Aspectos geológicos, petrológicos e geoquímicos do Plutonismo Miasquítico Brasiliano da região Sul do Estado da Bahia: Batólito Sienítico Itabuna

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Peixoto, Adriana Almeida de
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22034
Resumo: O Batólito Sienítico Itabuna, com idade de 676 ± 5 Ma, constitui a maior intrusão (450 km2) da Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia. Os corpos alcalinos desta província mostram-se regionalmente alinhados NE-SW, sendo essa estruturação controlada pela zona de cisalhamento Itabuna-Itajú do Colônia, tida como antiga e reativada durante o Neoproterozóico. Esta província é essencialmente constituída por nefelina-sienitos e sienitos, tendo sodalita-sienitos e rochas máficas em volume pouco expressivo. Este batólito faz, em parte, contato por falhas com metamorfitos arqueano-paleoproterozóicos encaixantes, e em certas regiões ele pode ter forma irregular. Internamente as rochas exibem abundantes estruturas de fluxo magmático, que são visualizadas pelas orientações de fenocristais e de enclaves máficos. Diques máficos, félsicos e pegmatíticos são relativamente abundantes. Os nefelina-sienitos ocorrem limitados a poucas regiões. No Batólito Sienítico Itabuna identificou-se à presença dominante de sienitos, seguido por monzonitos, existindo de forma subordinada monzogabro, monzodiorito e nefelina-sienito. Os contatos entre estas rochas, apesar da dificuldade de visualização devido à presença de densa floresta, são em geral gradacionais. No caso específico dos contatos entre dioritos e sienitos eles são marcados pela presença de grande volume de enclaves elipsoidais de dioritos nos sienitos, existindo em muitos afloramentos evidências de mistura entre magmas. As rochas dominantes deste batólito exibem granulação média a grossa e são constituídas por andesina-oligoclásio, feldspato alcalino, diopsídio, anfibólio e biotita, tendo como acessórios olivina, apatita, óxidos de Fe-Ti, quartzo, allanita, zircão, nefelina e carbonato. Estes minerais exibem bom euedralismo e os feldspatos usualmente ocorrem em padrão angular ou triangular tendo seus interstícios ocupados por minerais máficos e acessórios. Nos nefelina-sienitos o principal mineral máfico é a biotita. Sodalita ocorre de forma subordinada em algumas rochas. Neste batólito dominam rochas intermediárias, miasquíticas, de alcalinidade média com algumas sendo peraluminosas e que exibem correlação positiva entre a sílica e o total de álcalis. Em diagramas Harker observam-se correlações positivas com o aumento da sílica apenas para K2O, Al2O3 e Na2O, expressando o fracionamento de plagioclásio cálcico, minerais máficos e acessórios. Os conteúdos de Ba, Sr, V tendem a decrescer com o aumento da sílica enquanto tem-se aumento de Rb. Os valores de Zr, Y, Nb variam com o conteúdo de sílica e tendem a ser mais elevados nos tipos mais evoluídos. Os espectros de ETR mostram-se fracionados nos ETRL e seus totais tendem a decrescer com o fracionamento. A posição deslocada das demais rochas ocupada pelos nefelina-sienitos é interpretada como sendo uma intrusão com história de cristalização distinta. As simulações de mistura entre os magmas, basáltico alcalino e traquítico, evidenciam que as rochas do Batólito Sienítico Itabuna resultaram de processo de mistura entre magmas alcalinos com graus de evoluções distintas. Além disso, as simulações de mistura com dados isotópicos reforçam esta hipótese e indicam participação de material crustal. O modelo petrogenético advogado para a formação das rochas do Batólito Sienítico Itabuna envolve a existência de mistura de magmas alcalinos com graus de diferenciação distintos e com participação de assimilação de crosta continental. Por outro lado, a presença de nefelina-sienitos neste corpo é interpretada como uma intrusão com evolução geoquímica distinta das rochas dominantes.
