Sobre viver: mulheres negras em trajetórias de desinstitucionalização, uma perspectiva interseccional. Ome ife ukwu, aquela que faz coisas incríveis.
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37998 |
Resumo: | Trajetórias de mulheres negras loucas devem ser teorizadas, pois dizem de processos individuais e coletivos, de como se organizam sistemas de poder que operacionalizam opressões, ao classificarem e hierarquizarem grupos sociais, e de como estes determinam quem são os corpos, que, marcados em seus grupos, são elegíveis para tipificações de morte, encarceramento e adoecimento, inclusive o mental. A tese objetiva analisar em perspectiva interseccional como mulheres negras com narrativas de adoecimento e experiências de sofrimento psíquico constroem trajetórias de desinstitucionalização em saúde mental. A pesquisa é de abordagem qualitativa, de inspiração etnográfica realizada entre 2015/2016 e 2020/2021 com mulheres negras que vivenciam processos de adoecimento mental, bem como processos de recuperação, e pessoas que venham a falar dessas experiências, atendidas em serviços de saúde mental de Salvador – BA. A amostra é intencional, feita a partir da técnica de seleção bola de neve. Interseccionalidade foi tomada como perspectiva teórica e metodológica, orientada a partir da teoria e método feminista e do feminismo negro. Para a análise interseccional a abordagem foi intracategorial, por meio de entrevistas narrativas, em perspectiva biográfica, para conhecer as experiências de vida concretas das mulheres em contextos. A interpretação foi feita a partir da análise de entrevistas narrativas. As trajetórias das mulheres negras desta tese têm semelhanças quanto aos efeitos coletivos do racismo estrutural e individuais do trauma colonial. Observou-se o racismo a estruturar a vida destas mulheres, com implicações psíquicas sobre suas histórias, interseccionalizadas em raça e gênero por processos de racismo genderizado. Observou-se também a herança do trauma colonial, nas similaridades e particularidades quando das suas possibilidades no cotidiano privado e público das mulheres negras quanto à: vida em família, suas infâncias, acesso à educação e ao trabalho formal, possibilidades e formas de maternar, dificuldade de nomear o racismo, vitimizando e silenciando-as, para quais olhar psiquiatrizado foi lançado a produzir cabimento e algum cuidado. As trajetórias das mulheres negras, desta tese, têm a ensinar que é necessário e preciso racializar o cuidado em saúde mental, informado por matrizes interseccionais que considerem raça e gênero marcadores sociais da diferença que determinam as formas de viver, para perceber como o racismo genderizado atravessa e transversaliza as trajetórias de vidas de mulheres negras, com violência, moldando histórias de sofrimento psíquico e adoecimento mental. Mas não somente, há resistências, passivas e ativas. Vez racializado apontar a equidade na produção de cuidado em saúde mental. |
id |
UFBA-2_94bd7ccc37a004e3c78a708f436193de |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufba.br:ri/37998 |
network_acronym_str |
UFBA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFBA |
repository_id_str |
1932 |
spelling |
2023-10-06T15:29:50Z2023-10-06T15:29:50Z2022-12-12https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37998Trajetórias de mulheres negras loucas devem ser teorizadas, pois dizem de processos individuais e coletivos, de como se organizam sistemas de poder que operacionalizam opressões, ao classificarem e hierarquizarem grupos sociais, e de como estes determinam quem são os corpos, que, marcados em seus grupos, são elegíveis para tipificações de morte, encarceramento e adoecimento, inclusive o mental. A tese objetiva analisar em perspectiva interseccional como mulheres negras com narrativas de adoecimento e experiências de sofrimento psíquico constroem trajetórias de desinstitucionalização em saúde mental. A pesquisa é de abordagem qualitativa, de inspiração etnográfica realizada entre 2015/2016 e 2020/2021 com mulheres negras que vivenciam processos de adoecimento mental, bem como processos de recuperação, e pessoas que venham a falar dessas experiências, atendidas em serviços de saúde mental de Salvador – BA. A amostra é intencional, feita a partir da técnica de seleção bola de neve. Interseccionalidade foi tomada como perspectiva teórica e metodológica, orientada a partir da teoria e método feminista e do feminismo negro. Para a análise interseccional a abordagem foi intracategorial, por meio de entrevistas narrativas, em perspectiva biográfica, para conhecer as experiências de vida concretas das mulheres em contextos. A interpretação foi feita a partir da análise de entrevistas narrativas. As trajetórias das mulheres negras desta tese têm semelhanças quanto aos efeitos coletivos do racismo estrutural e individuais do trauma colonial. Observou-se o racismo a estruturar a vida destas mulheres, com