Reparo ósseo de defeito crítico em calvária de rato com microesferas de hidroxiapatita e selante de fibrina
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/8722 |
Resumo: | A bioengenharia tecidual é uma área interdisciplinar de atuação das ciências biomédicas e das engenharias responsável pela busca e aprimoramento de novas terapias e/ou desenvolvimento de novos biomateriais. Nesse sentido, as biocerâmicas de hidroxiapatita apresentam características físicas e biológicas semelhantes ao componente inorgânico do osso autógeno, com propriedades osteogênicas desejáveis, e biocompatibilidade, podendo atuar como importante substituto no reparo ósseo. Mas, como os biomateriais podem ser facilmente deslocados do seu sítio de implantação, é importante o uso de agentes aglutinantes, como o selante de fibrina, para a formação de uma rede firme e mecanicamente estável, com boas propriedades adesivas. Este projeto teve como objetivo avaliar, histologicamente, o reparo de defeito ósseo crítico, realizado em calvária de rato, pela utilização de biomateriais compostos por microesferas de hidroxiapatita e selante de fibrina. Foram utilizados 58 animais, distribuídos aleatoriamente em quatro grupos e analisados nos tempos biológicos de 15, 45 e 120 dias. No grupo I - grupo controle - o defeito ósseo foi preenchido apenas pelo coágulo sangüíneo. No grupo II - o defeito ósseo foi preenchido por microesferas de hidroxiapatita. Grupo III - o defeito ósseo foi preenchido com selante de fibrina. Grupo IV – o defeito ósseo foi preenchido com microesferas de hidroxiapatita e selante de fibrina. As amostras foram avaliadas por microscopia óptica. Os resultados observados foram no grupo I formação de tecido fibroso em toda a extensão do defeito. No grupo II houve a formação óssea reparativa nas bordas do defeito e as microesferas foram permeadas por tecido conjuntivo inicialmente frouxo, com grande edema, grande quantidade de vasos, presença de infiltrado inflamatório e encapsulamento das microesferas. Ao longo do tempo esse tecido adensou-se com redução do edema, diminuição da angiogênese e do processo inflamatório. No Grupo III, a formação óssea nas margens do defeito mostrou-se limitada e algumas vezes ausente. Destaca-se a presença de uma reação inflamatória que persistiu até os 120 dias. O biomaterial preencheu o defeito em todos os pontos biológicos. No Grupo IV foi observada a neoformação óssea reparativa restrita as margens do defeito, sobre as microesferas situadas próximas as bordas do defeito. Houve uma intensa proliferação de células fusiformes e formação de tecido conjuntivo denso, entre as microesferas e com encapsulamento destas. Em conclusão, a hidroxiapatita utilizada mostrou limitada propriedade osteocondutora e aparente ausência de biocompatibilidade. O selante de fibrina retardou o processo de neoformação óssea reativa mesmo nas margens do defeito. Este, como agente aglutinante, revelou efetividade uma vez que as microesferas permaneceram no sítio de implantação em múltiplas camadas. |
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Carvalho, Ana Clara Alves deCarvalho, Ana Clara Alves deBarbosa Júnior, Aryon de Almeida2013-02-28T20:57:32Z2013-02-28T20:57:32Z2010-11-29http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/8722A bioengenharia tecidual é uma área interdisciplinar de atuação das ciências biomédicas e das engenharias responsável pela busca e aprimoramento de novas terapias e/ou desenvolvimento de novos biomateriais. Nesse sentido, as biocerâmicas de hidroxiapatita apresentam características físicas e biológicas semelhantes ao componente inorgânico do osso autógeno, com propriedades osteogênicas desejáveis, e biocompatibilidade, podendo atuar como importante substituto no reparo ósseo. Mas, como os biomateriais podem ser facilmente deslocados do seu sítio de implantação, é importante o uso de agentes aglutinantes, como o selante de fibrina, para a formação de uma rede firme e mecanicamente estável, com boas propriedades adesivas. Este projeto teve como objetivo avaliar, histologicamente, o reparo de defeito ósseo crítico, realizado em calvária de rato, pela utilização de biomateriais compostos por microesferas de hidroxiapatita e selante de fibrina. Foram utilizados 58 animais, distribuídos aleatoriamente em quatro grupos e analisados nos tempos biológicos de 15, 45 e 120 dias. No grupo I - grupo controle - o defeito ósseo foi preenchido apenas pelo coágulo sangüíneo. No grupo II - o defeito ósseo foi preenchido por microesferas de hidroxiapatita. Grupo III - o defeito ósseo foi preenchido com selante de fibrina. Grupo IV – o defeito ósseo foi preenchido com microesferas de hidroxiapatita e selante de fibrina. As amostras foram avaliadas por microscopia óptica. Os resultados observados foram no grupo I formação de tecido fibroso em toda a extensão do defeito. No grupo II houve a formação óssea reparativa nas bordas do defeito e as microesferas foram permeadas por tecido conjuntivo inicialmente frouxo, com grande edema, grande quantidade de vasos, presença de infiltrado inflamatório e encapsulamento das microesferas. Ao longo do tempo esse tecido adensou-se com redução do edema, diminuição da angiogênese e do processo inflamatório. No Grupo III, a formação óssea nas margens do defeito mostrou-se limitada e algumas vezes ausente. Destaca-se a presença de uma reação inflamatória que persistiu até os 120 dias. O biomaterial preencheu o defeito em todos os pontos biológicos. No Grupo IV foi observada a neoformação óssea reparativa restrita as margens do defeito, sobre as microesferas situadas próximas as bordas do defeito. Houve uma intensa proliferação de células fusiformes e formação de tecido conjuntivo denso, entre as microesferas e com encapsulamento destas. Em conclusão, a hidroxiapatita utilizada mostrou limitada propriedade osteocondutora e aparente ausência de biocompatibilidade. O selante de fibrina retardou o processo de neoformação óssea reativa mesmo nas margens do defeito. Este, como agente aglutinante, revelou efetividade uma vez que as microesferas permaneceram no sítio de implantação em múltiplas camadas.Submitted by Barroso Patrícia (barroso.p2010@gmail.com) on 2013-02-28T20:57:32Z No. of bitstreams: 1 Completo_de_Ana_Clara.pdf: 12003024 bytes, checksum: 5f191802544ff2c14133ec2050216563 (MD5)Made available in DSpace on 2013-02-28T20:57:32Z (GMT). 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