id UFBA-2_86126c9562b541856d68632508a572ca
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/22034
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str 1932
spelling Peixoto, Adriana Almeida dePeixoto, Adriana Almeida deConceição, HerbetRosa, Maria de Lourdes da Silva2017-04-20T12:07:25Z2017-04-20T12:07:25Z2017-04-202005-12http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22034O Batólito Sienítico Itabuna, com idade de 676 ± 5 Ma, constitui a maior intrusão (450 km2) da Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia. Os corpos alcalinos desta província mostram-se regionalmente alinhados NE-SW, sendo essa estruturação controlada pela zona de cisalhamento Itabuna-Itajú do Colônia, tida como antiga e reativada durante o Neoproterozóico. Esta província é essencialmente constituída por nefelina-sienitos e sienitos, tendo sodalita-sienitos e rochas máficas em volume pouco expressivo. Este batólito faz, em parte, contato por falhas com metamorfitos arqueano-paleoproterozóicos encaixantes, e em certas regiões ele pode ter forma irregular. Internamente as rochas exibem abundantes estruturas de fluxo magmático, que são visualizadas pelas orientações de fenocristais e de enclaves máficos. Diques máficos, félsicos e pegmatíticos são relativamente abundantes. Os nefelina-sienitos ocorrem limitados a poucas regiões. No Batólito Sienítico Itabuna identificou-se à presença dominante de sienitos, seguido por monzonitos, existindo de forma subordinada monzogabro, monzodiorito e nefelina-sienito. Os contatos entre estas rochas, apesar da dificuldade de visualização devido à presença de densa floresta, são em geral gradacionais. No caso específico dos contatos entre dioritos e sienitos eles são marcados pela presença de grande volume de enclaves elipsoidais de dioritos nos sienitos, existindo em muitos afloramentos evidências de mistura entre magmas. As rochas dominantes deste batólito exibem granulação média a grossa e são constituídas por andesina-oligoclásio, feldspato alcalino, diopsídio, anfibólio e biotita, tendo como acessórios olivina, apatita, óxidos de Fe-Ti, quartzo, allanita, zircão, nefelina e carbonato. Estes minerais exibem bom euedralismo e os feldspatos usualmente ocorrem em padrão angular ou triangular tendo seus interstícios ocupados por minerais máficos e acessórios. Nos nefelina-sienitos o principal mineral máfico é a biotita. Sodalita ocorre de forma subordinada em algumas rochas. Neste batólito dominam rochas intermediárias, miasquíticas, de alcalinidade média com algumas sendo peraluminosas e que exibem correlação positiva entre a sílica e o total de álcalis. Em diagramas Harker observam-se correlações positivas com o aumento da sílica apenas para K2O, Al2O3 e Na2O, expressando o fracionamento de plagioclásio cálcico, minerais máficos e acessórios. Os conteúdos de Ba, Sr, V tendem a decrescer com o aumento da sílica enquanto tem-se aumento de Rb. Os valores de Zr, Y, Nb variam com o conteúdo de sílica e tendem a ser mais elevados nos tipos mais evoluídos. Os espectros de ETR mostram-se fracionados nos ETRL e seus totais tendem a decrescer com o fracionamento. A posição deslocada das demais rochas ocupada pelos nefelina-sienitos é interpretada como sendo uma intrusão com história de cristalização distinta. As simulações de mistura entre os magmas, basáltico alcalino e traquítico, evidenciam que as rochas do Batólito Sienítico Itabuna resultaram de processo de mistura entre magmas alcalinos com graus de evoluções distintas. Além disso, as simulações de mistura com dados isotópicos reforçam esta hipótese e indicam participação de material crustal. O modelo petrogenético advogado para a formação das rochas do Batólito Sienítico Itabuna envolve a existência de mistura de magmas alcalinos com graus de diferenciação distintos e com participação de assimilação de crosta continental. Por outro lado, a presença de nefelina-sienitos neste corpo é interpretada como uma intrusão com evolução geoquímica distinta das rochas dominantes.ABSTRACT The Itabuna Sienitic Batholith, aged 676 ± Ma, is the larger intrusion (450 km2) from the South Bahia Alkaline Province (PASEBA). The alkaline rocks of this province are NE-SW aligned, been this structural trend controlled by the Itabuna-Itaju do Colônia Strain Zone, an ancient fault reactivated during the Neoproterozoic. The PASEBA is essentially constituted by nepheline-syenites, with