Colaboração entre pesquisadores e professores de ensino de ciências e biologia: um estudo da organização e desenvolvimento da prática social do grupo CoPPEC
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23663 |
Resumo: | A formação de grupos de pesquisa de natureza colaborativa entre professores e pesquisadores tem sido estimulada na área da pesquisa educacional, pois tem sido vista como uma forma de enfrentar diversos problemas na área de educação como, por exemplo, a diminuição da lacuna pesquisa-prática e o desenvolvimento profissional docente. Com isso, ocorre na área educacional a proliferação de concepções e modelos de trabalhos dessa natureza. Dado esse cenário, é premente a necessidade de sistematização destas experiências de modo a contribuir com novas bases teóricas, metodológicas e epistemológicas para essa modalidade de prática profissional e de pesquisa. Em vista disso, este estudo pretende investigar como as relações de colaboração estão socialmente organizadas em um grupo colaborativo de pesquisa em ensino de ciências e biologia, o grupo Colaboração em Pesquisa e Prática (CoPPEC), de modo a desenvolver a sua prática. Adotamos a noção de Comunidade de Prática de Lave e Wenger como lente analítica para a interpretação dos dados empíricos sobre o grupo colaborativo em questão. Para tanto, o primeiro passo foi realizar uma análise teórica dos limites e possibilidades do uso do conceito de Comunidade de Prática em investigações sobre grupos colaborativos. Como resultado desse estudo, propusemos uma estrutura teórico-metodológica para orientar estudos empíricos qualitativos a respeito do modo como os grupos colaborativos se organizam socialmente e desenvolvem a sua prática. O segundo passo foi aplicar essa estrutura ao estudo empírico da organização das relações de colaboração no CoPPEC e das tensões ou dualidades endêmicas à mesma. Os dados dessa investigação foram produzidos por meio de observação participante nas reuniões do grupo; registros áudio visuais dessas reuniões; entrevistas semi-estruturadas individuais e de grupo focal, bem como conversas informais com os participantes e; análise documental de atas de reuniões e históricos de mensagens trocadas entre os participantes do grupo colaborativo por meio de correio eletrônico. Em linhas gerais, os resultados revelaram que o CoPPEC organiza as suas relações de colaboração por meio de uma rede fluída de (sub)grupos de trabalho conjunto que investigam em inovações educacionais e se comunicam entre si e com um núcleo central de pessoas que dão apoio a estes trabalhos colaborativos, os quais em última instância formam um grupo maior, único e indivisível. Foram identificadas tensões intimamente ligadas ao modo como o grupo tem se organizado socialmente, como por exemplo, a tensão entre a necessidade de diversidade de temas pesquisados nas inovações educacionais desenvolvidas pelo grupo e a necessidade de construção de um eixo comum de trabalho e aquela que denominamos de ―silêncio virtual‖. Foi possível concluir que tais tensões ao serem negociadas impulsionam o desenvolvimento da prática social do grupo, por meio de processos que aumentam engajamento e alinhamento de seus membros como a criação de vocabulário compartilhado. Estes resultados configuram um estudo de caso esclarecedor a partir do qual planejadores de trabalhos colaborativos, bem como colaboradores podem identificar padrões que ocorrem em suas próprias comunidades e enfrentar mais informadamente os desafios que encontram criando condições para que ocorra colaboração. A estrutura teórico-metodológica proposta pretende contribuir com novos estudos empíricos acerca de casos esclarecedores que podem contribuir para a generalização de princípios de organização de grupos colaborativos de pesquisa educacional. |
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Almeida, MariangelaAlmeida, MariangelaSepulveda, ClaudiaEl-Hani, Charbel NiñoFerreira, Ana CristinaOliveira, Andréia Maria Pereira de2017-07-25T19:46:30Z2017-07-25T19:46:30Z2017-07-252014-05-22Dissertaçãohttp://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23663A formação de grupos de pesquisa de natureza colaborativa entre professores e pesquisadores tem sido estimulada na área da pesquisa educacional, pois tem sido vista como uma forma de enfrentar diversos problemas na área de educação como, por exemplo, a diminuição da lacuna pesquisa-prática e o desenvolvimento profissional docente. Com isso, ocorre na área educacional a proliferação de concepções e modelos de trabalhos dessa natureza. Dado esse cenário, é premente a necessidade de sistematização destas experiências de modo a contribuir com novas bases teóricas, metodológicas e epistemológicas para essa modalidade de prática profissional e de pesquisa. Em vista disso, este estudo pretende investigar como as relações de colaboração estão socialmente organizadas em um grupo colaborativo de pesquisa em ensino de ciências e biologia, o grupo Colaboração em Pesquisa e Prática (CoPPEC), de modo a desenvolver a sua prática. Adotamos a noção de Comunidade de Prática de Lave e Wenger como lente analítica para a interpretação dos dados empíricos sobre o grupo colaborativo em questão. Para tanto, o primeiro passo foi realizar uma análise teórica dos limites e possibilidades do uso do conceito de Comunidade de Prática em investigações sobre grupos colaborativos. Como resultado desse estudo, propusemos uma estrutura teórico-metodológica para orientar estudos empíricos qualitativos a respeito do modo como os grupos colaborativos se organizam socialmente e desenvolvem