A formação do enfermeiro - anos 2000: contradições e desafios à prática pedagógica
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11128 |
Resumo: | Este estudo aborda a temática Currículo, prática pedagógica e formação do enfermeiro, que na atualidade tem tomado espaço relevante no debate acadêmico. Referente a estes pontos, alternam-se discursos que traduzem muitas inquietações e vários são os resultados com diferentes análises, pois nas últimas décadas, as questões curriculares da formação do enfermeiro têm suscitado investigações, com vistas a rever e redirecionar as buscas que possam contribuir para o aprimoramento do processo de formação do enfermeiro, deixando evidente que, nem sempre, as reformas curriculares, por si só, estão significando melhoria desta formação. Assim, buscamos conhecer empiricamente e descrever analiticamente a realidade acadêmica da formação do enfermeiro no Curso de Graduação em Enfermagem da UESC, tomando como matriz analítica os princípios que nortearam a construção do ?novo? currículo nacional e as idéias de vários autores, a exemplo de Mizukami, Rozendo, Bersnstain, Morin, Polak, Waldow, entre outros, sobre o que se requer da formação do enfermeiro, hoje. Analisamos se a implantação do ?novo? currículo do Curso em estudo modificou a prática docente e a formação do enfermeiro, em coerência com os princípios curriculares preconizados. Trata-se de um estudo descritivo, que pode proporcionar uma nova visão do problema, tendo tido o cuidado de observar, descrever e explorar aspectos da situação, interpretando a realidade, sem nela interferir para modificá-la, estando, consequentemente, aberto a novos estudos. Para análise dos dados utilizamos estatística descritiva com cálculo de freqüência simples e percentual. Sinteticamente, os resultados apontaram que os professores e alunos têm dificuldade em conceituar currículo. E o currículo estudado se caracteriza como do tipo coleção, com uma prática pedagógica voltada, predominantemente, para o modelo tradicional e, em conseqüência, a formação do enfermeiro continua tendo características do modelo biomédico-tecnicista, que privilegia um atendimento à saúde, em partes, não considerando o ser humano integral em seus aspectos bio-psico-social. Ficou evidente a falta de formação pedagógica dos docentes do Curso, aspectos que se mantêm para as novas gerações, pois no currículo analisado não há previsão nem preocupação com a formação pedagógica do enfermeiro. Diante desses resultados, acreditamos que precisam ser envidados esforços para que o currículo consiga avançar do modelo de currículo tipo Coleção para o tipo Integração e que a prática pedagógica que hoje se caracteriza como tradicional, com ações técnico ? mecanicistas, evolua para uma abordagem e ações humanista, que considera como unidade do processo ensino-aprendizagem o par pedagógico, constituído por professor e aluno, que deve propiciar o entendimento e a formação consciente e competente do par-do-ato-de-saúde, como um referencial da formação do enfermeiro na contemporaneidade, deixando claro que par implica em cooperação e cooperação só se pode esperar de sujeitos de construção moral autônoma. Portanto, o Projeto Pedagógico deve avançar nessas questões que dizem respeito a qualidade do processo pedagógico e também no que diz respeito as mudanças de paradígma da sociedade contemporânea, o que implica em mudança de mentalidade e tomada de consciência, não apenas de docentes e discentes do Curso, mas também da própria Instituição (UESC), que deve estar comprometida com as necessidades da sociedade onde está inserida. |
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Assim, buscamos conhecer empiricamente e descrever analiticamente a realidade acadêmica da formação do enfermeiro no Curso de Graduação em Enfermagem da UESC, tomando como matriz analítica os princípios que nortearam a construção do ?novo? currículo nacional e as idéias de vários autores, a exemplo de Mizukami, Rozendo, Bersnstain, Morin, Polak, Waldow, entre outros, sobre o que se requer da formação do enfermeiro, hoje. Analisamos se a implantação do ?novo? currículo do Curso em estudo modificou a prática docente e a formação do enfermeiro, em coerência com os princípios curriculares preconizados. Trata-se de um estudo descritivo, que pode proporcionar uma nova visão do problema, tendo tido o cuidado de observar, descrever e explorar aspectos da situação, interpretando a realidade, sem nela interferir para modificá-la, estando, consequentemente, aberto a novos estudos. Para análise dos dados utilizamos estatística descritiva com cálculo de freqüência simples e percentual. Sinteticamente, os resultados apontaram que os professores e alunos têm dificuldade em conceituar currículo. E o currículo estudado se caracteriza como do tipo coleção, com uma prática pedagógica voltada, predominantemente, para o modelo tradicional e, em conseqüência, a formação do enfermeiro continua tendo características do modelo biomédico-tecnicista, que privilegia um atendimento à saúde, em partes, não considerando o ser humano integral em seus aspectos bio-psico-social. Ficou evidente a falta de formação pedagógica dos docentes do Curso, aspectos que se mantêm para as novas gerações, pois no currículo analisado não há previsão nem preocupação com a formação pedagógica do enfermeiro. Diante desses resultados, acreditamos que precisam ser envidados esforços para que o currículo consiga avançar do modelo de currículo tipo Coleção para o tipo Integração e que a prática pedagógica que hoje se caracteriza como tradicional, com ações técnico ? mecanicistas, evolua para uma abordagem e ações humanista, que considera como unidade do processo ensino-aprendizagem o par pedagógico, constituído por professor e aluno, que deve propiciar o entendimento e a formação consciente e competente do par-do-ato-de-saúde, como um referencial da formação do enfermeiro na contemporaneidade, deixando claro que par implica em cooperação e cooperação só se pode esperar de sujeitos de construção moral autônoma. Portanto, o Projeto Pedagógico deve avançar nessas questões que dizem respeito a qualidade do processo pedagógico e também no que diz respeito as mudanças de paradígma da sociedade contemporânea, o que implica em mudança de mentalidade e tomada de consciência, não apenas de docentes e discentes do Curso, mas também da própria Instituição (UESC), que deve estar comprometida com as necessidades da sociedade onde está inserida.Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2013-04-29T13:45:24Z No. of bitstreams: 1 Pinto, Joelma.pdf: 5688544 bytes, checksum: 26c8743ed4f41be4e587bb9e6dd98918 (MD5)Approved for entry into archive by Maria Auxiliadora Lopes(silopes@ufba.br) on 2013-05-17T19:02:23Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Pinto, Joelma.pdf: 5688544 bytes, checksum: 26c8743ed4f41be4e587bb9e6dd98918 (MD5)Made available in DSpace on 2013-05-17T19:02:23Z (GMT). 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