subordinate occurrence of sodalite-syenites and mafic rocks. This batholith is, at some places, limited by faults, been in contact with an archaean-palaeoproterozoic metamorphic basement, and occasionally it has irregular shapes. Internally, its rocks present abundant magmatic flux foliations, which are evident due the orientation of phenocrystals and mafic enclaves. The mafic, felsic and pegmatitic dykes are relatively abundant. The nepheline-syenites are limited just in few regions of the batholith. During this research, the predominance of syenites was identified, followed by monzonites and subordinate amounts of monzogabbre, monzodiorite and nephelinesyenites. The contacts of these rocks are hard to visualize due to the existence of a dense forest, but are usually gradational. The contacts between syenites and diorites are characterized by the abundance of ellipsoidal dioritic enclaves at the syenites, in which many areas with evidences of magma mixing were observed in field. The dominant rock types of this batholith exhibit medium to coarse phaneritic textures, been constituted of andesine-oligoclase, alkali-feldspar, diopside, amphibole and biotite. The accessory phases are olivine, apatite, Fe-Ti oxides, quartz, allanite, zircon, nepheline and carbonate. These minerals are euhedral and the feldspar usually show an angular or triangular pattern and the interstitial spaces are occupied by mafic and accessory minerals. Biotite is the usual mafic mineral at the nephelinesyenites. At the Itabuna Batholith predominate intermediate rocks, miasquitic, with medium alkalinity, some of them been peraluminous and exhibiting positive correlation of silica and total alkalis. At the binary diagrams (oxide-oxide) only positive correlations are observed for K2O, Al2O3 and Na2O with silica enrichment, suggesting the fractionation of calcic plagioclase, mafic and accessory minerals. The contents of Ba, Sr, V are decrease with silica enrichment, although Rb values are high. The amounts of Zr, Y, Nb vary with silica contents and seems to be higher in the most evolved rock types. REE patterns are more fractionated at the LREE and the wholeREE contents decrease with the fractionation. Nepheline-syenites present a different pattern, which is interpreted as a distinct crystallization history for their intrusion. The mix simulations for the alkaline-basalt and traquitic magmas evidence the presence of mixing processes for the Itabuna Syenitic Batholith, which are interpreted as the result of interaction of alkaline magmas with distinct evolutions. Anyway, these simulations with isotopic data reinforce this hypothesis and indicate the participation of crustal material. The petrogenetic model advocate for the formation of Itabuna Syenitic Batholith rocks claims the existence of mixing between alkaline magmas with distinct differentiation and continental crustal assimilation. Therefore, the presence of nepheline-syenites at this batholith is interpreted as an intrusion that evolves in a distinct geochemical pattern from the dominant rocks.Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2017-04-20T12:07:24Z No. of bitstreams: 1 adriana.pdf: 5829798 bytes, checksum: bf16f912c2a8a1e720e6fca111203acb (MD5)Made available in DSpace on 2017-04-20T12:07:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 adriana.pdf: 5829798 bytes, checksum: bf16f912c2a8a1e720e6fca111203acb (MD5)Petrologia, Metalogênese e Exploração MineralBatólito SieníticoItabunaGeoquímicaPetrologiaAspectos geológicos, petrológicos e geoquímicos do Plutonismo Miasquítico Brasiliano da região Sul do Estado da Bahia: Batólito Sienítico Itabunainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisInstituto de GeociênciasGeologiaPGGEOLOGIAbrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALadriana.pdfadriana.pdfapplication/pdf5829798https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/22034/1/adriana.pdfbf16f912c2a8a1e720e6fca111203acbMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1383https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/22034/2/license.txt05eca2f01d0b3307819d0369dab18a34MD52TEXTadriana.pdf.txtadriana.pdf.txtExtracted texttext/plain271436https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/22034/3/adriana.pdf.txt9e165583f80721ca6cbf8ccbb85d1accMD53ri/220342022-07-05 