a sua prática. O segundo passo foi aplicar essa estrutura ao estudo empírico da organização das relações de colaboração no CoPPEC e das tensões ou dualidades endêmicas à mesma. Os dados dessa investigação foram produzidos por meio de observação participante nas reuniões do grupo; registros áudio visuais dessas reuniões; entrevistas semi-estruturadas individuais e de grupo focal, bem como conversas informais com os participantes e; análise documental de atas de reuniões e históricos de mensagens trocadas entre os participantes do grupo colaborativo por meio de correio eletrônico. Em linhas gerais, os resultados revelaram que o CoPPEC organiza as suas relações de colaboração por meio de uma rede fluída de (sub)grupos de trabalho conjunto que investigam em inovações educacionais e se comunicam entre si e com um núcleo central de pessoas que dão apoio a estes trabalhos colaborativos, os quais em última instância formam um grupo maior, único e indivisível. Foram identificadas tensões intimamente ligadas ao modo como o grupo tem se organizado socialmente, como por exemplo, a tensão entre a necessidade de diversidade de temas pesquisados nas inovações educacionais desenvolvidas pelo grupo e a necessidade de construção de um eixo comum de trabalho e aquela que denominamos de ―silêncio virtual‖. Foi possível concluir que tais tensões ao serem negociadas impulsionam o desenvolvimento da prática social do grupo, por meio de processos que aumentam engajamento e alinhamento de seus membros como a criação de vocabulário compartilhado. Estes resultados configuram um estudo de caso esclarecedor a partir do qual planejadores de trabalhos colaborativos, bem como colaboradores podem identificar padrões que ocorrem em suas próprias comunidades e enfrentar mais informadamente os desafios que encontram criando condições para que ocorra colaboração. A estrutura teórico-metodológica proposta pretende contribuir com novos estudos empíricos acerca de casos esclarecedores que podem contribuir para a generalização de princípios de organização de grupos colaborativos de pesquisa educacional.The creation of collaborative research teams have been stimulated in the area of educational study as a response to different problems in educational field, such as the gap between research and practice in the professional development of teachers. So there exists a proliferation of concepts and models of work about this nature in educational field. Given such a scenario, it is imperative to recover these experiences in order to bring new theoretical, methodological and epistemological background for these professional practice and research. Therefore, this study aims to investigate how collaborative relationships are socially organized in a collaborative research team in science and biology education. We adopt the concept of Communities of Practice proposed by Lave and Wenger as analytical lens for the interpretation of empirical data about the collaborative group concerned. Thus, this study was made in two steps. The first one was composed of a theoretical analysis of the limits and possibilities of the usage of the concept of community of practice to investigate the collaborative teams. As a result, we proposed a theoretical and methodological framework to guide qualitative and empirical studies about how collaborative teams socially organize themselves and develop their practices. The second step was to apply this framework to the empirical study of the organization of collaborative relationships and tensions or endemics dualities. Data gathering and analysis were performed through the methodology of focus groups. Data nature was audiovisual, interviews, informal conversation and documental analysis. Summarizing, the results showed that the CoPPEC organize their collaboration relations by a net. This teams is composed of a cooperation groups which investigates educational innovations. These groups communicates themselves and with a nuclear group of people that support these collaborative research. This nuclear group is unique, larger and indivisible. Tension was identified as being connected to the social organization of the group. For instance, tension was established due to the need of a variety of investigation themes and due to the need to construct a common working axis and what we call "virtual silence". It was concluded that such tensions when negotiable promote social developmental of the group by means of the creation of shared vocabulary. These results provide cooperative tasks planners and collaborators capable of identify patterns that may occur in their own communities. Thereby they‘ll manage challenging situation in a more informed way. The theoretical and methodological structure proposed aim to contribute to new empirical studies about the principles of educational cooperative research group organization.Submitted by Mariangela Almeida (almeida.biologia@gmail.com) on 2017-07-20T15:17:01Z No. of bitstreams: 1 ALMEIDA, M. C. _2014_Colaboração entre pesquisadores e professores de Ensino de Ciências e Biologia.pdf: 997757 bytes, checksum: 5c1e8598f3dbe2f8dae5054884b7fded (MD5)Approved for entry into archive by NUBIA OLIVEIRA (nubia.marilia@ufba.br) on 2017-07-25T19:46:30Z (GMT) No. of bitstreams: 1 ALMEIDA, M. C. _2014_Colaboração entre pesquisadores e professores de Ensino de Ciências e Biologia.pdf: 997757 bytes, checksum: 5c1e8598f3dbe2f8dae5054884b7fded (MD5)Made available in DSpace on 2017-07-25T19:46:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 ALMEIDA, M. 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