponto de corte que determinou a presença de CEE/ trombos intracavitários quando a velocidade de fluxo do AAE ≤ 30cm/s (p=<0,001), os pacientes foram divididos em 2 grupos com velocidade de fluxo do AAE ≤ 30cm/s (Grupo I: n=11) e velocidade de fluxo do AAE >30cm/s (Grupo II: n=38). Na análise multivariada, em seu modelo final o preditor independente para velocidade de fluxo do AAE ≤ 30cm/s, foi a presença de CEE/trombos intracavitários (OR= 19,02; intervalo de confiança de 95%, 2,36-152,73; P= 0,006). Conclusões: Quanto menor a FEVE, maior a prevalência de infarto cerebral silencioso. O achado ecocardiográfico da velocidade de fluxo/esvaziamento do AAE baixa (≤30cm/s) está associado com a presença de CEE/trombos intracavitários com uma sensibilidade de 75% e especificidade de 85% (neste ponto de corte) indica que esta população de IC está em risco elevado de trombose. |
id |
UFBA-2_558f2f95869ac7df213933260e4a020f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufba.br:ri/29132 |
network_acronym_str |
UFBA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFBA |
repository_id_str |
1932 |
spelling |
Oliveira, Márcia Maria CarneiroOliveira, Márcia Maria CarneiroAras Júnior, RoqueBraga, Adriana Lopes LatadoSampaio, Elieusa e SilvaCâmara, Edmundo José NassriFernandes, André Maurício de SouzaHatem, Maria Amélia Bulhões2019-04-02T16:18:19Z2019-04-022018-09-11http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29132Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) predispõe um risco aumentado de eventos cardioembólicos, dentre eles o infarto cerebral silencioso e o infarto cerebral embólico. O desfecho primário da tese é avaliar os fatores associados com infarto cerebral em pacientes com IC e os desfechos secundários são descrever as características clínicas e ecocardiográficas e os fatores associados com infarto cerebral silencioso em pacientes com IC de acordo com os grupos de fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), descrever a relação da velocidade de fluxo do apêndice atrial esquerdo (AAE) com a formação de contraste ecogênico espontâneo (CEE)/trombos intracavitários e infarto cerebral embólico em pacientes com IC, revisar a literatura quanto à prevalência e fatores associados ao infarto cerebral silencioso e quanto a velocidade de fluxo/esvaziamento do apêndice atrial esquerdo como fator trombogênico. Métodos: Realizou-se um estudo de corte transversal, em um ambulatório de um hospital referência em cardiologia, entre dezembro/2015 e julho/2017 (Salvador/Brasil). O diagnóstico de infarto cerebral silencioso foi definido pela presença de infartos no parênquima encefálico (territorial ou lacunar) verificados através de métodos de imagem, sem episódio prévio de acidente vascular cerebral (AVC) documentado e sem história clínica. O infarto cerebral embólico foi definido como: cortical, territoriais e múltiplos, verificados através da tomografia de crânio. Os grupos da FEVE foram: FEVE reduzida (FEVEr) ≤ 40%, FEVE intermediária (FEVEi) 41-49% e FEVE preservada (FEVEp) ≥50%. Todos os pacientes realizaram tomografia de crânio, ecocardiograma transtorácico e ecocardiograma transesofágico. Resultados: No estudo com grupos de FEVE a amostra foi de 75 pacientes. Infarto cerebral silencioso foi observado em 14,7% da população do estudo (45,5% lacunar e 54,5% territorial) e mais frequentemente nos pacientes do grupo de FEVEr (29%) em comparação com a FEVEi (15,4%) (p=0,005). Não houve casos de infarto cerebral silencioso no grupo de FEVEp. Na análise bivariada identificou-se associação de infarto cerebral silencioso com FEVEr (Odds ratio (OR) = 8,6; Intervalo de confiança de 95%, 1,7- 43,3; P = 0,009) e diabetes mellitus (OR 4,3: Intervalo de confiança de 95%, 1,1-16,1; P=0,031). A velocidade de fluxo do AAE, foi estudada 49 pacientes com média de idade 59,9±10,8 anos. Infarto cerebral