Construção de autonomia do sujeito: um olhar sócio-histórico da prática da mediação no Juspopuli Escritório de Direitos Humanos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: D’Albuquerque, Elisabeth Regis
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35550
Resumo: A contemporaneidade tem mostrado ao mundo as fragilidades das suas relações sociais, econômicas, políticas e comerciais. Nas últimas duas décadas, vivenciou-se um acirramento nas disputas religiosas e étnicas, bem como nos conflitos de acesso à terra, entre tantos outros de caráter bastante discrepantes. Desde os primórdios da humanidade, os conflitos sempre existiram e foram determinantes na reorganização e na reconstrução de novas formas de convivência. Com a ascensão do capitalismo e suas formas de produção e reprodução cada vez mais excludentes, as instituições criadas para organizar a sociedade não dão conta das demandas de ordem jurídica para a solução dos conflitos gerados. A mediação reaparece como uma forma de redução dos processos jurídicos nos tribunais além de ser instrumento de regulação social, para contornar as situações de desigualdades socioeconômicas. A evolução tecnológica intensificou essas diferenças através da facilidade e da rapidez das informações em nível global e local, requerendo novas visões de mundo com mudanças paradigmáticas na forma de conceber e de viver a realidade social. Com a crescente proliferação de bairros periféricos, formados por populações de baixa renda e pouca escolaridade, aumentou o nível de violência, expandindo-se iniciativas incentivadas pelo próprio poder judiciário e estatal, na disseminação de formas alternativas de justiça comunitária. A questão norteadora deste trabalho consiste em verificar em que medida a prática da mediação realizada em dois escritórios populares administrados pelo Juspopuli Escritório de Direitos Humanos, Organização Não Governamental (ONG) que presta assessoria jurídica no Estado da Bahia, contribui, efetivamente, para a construção da autonomia do sujeito, o que se desenvolve pela curiosidade em conhecer o processo de mediação e em identificar os mecanismos de aprendizado e de desenvolvimento humano. A metodologia foi do tipo exploratória, aplicada, com caráter histórico-estrutural e dialética, utilizando-se o estudo de caso observacional. No tratamento dos dados e na análise dos resultados, optou-se pela metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), utilizada em pesquisa social quando se quer resgatar o pensamento de uma coletividade pelo discurso-síntese, enunciado na primeira pessoa do singular, por representar um hipotético sujeito coletivo. Na fundamentação teórica, foram utilizadas as contribuições de Lev Semenovich Vygotsky, Luis Alberto Warat e Paulo Freire. Ao final da pesquisa, verificou-se que a prática da mediação demonstrou ser uma importante tecnologia social para a constituição de um sujeito reflexivo e emancipado, capaz de enfrentar os desafios do século XXI pelo aprendizado e pelo desenvolvimento dos aspectos psicológicos superiores, além de exercer papel fundamental como instrumento formador da cidadania e da regulação social pela promoção da paz.
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A evolução tecnológica intensificou essas diferenças através da facilidade e da rapidez das informações em nível global e local, requerendo novas visões de mundo com mudanças paradigmáticas na forma de conceber e de viver a realidade social. Com a crescente proliferação de bairros periféricos, formados por populações de baixa renda e pouca escolaridade, aumentou o nível de violência, expandindo-se iniciativas incentivadas pelo próprio poder judiciário e estatal, na disseminação de formas alternativas de justiça comunitária. A questão norteadora deste trabalho consiste em verificar em que medida a prática da mediação realizada em dois escritórios populares administrados pelo Juspopuli Escritório de Direitos Humanos, Organização Não Governamental (ONG) que presta assessoria jurídica no Estado da Bahia, contribui, efetivamente, para a construção da autonomia do sujeito, o que se desenvolve pela curiosidade em conhecer o processo de mediação e em identificar os mecanismos de aprendizado e de desenvolvimento humano. A metodologia foi do tipo exploratória, aplicada, com caráter histórico-estrutural e dialética, utilizando-se o estudo de caso observacional. No tratamento dos dados e na análise dos resultados, optou-se pela metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), utilizada em pesquisa social quando se quer resgatar o pensamento de uma coletividade pelo discurso-síntese, enunciado na primeira pessoa do singular, por representar um hipotético sujeito coletivo. Na fundamentação teórica, foram utilizadas as contribuições de Lev Semenovich Vygotsky, Luis Alberto Warat e Paulo Freire. Ao final da pesquisa, verificou-se que a prática da mediação demonstrou ser uma importante tecnologia social para a constituição de um sujeito reflexivo e emancipado, capaz de enfrentar os desafios do século XXI pelo aprendizado e pelo desenvolvimento dos aspectos psicológicos superiores, além de exercer papel fundamental como instrumento formador da cidadania e da regulação social pela promoção da paz.The contemporary world has shown the weaknesses of their social, economic, political and commercial relationship. In the last two decades, experienced a worsening of ethnic and religious disputes and conflicts of access to land, among many others. Since the dawn of mankind, the conflicts have always existed and were instrumental in the reorganization and reconstruction of new forms of cohabitation. With the rise of capitalism and its forms of production and reproduction more exclusive, the institutions created to organize the society does not realize the demands of a legal solution to