14:04:19.595oai:repositorio.ufba.br:ri/22034VGVybW8gZGUgTGljZW7Dp2EsIG7Do28gZXhjbHVzaXZvLCBwYXJhIG8gZGVww7NzaXRvIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGQkEuCgogUGVsbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvIGRlIGRvY3VtZW50b3MsIG8gYXV0b3Igb3Ugc2V1IHJlcHJlc2VudGFudGUgbGVnYWwsIGFvIGFjZWl0YXIgCmVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW7Dp2EsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgQmFoaWEgCm8gZGlyZWl0byBkZSBtYW50ZXIgdW1hIGPDs3BpYSBlbSBzZXUgcmVwb3NpdMOzcmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLiAKRXNzZXMgdGVybW9zLCBuw6NvIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTDqm0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IvY29weXJpZ2h0LCBtYXMgZW50ZW5kZSBvIGRvY3VtZW50byAKY29tbyBwYXJ0ZSBkbyBhY2Vydm8gaW50ZWxlY3R1YWwgZGVzc2EgVW5pdmVyc2lkYWRlLgoKIFBhcmEgb3MgZG9jdW1lbnRvcyBwdWJsaWNhZG9zIGNvbSByZXBhc3NlIGRlIGRpcmVpdG9zIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vuw6dhIAplbnRlbmRlIHF1ZToKCiBNYW50ZW5kbyBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcmVwYXNzYWRvcyBhIHRlcmNlaXJvcywgZW0gY2FzbyBkZSBwdWJsaWNhw6fDtWVzLCBvIHJlcG9zaXTDs3Jpbwpwb2RlIHJlc3RyaW5naXIgbyBhY2Vzc28gYW8gdGV4dG8gaW50ZWdyYWwsIG1hcyBsaWJlcmEgYXMgaW5mb3JtYcOnw7VlcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXDp8OjbyBjaWVudMOtZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3RyacOnw7VlcyBpbXBvc3RhcyBwZWxvcyBlZGl0b3JlcyBkZSBwZXJpw7NkaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2HDp8O1ZXMgc2VtIGluaWNpYXRpdmFzIHF1ZSBzZWd1ZW0gYSBwb2zDrXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVww7NzaXRvcyAKY29tcHVsc8OzcmlvcyBuZXNzZSByZXBvc2l0w7NyaW8gbWFudMOqbSBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgbWFzIG1hbnTDqm0gYWNlc3NvIGlycmVzdHJpdG8gCmFvIG1ldGFkYWRvcyBlIHRleHRvIGNvbXBsZXRvLiBBc3NpbSwgYSBhY2VpdGHDp8OjbyBkZXNzZSB0ZXJtbyBuw6NvIG5lY2Vzc2l0YSBkZSBjb25zZW50aW1lbnRvCiBwb3IgcGFydGUgZGUgYXV0b3Jlcy9kZXRlbnRvcmVzIGRvcyBkaXJlaXRvcywgcG9yIGVzdGFyZW0gZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgZGUgYWNlc3NvIGFiZXJ0by4KRepositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-07-05T17:04:19Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Aspectos geológicos, petrológicos e geoquímicos do Plutonismo Miasquítico Brasiliano da região Sul do Estado da Bahia: Batólito Sienítico Itabuna
title Aspectos geológicos, petrológicos e geoquímicos do Plutonismo Miasquítico Brasiliano da região Sul do Estado da Bahia: Batólito Sienítico Itabuna
spellingShingle Aspectos geológicos, petrológicos e geoquímicos do Plutonismo Miasquítico Brasiliano da região Sul do Estado da Bahia: Batólito Sienítico Itabuna
Peixoto, Adriana Almeida de
Petrologia, Metalogênese e Exploração Mineral
Batólito Sienítico
Itabuna
Geoquímica
Petrologia
title_short Aspectos geológicos, petrológicos e geoquímicos do Plutonismo Miasquítico Brasiliano da região Sul do Estado da Bahia: Batólito Sienítico Itabuna
title_full Aspectos geológicos, petrológicos e geoquímicos do Plutonismo Miasquítico Brasiliano da região Sul do Estado da Bahia: Batólito Sienítico Itabuna
title_fullStr Aspectos geológicos, petrológicos e geoquímicos do Plutonismo Miasquítico Brasiliano da região Sul do Estado da Bahia: Batólito Sienítico Itabuna
title_full_unstemmed Aspectos geológicos, petrológicos e geoquímicos do Plutonismo Miasquítico Brasiliano da região Sul do Estado da Bahia: Batólito Sienítico Itabuna
title_sort Aspectos geológicos, petrológicos e geoquímicos do Plutonismo Miasquítico Brasiliano da região Sul do Estado da Bahia: Batólito Sienítico Itabuna
author Peixoto, Adriana Almeida de
author_facet Peixoto, Adriana Almeida de
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Peixoto, Adriana Almeida de
Peixoto, Adriana Almeida de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Conceição, Herbet
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Rosa, Maria de Lourdes da Silva
contributor_str_mv Conceição, Herbet
Rosa, Maria de Lourdes da Silva
dc.subject.cnpq.fl_str_mv Petrologia, Metalogênese e Exploração Mineral
topic Petrologia, Metalogênese e Exploração Mineral
Batólito Sienítico
Itabuna
Geoquímica
Petrologia
dc.subject.por.fl_str_mv Batólito Sienítico
Itabuna
Geoquímica
Petrologia