embólico foi detectado em 30,6% da amostra e 16,3 % tinham CEE/trombos intracavitários. A curva ROC associou a velocidade de fluxo do AAE com CEE/trombos intracavitários, com ponto de corte que determinou a presença de CEE/ trombos intracavitários quando a velocidade de fluxo do AAE ≤ 30cm/s (p=<0,001), os pacientes foram divididos em 2 grupos com velocidade de fluxo do AAE ≤ 30cm/s (Grupo I: n=11) e velocidade de fluxo do AAE >30cm/s (Grupo II: n=38). Na análise multivariada, em seu modelo final o preditor independente para velocidade de fluxo do AAE ≤ 30cm/s, foi a presença de CEE/trombos intracavitários (OR= 19,02; intervalo de confiança de 95%, 2,36-152,73; P= 0,006). Conclusões: Quanto menor a FEVE, maior a prevalência de infarto cerebral silencioso. O achado ecocardiográfico da velocidade de fluxo/esvaziamento do AAE baixa (≤30cm/s) está associado com a presença de CEE/trombos intracavitários com uma sensibilidade de 75% e especificidade de 85% (neste ponto de corte) indica que esta população de IC está em risco elevado de trombose.Submitted by Pos-Graduação Medicina e Saúde (ppgms@ufba.br) on 2019-03-13T13:37:34Z No. of bitstreams: 1 OLIVEIRA, MMC-2018.pdf: 1999496 bytes, checksum: 8191f03bfe8c55de55d87135cdfb4ece (MD5)Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2019-04-02T16:18:13Z (GMT) No. of bitstreams: 1 OLIVEIRA, MMC-2018.pdf: 1999496 bytes, checksum: 8191f03bfe8c55de55d87135cdfb4ece (MD5)Made available in DSpace on 2019-04-02T16:18:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 OLIVEIRA, MMC-2018.pdf: 1999496 bytes, checksum: 8191f03bfe8c55de55d87135cdfb4ece (MD5)Insuficiência CardíacaAcidente Vascular CerebralDisfunção Ventricular EsquerdaInfarto Cerebral Em Pacientes Com Insuficiência Cardíaca: Características Associadas E Função Atrial Esquerdainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis10000-01-01Faculdade de Medicina da BahiaPós Graduação em Medicina e SaúdeUFBAbrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALOLIVEIRA, MMC-2018.pdfOLIVEIRA, MMC-2018.pdfapplication/pdf1999496https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29132/1/OLIVEIRA%2c%20MMC-2018.pdf8191f03bfe8c55de55d87135cdfb4eceMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1383https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29132/2/license.txt690bb9e0ab0d79c4ae420a800ae539f0MD52TEXTOLIVEIRA, MMC-2018.pdf.txtOLIVEIRA, MMC-2018.pdf.txtExtracted texttext/plain162571https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29132/3/OLIVEIRA%2c%20MMC-2018.pdf.txtee23b07368a07a0b82ba23affb0ad0acMD53ri/291322022-07-05 14:03:55.007oai:repositorio.ufba.br:ri/29132VGVybW8gZGUgTGljZW4/P2EsIG4/P28gZXhjbHVzaXZvLCBwYXJhIG8gZGVwPz9zaXRvIG5vIFJlcG9zaXQ/P3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGQkEuCgogUGVsbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzPz9vIGRlIGRvY3VtZW50b3MsIG8gYXV0b3Igb3Ugc2V1IHJlcHJlc2VudGFudGUgbGVnYWwsIGFvIGFjZWl0YXIgCmVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW4/P2EsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdD8/cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgQmFoaWEgCm8gZGlyZWl0byBkZSBtYW50ZXIgdW1hIGM/P3BpYSBlbSBzZXUgcmVwb3NpdD8/cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2YT8/Pz9vLiAKRXNzZXMgdGVybW9zLCBuPz9vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnQ/P20gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IvY29weXJpZ2h0LCBtYXMgZW50ZW5kZSBvIGRvY3VtZW50byAKY29tbyBwYXJ0ZSBkbyBhY2Vydm8gaW50ZWxlY3R1YWwgZGVzc2EgVW5pdmVyc2lkYWRlLgoKIFBhcmEgb3MgZG9jdW1lbnRvcyBwdWJsaWNhZG9zIGNvbSByZXBhc3NlIGRlIGRpcmVpdG9zIGRlIGRpc3RyaWJ1aT8/Pz9vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2VuPz9hIAplbnRlbmRlIHF1ZToKCiBNYW50ZW5kbyBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcmVwYXNzYWRvcyBhIHRlcmNlaXJvcywgZW0gY2FzbyBkZSBwdWJsaWNhPz8/P2VzLCBvIHJlcG9zaXQ/P3Jpbwpwb2RlIHJlc3RyaW5naXIgbyBhY2Vzc