Avaliação da adição de espironolactona à terapia da hipertensão arterial resistente em um ambulatório de referência
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20094 |
Resumo: | A hipertensão arterial resistente (HAR) é definida por níveis de pressão arterial (PA) persistentemente elevados, apesar de terapia otimizada, com o uso de três ou mais classes de medicamentos anti-hipertensivos, incluindo um diurético. Estratégias para a adição de drogas ao esquema terapêutico básico do manejo da HAR não estão estabelecidas uniformemente. Estudos demonstram papel emergente dos antagonistas da aldosterona na redução da PA de pacientes com HAR. Nesse contexto, a espironolactona torna-se possível alternativa para o controle da PA nos pacientes com HAR. Objetivo: Descrever o comportamento da PA e tolerabilidade após a adição de espironolactona à terapia de pacientes com HAR. Métodos: Realizada avaliação retrospectiva da intervenção terapêutica em 71 pacientes que preenchiam critérios para HAR, acompanhados em ambulatório de referência de agosto de 2007 a dezembro de 2015. Realizou-se análise de prontuários, para determinar os níveis médios de PA em três consultas imediatamente anteriores e três imediatamente posteriores à adição da espironolactona à terapia. Compararam-se as médias de PA utilizando o teste-T para amostras pareadas. Avaliou-se a freqüência de efeitos adversos após a introdução da espironolactona. Resultados: Dentre os 71 pacientes, 67,6% eram mulheres. No momento da introdução da espironolactona, a média de idade dos pacientes era de 59±11,3 anos e o número médio de medicamentos utilizados era 4,4±0,9. A dose administrada de espironolactona variou de 25mg a 50mg. O intervalo médio entre a primeira consulta analisada e a introdução da espironolactona foi de 11,2±7,4 meses. O intervalo médio entre a intervenção e a última consulta analisada foi de 14,1±5,3 meses. A média da PA sistólica reduziu de 167,8±21,8mmHg para 156,6±26,6 mmHg (intervalo de confiança [IC]= 95%; p<0,001) e a média da PA diastólica reduziu de 100,8±15 mmHg para 92,7±18,6 mmHg (IC= 95%; p<0,001) após a introdução da espironolactona. Oito pacientes (11,8%) apresentaram hipercalemia e um (1,5%) apresentou ginecomastia. Cinco destes tiveram a necessidade de descontinuar o uso da medicação. Conclusão: Observou-se redução nos níveis de PA após introdução da espironolactona como terapia adjuvante nos pacientes com HAR, no intervalo de tempo avaliado. Houve uma baixa frequência de efeitos adversos possivelmente atribuídos à espironolactona no período |
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Muniz, Juliana Queiroz VasconcelosMuniz, Juliana Queiroz VasconcelosAras Júnior, RoqueAras Júnior, RoqueMelo, Ailton de SouzaAlves, Vitor Lucio de Oliveira2016-08-22T13:05:38Z2016-08-22T13:05:38Z2016-08-222016http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20094A hipertensão arterial resistente (HAR) é definida por níveis de pressão arterial (PA) persistentemente elevados, apesar de terapia otimizada, com o uso de três ou mais classes de medicamentos anti-hipertensivos, incluindo um diurético. Estratégias para a adição de drogas ao esquema terapêutico básico do manejo da HAR não estão estabelecidas uniformemente. Estudos demonstram papel emergente dos antagonistas da aldosterona na redução da PA de pacientes com HAR. Nesse contexto, a espironolactona torna-se possível alternativa para o controle da PA nos pacientes com HAR. Objetivo: Descrever o comportamento da PA e tolerabilidade após a adição de espironolactona à terapia de pacientes com HAR. Métodos: Realizada avaliação retrospectiva da intervenção terapêutica em 71 pacientes que preenchiam critérios para HAR, acompanhados em ambulatório de referência de agosto de 2007 a dezembro de 2015. Realizou-se análise de prontuários, para