description O Batólito Sienítico Itabuna, com idade de 676 ± 5 Ma, constitui a maior intrusão (450 km2) da Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia. Os corpos alcalinos desta província mostram-se regionalmente alinhados NE-SW, sendo essa estruturação controlada pela zona de cisalhamento Itabuna-Itajú do Colônia, tida como antiga e reativada durante o Neoproterozóico. Esta província é essencialmente constituída por nefelina-sienitos e sienitos, tendo sodalita-sienitos e rochas máficas em volume pouco expressivo. Este batólito faz, em parte, contato por falhas com metamorfitos arqueano-paleoproterozóicos encaixantes, e em certas regiões ele pode ter forma irregular. Internamente as rochas exibem abundantes estruturas de fluxo magmático, que são visualizadas pelas orientações de fenocristais e de enclaves máficos. Diques máficos, félsicos e pegmatíticos são relativamente abundantes. Os nefelina-sienitos ocorrem limitados a poucas regiões. No Batólito Sienítico Itabuna identificou-se à presença dominante de sienitos, seguido por monzonitos, existindo de forma subordinada monzogabro, monzodiorito e nefelina-sienito. Os contatos entre estas rochas, apesar da dificuldade de visualização devido à presença de densa floresta, são em geral gradacionais. No caso específico dos contatos entre dioritos e sienitos eles são marcados pela presença de grande volume de enclaves elipsoidais de dioritos nos sienitos, existindo em muitos afloramentos evidências de mistura entre magmas. As rochas dominantes deste batólito exibem granulação média a grossa e são constituídas por andesina-oligoclásio, feldspato alcalino, diopsídio, anfibólio e biotita, tendo como acessórios olivina, apatita, óxidos de Fe-Ti, quartzo, allanita, zircão, nefelina e carbonato. Estes minerais exibem bom euedralismo e os feldspatos usualmente ocorrem em padrão angular ou triangular tendo seus interstícios ocupados por minerais máficos e acessórios. Nos nefelina-sienitos o principal mineral máfico é a biotita. Sodalita ocorre de forma subordinada em algumas rochas. Neste batólito dominam rochas intermediárias, miasquíticas, de alcalinidade média com algumas sendo peraluminosas e que exibem correlação positiva entre a sílica e o total de álcalis. Em diagramas Harker observam-se correlações positivas com o aumento da sílica apenas para K2O, Al2O3 e Na2O, expressando o fracionamento de plagioclásio cálcico, minerais máficos e acessórios. Os conteúdos de Ba, Sr, V tendem a decrescer com o aumento da sílica enquanto tem-se aumento de Rb. Os valores de Zr, Y, Nb variam com o conteúdo de sílica e tendem a ser mais elevados nos tipos mais evoluídos. Os espectros de ETR mostram-se fracionados nos ETRL e seus totais tendem a decrescer com o fracionamento. A posição deslocada das demais rochas ocupada pelos nefelina-sienitos é interpretada como sendo uma intrusão com história de cristalização distinta. As simulações de mistura entre os magmas, basáltico alcalino e traquítico, evidenciam que as rochas do Batólito Sienítico Itabuna resultaram de processo de mistura entre magmas alcalinos com graus de evoluções distintas. Além disso, as simulações de mistura com dados isotópicos reforçam esta hipótese e indicam participação de material crustal. O modelo petrogenético advogado para a formação das rochas do Batólito Sienítico Itabuna envolve a existência de mistura de magmas alcalinos com graus de diferenciação distintos e com participação de assimilação de crosta continental. Por outro lado, a presença de nefelina-sienitos neste corpo é interpretada como uma intrusão com evolução geoquímica distinta das rochas dominantes.
publishDate 2005
dc.date.submitted.none.fl_str_mv 2005-12
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-04-20T12:07:25Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-04-20T12:07:25Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-04-20
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22034
url http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22034
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto de Geociências
dc.publisher.program.fl_str_mv Geologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv PGGEOLOGIA
dc.publisher.country.fl_str_mv brasil
publisher.none.fl_str_mv Instituto de Geociências
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/22034/1/adriana.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/22034/2/license.txt
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/22034/3/adriana.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv bf16f912c2a8a1e720e6fca111203acb
05eca2f01d0b3307819d0369dab18a34
9e165583f80721ca6cbf8ccbb85d1acc
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808459535698886656