Racismo e docência em universidades públicas: o caso da Universidade Federal da Bahia
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29408 |
Resumo: | Esta dissertação tem como objetivo analisar as relações mediadas pela identificação racial entre os docentes da Universidade Federal da Bahia. A partir da revisão de literatura e do levantamento sobre a composição racial do corpo docente da UFBA, identificou-se questões importantes para compor entrevistas em profundidade, com objetivo de entender como se caracteriza a racialização e o racismo institucional nesta universidade. As entrevistas foram realizadas em três áreas de conhecimento: Área I, Área II e Área IV, com quatro mulheres, duas negras, uma parda e uma branca e seis homens, dois brancos, um negro e três pardos. De modo geral o levantamento apontou para presença negra no corpo docente insuficiente, em relação a sua representatividade na população, mas não encontrou confinamento racial, como acontece nas universidades da região sudeste. A racialização das relações se desenvolvem no modelo de relações cordiais, que provoca isolamento e solidão para os docentes negros e o racismo institucional foi identificado, através da forma como funciona a burocracia na universidade, na preferência das bancas de concursos por docentes sulistas, na invisibilização de docentes negros, representação racial no corpo docente de forma hierarquizada e na forma como a instituição UFBA se apropria da luta dos docentes negros para não sofrer as sanções pelo não cumprimento de leis de reparação racial. Além disso, verificou-se que a solidariedade baseada no gênero, não se sustenta diante da identificação racial. |
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Silva, Edilene Santana dos SantosSilva, Edilene Santana dos SantosBarreto, Paula Cristina da SilvaSotero, Edilza a CorreaSantos, Dyane Brito Reis2019-05-02T16:24:59Z2019-05-02T16:24:59Z2019-05-022019-02-22Dissertaçãohttp://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29408Esta dissertação tem como objetivo analisar as relações mediadas pela identificação racial entre os docentes da Universidade Federal da Bahia. A partir da revisão de literatura e do levantamento sobre a composição racial do corpo docente da UFBA, identificou-se questões importantes para compor entrevistas em profundidade, com objetivo de entender como se caracteriza a racialização e o racismo institucional nesta universidade. As entrevistas foram realizadas em três áreas de conhecimento: Área I, Área II e Área IV, com quatro mulheres, duas negras, uma parda e uma branca e seis homens, dois brancos, um negro e três pardos. De modo geral o levantamento apontou para presença negra no corpo docente insuficiente, em relação a sua representatividade na população, mas não encontrou confinamento racial, como acontece nas universidades da região sudeste. A racialização das relações se desenvolvem no modelo de relações cordiais, que provoca isolamento e solidão para os docentes negros e o racismo institucional foi identificado, através da forma como funciona a burocracia na universidade, na preferência das bancas de concursos por docentes sulistas, na invisibilização de docentes negros, representação racial no corpo docente de forma hierarquizada e na forma como a instituição UFBA se apropria da luta dos docentes negros para não sofrer as sanções pelo não cumprimento de leis de reparação racial. Além disso, verificou-se que a solidariedade baseada no gênero, não se sustenta diante da identificação racial.This dissertation aims to analyze the relations mediated by the racial identification among the Professors of the Federal University of Bahia. From the literature review and the survey on the racial composition of the faculty of UFBA important questions were identified in order to compose in-depth interviews aiming to understand how racialization and institutional racism in this university are characterized. The interviews were carried out in three areas of knowledge: Area I, Area II and Area IV, with four women, two black, one brown and one white and six men, two white, one black and three bronw. In general, the survey pointed to insufficient black presence in the teaching staff, when compared to its representativeness in the population, but did not find racial confinement, as it happens in the universities of the Southeast region. The racialization of relations develops in the model of cordial relations, which provokes isolation and solitude for black professors and institutional racism was identified, through the way bureaucracy works in the university, in the preference of the examining board by southern professors, in the invisibilization of black professors, racial representation in the faculty in a hierarchical way, and in the way the UFBA institution appropriates the struggle of black professors to avoid be hitting by the sanctions of the nonfulfillment of laws of racial reparation. In addition, it has been found that gender-based cohesion does not hold up in the face of racial identification.Submitted by Edilene Silva (makini_ebano@yahoo.com.br) on 2019-04-16T16:07:32Z No. of bitstreams: 1 Dissertação Edilene Santos ..pdf: 1574959 bytes, checksum: d760b6f5ca54f469667a6210de7cdcc3 (MD5)Approved for entry into archive by Alexsandra Silva (alessa@ufba.br) on 2019-05-02T16:24:59Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação Edilene Santos ..pdf: 1574959 bytes, checksum: d760b6f5ca54f469667a6210de7cdcc3 (MD5)Made available in DSpace on 2019-05-02T16:24:59Z (GMT). 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Esta dissertação tem como objetivo analisar as relações mediadas pela identificação racial entre os docentes da Universidade Federal da Bahia. A partir da revisão de literatura e do levantamento sobre a composição racial do corpo docente da UFBA, identificou-se questões importantes para compor entrevistas em profundidade, com objetivo de entender como se caracteriza a racialização e o racismo institucional nesta universidade. As entrevistas foram realizadas em três áreas de conhecimento: Área I, Área II e Área IV, com quatro mulheres, duas negras, uma parda e uma branca e seis homens, dois brancos, um negro e três pardos. De modo geral o levantamento apontou para presença negra no corpo docente insuficiente, em relação a sua representatividade na população, mas não encontrou confinamento racial, como acontece nas universidades da região sudeste. A racialização das relações se desenvolvem no modelo de relações cordiais, que provoca isolamento e solidão para os docentes negros e o racismo institucional foi identificado, através da forma como funciona a burocracia na universidade, na preferência das bancas de concursos por docentes sulistas, na invisibilização de docentes negros, representação racial no corpo docente de forma hierarquizada e na forma como a instituição UFBA se apropria da luta dos docentes negros para não sofrer as sanções pelo não cumprimento de leis de reparação racial. Além disso, verificou-se que a solidariedade baseada no gênero, não se sustenta diante da identificação racial. |
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