the conflicts generated. Mediation reappears as a way of reducing lawsuits in the courts as well as instrument of social regulation, to avoid situations of socio-economic inequalities. Technological change has intensified these differences through the ease and rapidity of information on global and local level, requiring new worldviews with paradigm shifts in the way of conceiving and living the social reality. With the growing proliferation of slums formed by populations with low education and income, increased the level of violence, expanding initiatives encouraged by the judiciary and government, dissemination of alternative forms of community justice. The guiding question of this dissertation is to verify to what extent the practice of mediation in two offices run by popular Juspopuli Office of Human Rights, a nongovernmental organization (NGO) that advises the State of Bahia, effectively contributes to the construction of autonomy subject, which is developed by curiosity about the mediation process and identify the mechanisms of learning and human development. The methodology was exploratory, applied, with a historical-structural and dialectic, using the observational case study. In data handling and analysis of results was chosen by the methodology of the Collective Subject Discourse (CSD) used in social research when it wants to rescue a community of thought by speech synthesis, as set out in the first person singular, as it represents a hypothetical collective subject. Were used Lev Semenovich Vygotsky, Luis Alberto Warat and Paulo Freire in the theoretical contributions. At the end, this study has found that the practice of mediation has proven to be an important technology for the social constitution of an emancipated and reflective subject, capable of facing the challenges of the twenty-first century learning and the development of higher psychological aspects in addition to exercise role as an instrument maker of citizenship and social regulation to promote peace.Submitted by Glauber de Assunção Moreira (glauber.moreira@ufba.br) on 2022-06-14T18:17:22Z No. of bitstreams: 1 Dissertação Final.pdf: 3708751 bytes, checksum: 2a1a3a0aefd126767d0f3ac5e43a9ef4 (MD5)Approved for entry into archive by Biblioteca de Administração (bibadm@ufba.br) on 2022-06-17T18:01:42Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação Final.pdf: 3708751 bytes, checksum: 2a1a3a0aefd126767d0f3ac5e43a9ef4 (MD5)Made available in DSpace on 2022-06-17T18:01:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação Final.pdf: 3708751 bytes, checksum: 2a1a3a0aefd126767d0f3ac5e43a9ef4 (MD5) Previous issue date: 2011-11-10porUniversidade Federal da BahiaMestrado Multidisciplinar e Profissionalizante em Desenvolvimento e GestãoUFBABrasilEscola de AdministraçãoSubjectAutonomyMediationLearningHuman DevelopmentCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ADMINISTRACAOSujeitoAutonomiaMediaçãoAprendizadoDesenvolvimento HumanoConstrução de autonomia do sujeito: um olhar sócio-histórico da prática da mediação no Juspopuli Escritório de Direitos Humanosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisSantos, Maria Elisabete Pereira doshttps://orcid.org/0000-0001-8565-1125http://lattes.cnpq.br/0544260389945180Veloso, Marilia LomantoSantos, Maria Elisabete Pereira doshttps://orcid.org/0000-0001-8565-1125http://lattes.cnpq.br/0544260389945180Batista, Claudia Bacelarhttp://lattes.cnpq.br/1399117756557547Waiandt, Claudianihttp://lattes.cnpq.br/1981118374780336http://lattes.cnpq.br/3120283902227551D’Albuquerque, Elisabeth Regisreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDissertação Final.pdfDissertação Final.pdfapplication/pdf3708751https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/35550/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Final.pdf2a1a3a0aefd126767d0f3ac5e43a9ef4MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1731https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/35550/2/license.txt322b424ca656d7e00c73f5549ccede1aMD52TEXTDissertação Final.pdf.txtDissertação Final.pdf.txtExtracted texttext/plain357512https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/35550/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Final.pdf.txtd3b062b94cdf753959c4e245e3f8d071MD53ri/355502022-06-18 06:25:30.772oai:repositorio.ufba.br:ri/35550TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkENCg0KQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG8gYXV0b3Igb3UgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtbykgbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlL291IGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIA0KZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLg0KDQpPIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBlL291IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28sIHBvZGVuZG8gbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSAgcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2t1cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uDQoNCk8gYXV0b3Igb3UgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IgZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLg0KDQpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuDQoNCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgIFJFU1VMVEUgREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BICBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIA0KT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08sIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIA0KRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4NCg0KTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyBjb25jZWRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLg0KRepositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-06-18T09:25:30Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
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