MEMÓRIAS E LETRAMENTOS DE IDOSOS: A LEITURA E A ESCRITA COMO PROCESSO FORMADOR IDENTITÁRIO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SOUZA, JEFERSON MUNDIM DE
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37504
Resumo: O presente trabalho pretende apresentar os eventos de letramentos nas histórias de vida de oito idosos, na faixa etária de 60 a 96 anos, considerados “iletrados” devido ao baixo grau de escolaridade que se constituem em aprendizagens com acessos escolares descontínuos, aparecendo como práticas de letramentos ressignificados em narrativas para a população de São Francis do Conde, lócus da pesquisa. O modelo que se propõe como relevante para esta pesquisa baseia-se nas concepções teóricas do letramento ideológico conforme considerações apontadas por (STREET, 1984; KLEIMAN, 1995; TFOUNI, 2001) e nas atividades discursivas de cada sujeito vinculadas às formações societais (MEY, 2001) em atividades de interação verbal. Aos anciãos, conhecidos como os mais sábios, e, em algumas culturas, como mestres eram incumbidos à tarefa de transmitir para as gerações futuras os conhecimentos, conselhos, histórias de batalhas e cânticos, com a finalidade de preservação da tradição cultural (ONG, 1998).Utilizamos a metodologia da história oral (THOMPSON, 1992; MEIHY, 1994, 2005, 2007; QUEIROZ, 1988; WELLINGTON CASTELUCCI, 2013; ALISTISTAIR THOMSON, 2004), destacando a importância da tradição oral e saberes locais na formação sociocultural de comunidades e as narrativas levantadas a partir dos dados colhidos em entrevistas semiestruturadas (BAUER e GASKELL, 2002). O diálogo com os teóricos nos permitiu compreender as imagens dos eventos de letramentos nos quais esses idosos participaram e nos mostraram como os saberes experienciados por sujeitos que não têm o domínio da leitura e da escrita se constituem corpus de estudo. São muitas vozes presentes nas narrativas que perpassam aspectos sociais, culturais e ideológicos, pois, nas memórias relatadas, os colaboradores atribuem valores e significados à escrita e à leitura como práticas sócio- discursivas, sendo que a escrita exerce um forte poder, pois determina, autoriza, inclui e exclui.
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Aos anciãos, conhecidos como os mais sábios, e, em algumas culturas, como mestres eram incumbidos à tarefa de transmitir para as gerações futuras os conhecimentos, conselhos, histórias de batalhas e cânticos, com a finalidade de preservação da tradição cultural (ONG, 1998).Utilizamos a metodologia da história oral (THOMPSON, 1992; MEIHY, 1994, 2005, 2007; QUEIROZ, 1988; WELLINGTON CASTELUCCI, 2013; ALISTISTAIR THOMSON, 2004), destacando a importância da tradição oral e saberes locais na formação sociocultural de comunidades e as narrativas levantadas a partir dos dados colhidos em entrevistas semiestruturadas (BAUER e GASKELL, 2002). O diálogo com os teóricos nos permitiu compreender as imagens dos eventos de letramentos nos quais esses idosos participaram e nos mostraram como os saberes experienciados por sujeitos que não têm o domínio da leitura e da escrita se constituem corpus de estudo. São muitas vozes presentes nas narrativas que perpassam aspectos sociais, culturais e ideológicos, pois, nas memórias relatadas, os colaboradores atribuem valores e significados à escrita e à leitura como práticas sócio- discursivas, sendo que a escrita exerce um forte poder, pois determina, autoriza, inclui e exclui.The present work intends to present literacy events in the life stories of eight elderly people, aged 60 to 96 years old, considered “illiterate” due to the low level of education that constitute learning with discontinuous school access, appearing as practices literacies reinterpreted in narratives for the Franciscan population. The model that is proposed as relevant to this research is based on the theoretical conceptions of ideological literacy according to considerations pointed out by (STREET, 1984; KLEIMAN, 1995; TFOUNI, 2001) and on the discursive activities of each subject linked to societal formations (MEY, 2001) in verbal interaction activities. Elders, known as the wisest, and, in some cultures, as masters, were tasked with transmitting knowledge, advice, battle stories and songs to future generations for the purpose of preserving cultural tradition (NGO, 1998 We used the methodology of oral history (THOMPSON, 1992; MEIHY, 1994, 2005, 2007; QUEIROZ, 1988; WELLINGTON CASTELUCCI, 2013; ALISTISTAIR THOMSON, 2004), highlighting the importance of oral tradition and local knowledge in the sociocultural formation of communities and the narratives raised from the data collected in semi-structured interviews (BAUER and GASKELL, 2002). The dialogue with the theorists allowed us to understand the images of the situations and episodes of literacies in which these elderly people participated and showed us how the knowledge experienced by subjects who do not have the domain of reading and writing constitutes a corpus of study. There are many voices present in the narratives that go through social, cultural and ideological literacy, because, in the memories reported, the collaborators attribute values and meanings to writing and reading as socio-discursive practices, and writing has a strong power, because it determines, authorizes, includes and excludesSubmitted by navarro ramos (navarroramos@ufba.br) on 2023-08-01T11:57:16Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 701 bytes, checksum: 42fd4ad1e89814f5e4a476b409eb708c (MD5) TESE_JEFERSON.pdf: 10158391 bytes, checksum: 54168d62479ffe4f48abfd98916f1e36 (MD5)Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2023-08-04T12:30:31Z (GMT) No. of bitstreams: 2 TESE_JEFERSON.pdf: 10158391 bytes, checksum: 54168d62479ffe4f48abfd98916f1e36 (MD5) license_rdf: 701 bytes, checksum: 42fd4ad1e89814f5e4a476b409eb708c (MD5)Made available in DSpace on 2023-08-04T12:30:31Z (GMT). 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