28gYW8gdGV4dG8gaW50ZWdyYWwsIG1hcyBsaWJlcmEgYXMgaW5mb3JtYT8/Pz9lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHU/Pz8/byBjaWVudD8/ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3RyaT8/Pz9lcyBpbXBvc3RhcyBwZWxvcyBlZGl0b3JlcyBkZSBwZXJpPz9kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2E/Pz8/ZXMgc2VtIGluaWNpYXRpdmFzIHF1ZSBzZWd1ZW0gYSBwb2w/P3RpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVwPz9zaXRvcyAKY29tcHVscz8/cmlvcyBuZXNzZSByZXBvc2l0Pz9yaW8gbWFudD8/bSBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgbWFzIG1hbnQ/P20gYWNlc3NvIGlycmVzdHJpdG8gCmFvIG1ldGFkYWRvcyBlIHRleHRvIGNvbXBsZXRvLiBBc3NpbSwgYSBhY2VpdGE/Pz8/byBkZXNzZSB0ZXJtbyBuPz9vIG5lY2Vzc2l0YSBkZSBjb25zZW50aW1lbnRvCiBwb3IgcGFydGUgZGUgYXV0b3Jlcy9kZXRlbnRvcmVzIGRvcyBkaXJlaXRvcywgcG9yIGVzdGFyZW0gZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgZGUgYWNlc3NvIGFiZXJ0by4KRepositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-07-05T17:03:55Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Infarto Cerebral Em Pacientes Com Insuficiência Cardíaca: Características Associadas E Função Atrial Esquerda |
title |
Infarto Cerebral Em Pacientes Com Insuficiência Cardíaca: Características Associadas E Função Atrial Esquerda |
spellingShingle |
Infarto Cerebral Em Pacientes Com Insuficiência Cardíaca: Características Associadas E Função Atrial Esquerda Oliveira, Márcia Maria Carneiro Insuficiência Cardíaca Acidente Vascular Cerebral Disfunção Ventricular Esquerda |
title_short |
Infarto Cerebral Em Pacientes Com Insuficiência Cardíaca: Características Associadas E Função Atrial Esquerda |
title_full |
Infarto Cerebral Em Pacientes Com Insuficiência Cardíaca: Características Associadas E Função Atrial Esquerda |
title_fullStr |
Infarto Cerebral Em Pacientes Com Insuficiência Cardíaca: Características Associadas E Função Atrial Esquerda |
title_full_unstemmed |
Infarto Cerebral Em Pacientes Com Insuficiência Cardíaca: Características Associadas E Função Atrial Esquerda |
title_sort |
Infarto Cerebral Em Pacientes Com Insuficiência Cardíaca: Características Associadas E Função Atrial Esquerda |
author |
Oliveira, Márcia Maria Carneiro |
author_facet |
Oliveira, Márcia Maria Carneiro |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Oliveira, Márcia Maria Carneiro Oliveira, Márcia Maria Carneiro |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Aras Júnior, Roque |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Braga, Adriana Lopes Latado Sampaio, Elieusa e Silva Câmara, Edmundo José Nassri Fernandes, André Maurício de Souza Hatem, Maria Amélia Bulhões |
contributor_str_mv |
Aras Júnior, Roque Braga, Adriana Lopes Latado Sampaio, Elieusa e Silva Câmara, Edmundo José Nassri Fernandes, André Maurício de Souza Hatem, Maria Amélia Bulhões |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Insuficiência Cardíaca Acidente Vascular Cerebral Disfunção Ventricular Esquerda |
topic |
Insuficiência Cardíaca Acidente Vascular Cerebral Disfunção Ventricular Esquerda |
description |
Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) predispõe um risco aumentado de eventos cardioembólicos, dentre eles o infarto cerebral silencioso e o infarto cerebral embólico. O desfecho primário da tese é avaliar os fatores associados com infarto cerebral em pacientes com IC e os desfechos secundários são descrever as características clínicas e ecocardiográficas e os fatores associados com infarto cerebral silencioso em pacientes com IC de acordo com os grupos de fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), descrever a relação da velocidade de fluxo do apêndice atrial esquerdo (AAE) com a formação de contraste ecogênico espontâneo (CEE)/trombos intracavitários e infarto cerebral embólico em pacientes com IC, revisar a literatura quanto à prevalência e fatores associados ao infarto cerebral silencioso e quanto a velocidade de