implicações psíquicas sobre suas histórias, interseccionalizadas em raça e gênero por processos de racismo genderizado. Observou-se também a herança do trauma colonial, nas similaridades e particularidades quando das suas possibilidades no cotidiano privado e público das mulheres negras quanto à: vida em família, suas infâncias, acesso à educação e ao trabalho formal, possibilidades e formas de maternar, dificuldade de nomear o racismo, vitimizando e silenciando-as, para quais olhar psiquiatrizado foi lançado a produzir cabimento e algum cuidado. As trajetórias das mulheres negras, desta tese, têm a ensinar que é necessário e preciso racializar o cuidado em saúde mental, informado por matrizes interseccionais que considerem raça e gênero marcadores sociais da diferença que determinam as formas de viver, para perceber como o racismo genderizado atravessa e transversaliza as trajetórias de vidas de mulheres negras, com violência, moldando histórias de sofrimento psíquico e adoecimento mental. Mas não somente, há resistências, passivas e ativas. Vez racializado apontar a equidade na produção de cuidado em saúde mental.Crazy black women´s trajectories, must be theorized, as they speak of individual and collective processes, how power systems that operationalize oppressions are organized, by classifying and ranking social groups, and how these determinates who the bodies are, which, marked in their groups, are eligible for typifications of death, incarceration and illness, including mental illness. The thesis aims to analyze in an intersectional perspective how black women with narratives of illness and experiences of psychic suffering build trajectories of deinstitutionalization in mental health. The research has a qualitative approach, with ethnographic inspiration, carried out between 2015/2016 and 2020/2021 with black women who experience mental illness processes, as well as recovery processes, and people who come to talk about these experiences, assisted in mental health services from Salvador – BA. The sample is intentional, made using the snowball selection technique. Intersectionality was taken as a theoretical and methodological perspective, guided by feminist theory and method and black feminism. For the intersectional analysis, the approach was intracategory, through narrative interviews, in a biographical perspective, to know the concrete black women´s life experiences in contexts. The interpretation was made from the narrative interviews´s analysis. The black women´s trajectories in this thesis have similarities in terms of structural racism´s collective effects and the colonial trauma´s individual effects. Racism was observed to structure the lives of these women, with psychic implications on their histories, intersectionalized in race and gender by gendered racism´s processes. The colonial trauma legacy was also observed, in the similarities and particularities of its possibilities in the private and public black women´s daily lives regarding: family life, their childhoods, access to education and formal work, possibilities and ways of mothering, difficulty in naming racism, victimizing and silencing them, for which a psychiatrized look was launched to produce appropriateness and some care. The black women´s trajectories in this thesis, teach that it is necessary to racialize mental health care, informed by intersectional matrices that considers race and gender social markers differences that determine ways of living, to understand how gendered racism crosses and transversalizes life trajectories of black women, with violence, shaping histories of psychic suffering and mental illness. But not only, there are resistances, passive and active. Racialized turn to point out equity in the production of mental health care.Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2023-10-06T15:29:35Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1037 bytes, checksum: 996f8b5afe3136b76594f43bfda24c5e (MD5) Tese-PRISCILA_COIMBRA_ROCHA_2022 (1) (1).pdf: 2501246 bytes, checksum: 7cbe0e5120c02b446d656d42836788cc (MD5)Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2023-10-06T15:29:50Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1037 bytes, checksum: 996f8b5afe3136b76594f43bfda24c5e (MD5) Tese-PRISCILA_COIMBRA_ROCHA_2022 (1) (1).pdf: 2501246 bytes, checksum: 7cbe0e5120c02b446d656d42836788cc (MD5)Made available in DSpace on 2023-10-06T15:29:50Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1037 bytes, checksum: 996f8b5afe3136b76594f43bfda24c5e (MD5) Tese-PRISCILA_COIMBRA_ROCHA_2022 (1) (1).pdf: 2501246 bytes, checksum: 7cbe0e5120c02b446d656d42836788cc (MD5) Previous issue date: 2022-12-12porUniversidade Federal da Bahia. Instituto de Saúde ColetivaPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC-ISC)ISC-UFBABrasilInstituto de Saúde Coletiva - ISCAttribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessDeinstitutionalizationMental HealthIntersectionalityBlack womanCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVADesinstitucionalizaçãoSaúde MentalInterseccionalidadeMulher NegraSobre viver: mulheres negras em trajetórias de desinstitucionalização, uma perspectiva interseccional. Ome ife ukwu, aquela que faz coisas incríveis.About living: black women in deinstitutionalization trajectories, an intersectional perspective. Ome ife ukwu, the one who does incredible things.Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionTorrenté, Mônica de Oliveira Nunes deTorrenté, Monica de Oliveira Nunes deMota, Clarice SantosReis, Ana Paula dosFerreira, Silvia LuciaBarros, Soniahttp://lattes.cnpq.br/2567142050094968Rocha, Priscila Coimbrareponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBATEXTTese-PRISCILA_COIMBRA_ROCHA_2022 (1) (1).pdf.txtTese-PRISCILA_COIMBRA_ROCHA_2022 (1) (1).pdf.txtExtracted texttext/plain621922https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37998/4/Tese-PRISCILA_COIMBRA_ROCHA_2022%20%281%29%20%281%29.pdf.txt421c145b63417816b0511da1cc45b1d4MD54ORIGINALTese-PRISCILA_COIMBRA_ROCHA_2022 (1) (1).pdfTese-PRISCILA_COIMBRA_ROCHA_2022 (1) (1).pdfapplication/pdf2501246https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37998/1/Tese-PRISCILA_COIMBRA_ROCHA_2022%20%281%29%20%281%29.pdf7cbe0e5120c02b446d656d42836788ccMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81037https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37998/2/license_rdf996f8b5afe3136b76594f43bfda24c5eMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1715https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37998/3/license.txt67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90bMD53ri/379982023-10-07 02:06:56.608oai:repositorio.ufba.br:ri/37998TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZS9vdSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyAKZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gZS9vdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBwb2RlbmRvIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBICBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSAgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08sIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIApFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyBjb25jZWRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322023-10-07T05:06:56Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Sobre viver: mulheres negras em trajetórias de desinstitucionalização, uma perspectiva interseccional. Ome ife ukwu, aquela que faz coisas incríveis. |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
About living: black women in deinstitutionalization trajectories, an intersectional perspective. Ome ife ukwu, the one who does incredible things. |
title |
Sobre viver: mulheres negras em trajetórias de desinstitucionalização, uma perspectiva interseccional. Ome ife ukwu, aquela que faz coisas incríveis. |
spellingShingle |
Sobre viver: mulheres negras em trajetórias de desinstitucionalização, uma perspectiva interseccional. Ome ife ukwu, aquela que faz coisas incríveis. Rocha, Priscila Coimbra CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA Desinstitucionalização Saúde Mental Interseccionalidade Mulher Negra Deinstitutionalization Mental Health Intersectionality Black woman |
title_short |
Sobre viver: mulheres negras em trajetórias de desinstitucionalização, uma perspectiva interseccional. Ome ife ukwu, aquela que faz coisas incríveis. |
title_full |
Sobre viver: mulheres negras em trajetórias de desinstitucionalização, uma perspectiva interseccional. Ome ife ukwu, aquela que faz coisas incríveis. |
title_fullStr |
Sobre viver: mulheres negras em trajetórias de desinstitucionalização, uma perspectiva interseccional. Ome ife ukwu, aquela que faz coisas incríveis. |
title_full_unstemmed |
Sobre viver: mulheres negras em trajetórias de desinstitucionalização, uma perspectiva interseccional. Ome ife ukwu, aquela que faz coisas incríveis. |
title_sort |
Sobre viver: mulheres negras em trajetórias de desinstitucionalização, uma perspectiva interseccional. Ome ife ukwu, aquela que faz coisas incríveis. |
author |
Rocha, Priscila Coimbra |
author_facet |
Rocha, Priscila Coimbra |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Torrenté, Mônica de Oliveira Nunes de |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Torrenté, Monica de Oliveira Nunes de |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Mota, Clarice Santos |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Reis, Ana Paula dos |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Ferreira, Silvia Lucia |
dc.contributor.referee5.fl_str_mv |
Barros, Sonia |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2567142050094968 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rocha, Priscila Coimbra |
contributor_str_mv |
