SELEÇÃO E USO DE BACTÉRIAS ÁCIDO LÁCTICAS COMO PROBIÓTICO PARA TILÁPIA DO NILO
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31413 |
Resumo: | O objetivo do presente trabalho foi selecionar uma bactéria ácido láctica com características probióticas e realizar desafio frente ao patógeno Aeromonas hydrophila observando a modulação da microbiota intestinal dos animais alimentados com e sem a inserção da bactéria ácido láctica na alimentação. Foram isoladas 141 cepas do intestino de alevinos de tilápia do Nilo, sendo 55 com características desejadas: Gram positivas, catalase negativa, produtoras de ácido láctico. Frente ao teste de antagonismo com os patógenos A. hydrophila IOC/FDA 110-36, Vibrio vulnificus ATCC 27562, Pseudomonas aeruginosa ATCC15442, Vibrio parahaemolyticus ATCC 17802, apenas oito demonstraram eficiência e destas duas foram capazes de inibir totalmente os quatro patógenos. Foi realizada a identificação em nível de gênero utilizando provas bioquímicas e PCR, todos eram Enterococcus sp. O isolado com melhor e maior atividade inibitória teve seu genoma sequenciado e foi identificado como Enterococcus casseliflavus EC30. Todos os oito isolados foram testados quanto a susceptibilidade aos antimicrobianos: ampicilina, tetraciclina, amoxicilina, estreptomicina, eritromicina e gentamicina, não apresentando resistência. Quanto a atividade metabólica, foram semelhantes apresentando crescimento nas temperaturas 4ºC, 28ºC, 37ºC, 45ºC e salinidade 0,5%, 4%, 6% e 8%. Para o teste de desafio e mapeamento da microbiota intestinal foram utilizados 120 alevinos de tilápias, divididos em dois grupos e quatro subgrupos. Um grupo foi alimentado com o Enterococcus casseliflavus EC30 (10-9) em caldo MRS e outro com ração contendo MRS estéril. Cada grupo continha quatro subgrupos para o desafio Aeromonas hydrophila no 21º dia. No mapeamento da microbiota intestinal foram realizadas sete amostragens em dias determinados (0, 3, 6, 9, 15, 24 e 30), onde foram retirados cinco animais de cada tratamento (grupo) e tiveram seus intestinos congelados para posterior análise utilizando a técnica DGGE. O desafio cada grupo continha os seguintes subgrupos: não injetado, injetado com PBS estéril, injetados com dose L50 (10-7) e outro com a dose L50x10 (10-8) do patógeno A. hydrophila IOC/FDA. A quantidade da dose injetada foi de acordo com o peso individual de cada animal (g/μL). O subgrupo alimentado com EC30 e injetado com a dose L50 obteve 50% sobrevivência, no subgrupo que recebeu EC30 que recebeu a dose L50x10 a sobrevivência foi de 33% e para os subgrupos não alimentados e alimentados 16 com EC30 que não foram injetados e os injetados com PBS estéril se observou 100% de sobrevivência, enquanto os subgrupos que não foram alimentados com ração cotendo EC30 e receberam as doses letais de Aeromonas se observou mortalidade de 100%. As análises utilizando a técnica de DGGE foram observadas uma menor variedade de espécies no dendograma obtido, podendo afirmar que os animais alimentados com o Enterococcus casseliflavus EC30 sofreram uma maior modulação da microbiota intestinal quando comparados ao grupo que não foi alimentado com o EC30. Os resultados do presente estudo demonstram que o Enterococcus casseliflavus EC30 se aderiu a mucosa intestinal e manteve sua presença no intestino mesmo após os animais não receberem mais a ração, conferindo proteção aos animais quando desafiados com A. hydrophila IOC/FDA, influenciando e modulando a microbiota intestinal dos alevinos de tilápia, confirmando assim seu potencial como probiótico para esta espécie nesta fase de vida. |
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Para o teste de desafio e mapeamento da microbiota intestinal foram utilizados 120 alevinos de tilápias, divididos em dois grupos e quatro subgrupos. Um grupo foi alimentado com o Enterococcus casseliflavus EC30 (10-9) em caldo MRS e outro com ração contendo MRS estéril. Cada grupo continha quatro subgrupos para o desafio Aeromonas hydrophila no 21º dia. No mapeamento da microbiota intestinal foram realizadas sete amostragens em dias determinados (0, 3, 6, 9, 15, 24 e 30), onde foram retirados cinco animais de cada tratamento (grupo) e tiveram seus intestinos congelados para posterior análise utilizando a técnica DGGE. O desafio cada grupo continha os seguintes subgrupos: não injetado, injetado com PBS estéril, injetados com dose L50 (10-7) e outro com a dose L50x10 (10-8) do patógeno A. hydrophila IOC/FDA. A quantidade da dose injetada foi de acordo com o peso individual de cada animal (g/μL). 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