fluxo/esvaziamento do apêndice atrial esquerdo como fator trombogênico. Métodos: Realizou-se um estudo de corte transversal, em um ambulatório de um hospital referência em cardiologia, entre dezembro/2015 e julho/2017 (Salvador/Brasil). O diagnóstico de infarto cerebral silencioso foi definido pela presença de infartos no parênquima encefálico (territorial ou lacunar) verificados através de métodos de imagem, sem episódio prévio de acidente vascular cerebral (AVC) documentado e sem história clínica. O infarto cerebral embólico foi definido como: cortical, territoriais e múltiplos, verificados através da tomografia de crânio. Os grupos da FEVE foram: FEVE reduzida (FEVEr) ≤ 40%, FEVE intermediária (FEVEi) 41-49% e FEVE preservada (FEVEp) ≥50%. Todos os pacientes realizaram tomografia de crânio, ecocardiograma transtorácico e ecocardiograma transesofágico. Resultados: No estudo com grupos de FEVE a amostra foi de 75 pacientes. Infarto cerebral silencioso foi observado em 14,7% da população do estudo (45,5% lacunar e 54,5% territorial) e mais frequentemente nos pacientes do grupo de FEVEr (29%) em comparação com a FEVEi (15,4%) (p=0,005). Não houve casos de infarto cerebral silencioso no grupo de FEVEp. Na análise bivariada identificou-se associação de infarto cerebral silencioso com FEVEr (Odds ratio (OR) = 8,6; Intervalo de confiança de 95%, 1,7- 43,3; P = 0,009) e diabetes mellitus (OR 4,3: Intervalo de confiança de 95%, 1,1-16,1; P=0,031). A velocidade de fluxo do AAE, foi estudada 49 pacientes com média de idade 59,9±10,8 anos. Infarto cerebral embólico foi detectado em 30,6% da amostra e 16,3 % tinham CEE/trombos intracavitários. A curva ROC associou a velocidade de fluxo do AAE com CEE/trombos intracavitários, com ponto de corte que determinou a presença de CEE/ trombos intracavitários quando a velocidade de fluxo do AAE ≤ 30cm/s (p=<0,001), os pacientes foram divididos em 2 grupos com velocidade de fluxo do AAE ≤ 30cm/s (Grupo I: n=11) e velocidade de fluxo do AAE >30cm/s (Grupo II: n=38). Na análise multivariada, em seu modelo final o preditor independente para velocidade de fluxo do AAE ≤ 30cm/s, foi a presença de CEE/trombos intracavitários (OR= 19,02; intervalo de confiança de 95%, 2,36-152,73; P= 0,006). Conclusões: Quanto menor a FEVE, maior a prevalência de infarto cerebral silencioso. O achado ecocardiográfico da velocidade de fluxo/esvaziamento do AAE baixa (≤30cm/s) está associado com a presença de CEE/trombos intracavitários com uma sensibilidade de 75% e especificidade de 85% (neste ponto de corte) indica que esta população de IC está em risco elevado de trombose. |
publishDate |
2018 |
dc.date.submitted.none.fl_str_mv |
2018-09-11 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-04-02T16:18:19Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2019-04-02 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29132 |
url |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29132 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Medicina da Bahia |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Pós Graduação em Medicina e Saúde |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFBA |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Medicina da Bahia |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFBA instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFBA |
collection |
Repositório Institucional da UFBA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29132/1/OLIVEIRA%2c%20MMC-2018.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29132/2/license.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29132/3/OLIVEIRA%2c%20MMC-2018.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
8191f03bfe8c55de55d87135cdfb4ece 690bb9e0ab0d79c4ae420a800ae539f0 ee23b07368a07a0b82ba23affb0ad0ac |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808459585927774208 |