Torrenté, Mônica de Oliveira Nunes de Torrenté, Monica de Oliveira Nunes de Mota, Clarice Santos Reis, Ana Paula dos Ferreira, Silvia Lucia Barros, Sonia |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA |
topic |
CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA Desinstitucionalização Saúde Mental Interseccionalidade Mulher Negra Deinstitutionalization Mental Health Intersectionality Black woman |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Desinstitucionalização Saúde Mental Interseccionalidade Mulher Negra |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Deinstitutionalization Mental Health Intersectionality Black woman |
description |
Trajetórias de mulheres negras loucas devem ser teorizadas, pois dizem de processos individuais e coletivos, de como se organizam sistemas de poder que operacionalizam opressões, ao classificarem e hierarquizarem grupos sociais, e de como estes determinam quem são os corpos, que, marcados em seus grupos, são elegíveis para tipificações de morte, encarceramento e adoecimento, inclusive o mental. A tese objetiva analisar em perspectiva interseccional como mulheres negras com narrativas de adoecimento e experiências de sofrimento psíquico constroem trajetórias de desinstitucionalização em saúde mental. A pesquisa é de abordagem qualitativa, de inspiração etnográfica realizada entre 2015/2016 e 2020/2021 com mulheres negras que vivenciam processos de adoecimento mental, bem como processos de recuperação, e pessoas que venham a falar dessas experiências, atendidas em serviços de saúde mental de Salvador – BA. A amostra é intencional, feita a partir da técnica de seleção bola de neve. Interseccionalidade foi tomada como perspectiva teórica e metodológica, orientada a partir da teoria e método feminista e do feminismo negro. Para a análise interseccional a abordagem foi intracategorial, por meio de entrevistas narrativas, em perspectiva biográfica, para conhecer as experiências de vida concretas das mulheres em contextos. A interpretação foi feita a partir da análise de entrevistas narrativas. As trajetórias das mulheres negras desta tese têm semelhanças quanto aos efeitos coletivos do racismo estrutural e individuais do trauma colonial. Observou-se o racismo a estruturar a vida destas mulheres, com implicações psíquicas sobre suas histórias, interseccionalizadas em raça e gênero por processos de racismo genderizado. Observou-se também a herança do trauma colonial, nas similaridades e particularidades quando das suas possibilidades no cotidiano privado e público das mulheres negras quanto à: vida em família, suas infâncias, acesso à educação e ao trabalho formal, possibilidades e formas de maternar, dificuldade de nomear o racismo, vitimizando e silenciando-as, para quais olhar psiquiatrizado foi lançado a produzir cabimento e algum cuidado. As trajetórias das mulheres negras, desta tese, têm a ensinar que é necessário e preciso racializar o cuidado em saúde mental, informado por matrizes interseccionais que considerem raça e gênero marcadores sociais da diferença que determinam as formas de viver, para perceber como o racismo genderizado atravessa e transversaliza as trajetórias de vidas de mulheres negras, com violência, moldando histórias de sofrimento psíquico e adoecimento mental. Mas não somente, há resistências, passivas e ativas. Vez racializado apontar a equidade na produção de cuidado em saúde mental. |
publishDate |
2022 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2022-12-12 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-10-06T15:29:50Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-10-06T15:29:50Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
Doutorado info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37998 |
url |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37998 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal da Bahia. Instituto de Saúde Coletiva |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC-ISC) |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
ISC-UFBA |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Instituto de Saúde Coletiva - ISC |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal da Bahia. Instituto de Saúde Coletiva |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFBA instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFBA |
collection |
Repositório Institucional da UFBA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37998/4/Tese-PRISCILA_COIMBRA_ROCHA_2022%20%281%29%20%281%29.pdf.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37998/1/Tese-PRISCILA_COIMBRA_ROCHA_2022%20%281%29%20%281%29.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37998/2/license_rdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37998/3/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
421c145b63417816b0511da1cc45b1d4 7cbe0e5120c02b446d656d42836788cc 996f8b5afe3136b76594f43bfda24c5e 67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90b |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808459679315001344 |