determinar os níveis médios de PA em três consultas imediatamente anteriores e três imediatamente posteriores à adição da espironolactona à terapia. Compararam-se as médias de PA utilizando o teste-T para amostras pareadas. Avaliou-se a freqüência de efeitos adversos após a introdução da espironolactona. Resultados: Dentre os 71 pacientes, 67,6% eram mulheres. No momento da introdução da espironolactona, a média de idade dos pacientes era de 59±11,3 anos e o número médio de medicamentos utilizados era 4,4±0,9. A dose administrada de espironolactona variou de 25mg a 50mg. O intervalo médio entre a primeira consulta analisada e a introdução da espironolactona foi de 11,2±7,4 meses. O intervalo médio entre a intervenção e a última consulta analisada foi de 14,1±5,3 meses. A média da PA sistólica reduziu de 167,8±21,8mmHg para 156,6±26,6 mmHg (intervalo de confiança [IC]= 95%; p<0,001) e a média da PA diastólica reduziu de 100,8±15 mmHg para 92,7±18,6 mmHg (IC= 95%; p<0,001) após a introdução da espironolactona. Oito pacientes (11,8%) apresentaram hipercalemia e um (1,5%) apresentou ginecomastia. Cinco destes tiveram a necessidade de descontinuar o uso da medicação. Conclusão: Observou-se redução nos níveis de PA após introdução da espironolactona como terapia adjuvante nos pacientes com HAR, no intervalo de tempo avaliado. 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A hipertensão arterial resistente (HAR) é definida por níveis de pressão arterial (PA) persistentemente elevados, apesar de terapia otimizada, com o uso de três ou mais classes de medicamentos anti-hipertensivos, incluindo um diurético. Estratégias para a adição de drogas ao esquema terapêutico básico do manejo da HAR não estão estabelecidas uniformemente. Estudos demonstram papel emergente dos antagonistas da aldosterona na redução da PA de pacientes com HAR. Nesse contexto, a espironolactona torna-se possível alternativa para o controle da PA nos pacientes com HAR. Objetivo: Descrever o comportamento da PA e tolerabilidade após a adição de espironolactona à terapia de pacientes com HAR. Métodos: Realizada avaliação retrospectiva da intervenção terapêutica em 71 pacientes que preenchiam critérios para HAR, acompanhados em ambulatório de referência de agosto de 2007 a dezembro de 2015. Realizou-se análise de prontuários, para determinar os níveis médios de PA em três consultas imediatamente anteriores e três imediatamente posteriores à adição da espironolactona à terapia. Compararam-se as médias de PA utilizando o teste-T para amostras pareadas. Avaliou-se a freqüência de efeitos adversos após a introdução da espironolactona. Resultados: Dentre os 71 pacientes, 67,6% eram mulheres. No momento da introdução da espironolactona, a média de idade dos pacientes era de 59±11,3 anos e o número médio de medicamentos utilizados era 4,4±0,9. A dose administrada de espironolactona variou de 25mg a 50mg. O intervalo médio entre a primeira consulta analisada e a introdução da espironolactona foi de 11,2±7,4 meses. O intervalo médio entre a intervenção e a última consulta analisada foi de 14,1±5,3 meses. A média da PA sistólica reduziu de 167,8±21,8mmHg para 156,6±26,6 mmHg (intervalo de confiança [IC]= 95%; p<0,001) e a média da PA diastólica reduziu de 100,8±15 mmHg para 92,7±18,6 mmHg (IC= 95%; p<0,001) após a introdução da espironolactona. Oito pacientes (11,8%) apresentaram hipercalemia e um (1,5%) apresentou ginecomastia. Cinco destes tiveram a necessidade de descontinuar o uso da medicação. Conclusão: Observou-se redução nos níveis de PA após introdução da espironolactona como terapia adjuvante nos pacientes com HAR, no intervalo de tempo avaliado. Houve uma baixa frequência de efeitos adversos possivelmente atribuídos à espironolactona no período |
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