Comportamento sedentário e coexistência de comportamentos de risco à saúde em adolescentes brasileiros - Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE, 2015)
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33884 |
Resumo: | Introdução: Os comportamentos de risco (CR) estão presentes na adolescência, uma vez que durante essa fase da vida ocorrem diversas mudanças nos âmbitos fisiológico, psicológico e sociais que impulsionam o adolescente a buscar novas experiências e uma adequação ao meio social em que vivem. Objetivo: Estimar em adolescentes brasileiros a prevalência do comportamento sedentário e fatores associados e uma possível relação entre o contexto familiar e a coexistência dos comportamentos de risco a saúde. Método: O presente estudo foi um recorte dos dados obtidos através da 3ª edição da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar PeNSE, de delineamento transversal, realizada em 2015. Os microdados utilizados foram referentes aos 102.072 escolares que frequentaram o 9º ano do ensino fundamental (amostra 1). Foi classificado com comportamento sedentário (CS) os adolescentes que passaram mais de 2 horas/dia sentado assistindo televisão, usando computador, jogando vídeo game, conversando com os amigos ou fazendo outras atividades sentado. Já a coexistência de CR foi definida a partir do somatório da presença do comportamento sedentário, consumo regular de álcool e tabaco, e baixo consumo de fruta. Para análise estatística descritiva foi utilizado frequência e seus intervalos de confiança. Na análise multivariada para os fatores associados ao comportamento sedentário foi utilizada a regressão de Poisson com variância robusta, adotando a entrada hierárquica de variáveis. Para testar a associação de variáveis do contexto familiar e a coexistência de CR foi utilizado a regressão logística ordinal de chances parciais. Todas as análises foram realizadas no Stata 12.0, sendo adotado 5% como nível de significância. Resultado: A prevalência de comportamento sedentário foi de 68,15% (IC 95%: 67,45-68,86). Mostraram-se associados ao CS ser do sexo feminino, idade de 13 anos ou menos, cor autorreferida preta, parda ou indígena, aqueles classificados no 3º tercil de nível econômico, ter mãe com ensino médio completo ou superior incompleto, não trabalhar, ter três ou mais amigos, pais que acompanhavam atividades de casa nunca ou raramente, ser ativo fisicamente, consumir álcool regularmente, fumar regularmente, consumir menos frutas e mais refrigerantes, auto avaliar sua saúde como regular ou ruim muito ruim. Considerando os outros CR foi encontrado a prevalência isolada de baixo consumo de fruta (67,2%), comportamento sedentário (68,1%), consumo regular de álcool (23,4%) e tabaco (5,6%). A coexistência de CR esteve presente em 91,3% dos adolescentes, sendo que 34,5% apresentaram um CR, 42,7% dois e 14,1% três ou quatro. Tiveram maior chance de coexistência de CR os adolescentes que relataram ter mães com maiores escolaridades, morar com o pai ou a mãe e não morar com os pais, ter pais que às vezes, nunca ou raramente entendiam seus problemas e preocupações e acompanhavam o dever de casa, e realizar refeições com os pais ou responsáveis 4 dias ou menos por semana. Conclusão: Compreender os CR a saúde e os fatores associados para a sua adoção entre adolescentes brasileiros se torna importante para propiciar a construção de estratégias para enfrentamento dos problemas e agravos a saúde e contribuir para aprimoramento da política pública para essa população. |
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Os microdados utilizados foram referentes aos 102.072 escolares que frequentaram o 9º ano do ensino fundamental (amostra 1). Foi classificado com comportamento sedentário (CS) os adolescentes que passaram mais de 2 horas/dia sentado assistindo televisão, usando computador, jogando vídeo game, conversando com os amigos ou fazendo outras atividades sentado. Já a coexistência de CR foi definida a partir do somatório da presença do comportamento sedentário, consumo regular de álcool e tabaco, e baixo consumo de fruta. Para análise estatística descritiva foi utilizado frequência e seus intervalos de confiança. Na análise multivariada para os fatores associados ao comportamento sedentário foi utilizada a regressão de Poisson com variância robusta, adotando a entrada hierárquica de variáveis. Para testar a associação de variáveis do contexto familiar e a coexistência de CR foi utilizado a regressão logística ordinal de chances parciais. Todas as análises foram realizadas no Stata 12.0, sendo adotado 5% como nível de significância. Resultado: A prevalência de comportamento sedentário foi de 68,15% (IC 95%: 67,45-68,86). Mostraram-se associados ao CS ser do sexo feminino, idade de 13 anos ou menos, cor autorreferida preta, parda ou indígena, aqueles classificados no 3º tercil de nível econômico, ter mãe com ensino médio completo ou superior incompleto, não trabalhar, ter três ou mais amigos, pais que acompanhavam atividades de casa nunca ou raramente, ser ativo fisicamente, consumir álcool regularmente, fumar regularmente, consumir menos frutas e mais refrigerantes, auto avaliar sua saúde como regular ou ruim muito ruim. Considerando os outros CR foi encontrado a prevalência isolada de baixo consumo de fruta (67,2%), comportamento sedentário (68,1%), consumo regular de álcool (23,4%) e tabaco (5,6%). A coexistência de CR esteve presente em 91,3% dos adolescentes, sendo que 34,5% apresentaram um CR, 42,7% dois e 14,1% três ou quatro. Tiveram maior chance de coexistência de CR os adolescentes que relataram ter mães com maiores escolaridades, morar com o pai ou a mãe e não morar com os pais, ter pais que às vezes, nunca ou raramente entendiam seus problemas e preocupações e acompanhavam o dever de casa, e realizar refeições com os pais ou responsáveis 4 dias ou menos por semana. Conclusão: Compreender os CR a saúde e os fatores associados para a sua adoção entre adolescentes brasileiros se torna importante para propiciar a construção de estratégias para enfrentamento dos problemas e agravos a saúde e contribuir para aprimoramento da política pública para essa população.Submitted by Roberta Mendes Abreu Silva (roberta.m.abreu@hotmail.com) on 2021-08-11T11:54:13Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO_FINAL_anexo.pdf: 22424592 bytes, checksum: a2243601880bd10218e68b21db5e0c40 (MD5)Approved for entry into archive by cinthia Gabrielli Gil (cinthia.gabrielli@ufba.br) on 2021-08-11T12:09:59Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO_FINAL_anexo.pdf: 22424592 bytes, checksum: a2243601880bd10218e68b21db5e0c40 (MD5)Made available in DSpace on 2021-08-11T12:09:59Z (GMT). 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