Perfil de susceptibilidade de Malassezia pachydermatis frente antifúngos alopáticos e extratos de própolis vermelha, verde e marrom
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29719 |
Resumo: | A própolis é um produto apícola produzido a partir da coleta de resinas de brotos, exsudatos e outros tecidos de plantas, com adição de secreções salivares das abelhas e cera, apresentando diversificada composição química e reconhecidas funções terapêuticas e profiláticas. A própolis brasileira é atualmente classificada em 13 tipos de acordo com suas propriedades físico-químicas, origem geográfica e origem botânica, a última determinando as colorações verde, vermelha, marrom ou amarela. A técnica mais popular para a produção de extratos de própolis é a extração etanólica por maceração, mas apesar de ser um método simples e eficaz, tem desvantagens, tais como forte sabor residual e limitações de aplicação terapêutica. A extração com fluido supercrítico é um método alternativo com alto poder de seletividade, além resultar em menos resíduos poluentes. O tratamento das micoses apresenta diversos problemas, principalmente em casos crônicos, tais como efeitos colaterais, alto custo, tempo prolongado de tratamento e seleção de cepas resistentes. Malassezia pachydermatis é a levedura mais isolada em casos de otite e dermatite caninas, e o número de relatos de isolados do fungo exibindo resistência primária in vitro a drogas de uso clínico é cada vez maior. Dentro desse contexto, o presente trabalho visa avaliar o perfil de susceptibilidade in vitro de isolados clínicos de M. pachydermatis frente a extratos supercríticos e etanólicos de três tipos de própolis brasileiras (verde, vermelha e marrom) e frente a antifúngicos alopáticos comerciais. Para avaliar o perfil de susceptibilidade das leveduras utilizou-se as metodologias de difusão em ágar e microdiluição em caldo. Os valores de concentração inibitória mínima (CIM) variaram entre 8 e > 64 µg/mL para o fluconazol, entre 0,032 e 4 µg/mL para o cetoconazol, entre 0,125 e >16 µg/mL para o itraconazol, e entre 1 e 2 µg/mL para a anfotericina B. Todos os extratos de própolis apresentaram atividade antifúngica frente a todos os isolados de M. pachydermatis testados. O extrato etanólico de própolis marrom apresentou CIM ≥16 µg/mL, o etanólico verde e o etanólico vermelho e o supercrítico vermelho mostraram valores de CIM que variaram entre 4 e 8 µg/mL. Os extratos de própolis testados apresentam atividade antifúngica contra isolados de M. pachydermatis sensíveis e resistentes a antifúngicos alopáticos comerciais, e o presente estudo abre caminho para pesquisas que elucidem os principais compostos presentes nas própolis com atividade antifúngica e seus mecanismos de ação |
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Deegan, Kathleen RamosPortella, Ricardo Wagner DiasHanna, Samira AbdallahBruna, Aparecida Souza Machado2019-05-29T15:06:01Z2020-05-29T03:00:20Z2019-05-292018-02-23http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29719A própolis é um produto apícola produzido a partir da coleta de resinas de brotos, exsudatos e outros tecidos de plantas, com adição de secreções salivares das abelhas e cera, apresentando diversificada composição química e reconhecidas funções terapêuticas e profiláticas. A própolis brasileira é atualmente classificada em 13 tipos de acordo com suas propriedades físico-químicas, origem geográfica e origem botânica, a última determinando as colorações verde, vermelha, marrom ou amarela. A técnica mais popular para a produção de extratos de própolis é a extração etanólica por maceração, mas apesar de ser um método simples e eficaz, tem desvantagens, tais como forte sabor residual e limitações de aplicação terapêutica. A extração com fluido supercrítico é um método alternativo com alto poder de seletividade, além resultar em menos resíduos poluentes. O tratamento das micoses apresenta diversos problemas, principalmente em casos crônicos, tais como efeitos colaterais, alto custo, tempo prolongado de tratamento e seleção de cepas resistentes. Malassezia pachydermatis é a levedura mais isolada em casos de otite e dermatite caninas, e o número de relatos de isolados do fungo exibindo resistência primária in vitro a drogas de uso clínico é cada vez maior. Dentro desse contexto, o presente trabalho visa avaliar o perfil de susceptibilidade in vitro de isolados clínicos de M. pachydermatis frente a extratos supercríticos e etanólicos de três tipos de própolis brasileiras (verde, vermelha e marrom) e frente a antifúngicos alopáticos comerciais. Para avaliar o perfil de susceptibilidade das leveduras utilizou-se as metodologias de difusão em ágar e microdiluição em caldo. Os valores de concentração inibitória mínima (CIM) variaram entre 8 e > 64 µg/mL para o fluconazol, entre 0,032 e 4 µg/mL para o cetoconazol, entre 0,125 e >16 µg/mL para o itraconazol, e entre 1 e 2 µg/mL para a anfotericina B. Todos os extratos de própolis apresentaram atividade antifúngica frente a todos os isolados de M. pachydermatis testados. O extrato etanólico de própolis marrom apresentou CIM ≥16 µg/mL, o etanólico verde e o etanólico vermelho e o supercrítico vermelho mostraram valores de CIM que variaram entre 4 e 8 µg/mL. Os extratos de própolis testados apresentam atividade antifúngica contra isolados de M. pachydermatis sensíveis e resistentes a antifúngicos alopáticos comerciais, e o presente estudo abre caminho para pesquisas que elucidem os principais compostos presentes nas própolis com atividade antifúngica e seus mecanismos de açãoPropolis is an apicultural product produced from the collection of resins of shoots, exudates and other plant tissues, with the addition of bee´s salivary secretions and wax, presenting diverse chemical composition and recognized therapeutic and prophylactic properties. Brazilian propolis is currently classified into 13 types according to its physicochemical properties, geographical origin and botanical origin, which determines the green, red, brown or yellow stainings. The most popular technique for the production of propolis extracts is the ethanolic extraction by maceration, but although it is a simple and effective method, it has some disadvantages such as a strong residual taste and limitation on its clinical use. The extraction with supercritical fluid is an alternative method with high selectivity and presents less pollutant residues. The clinical treatment of mycoses presents several problems, especially in chronic cases, such as side effects, high cost, prolonged treatment time and selection of resistant strains. Malassezia pachydermatis is the most frequently isolated yeast in canine otitis and dermatitis cases, and the number of scientifical reports of fungal strains exhibiting primary in vitro resistance to drugs of clinical use is increasing. In this context, the present work aimed to evaluate the in vitro susceptibility profile of clinical isolates of M. pachydermatis yeast against supercritical and ethanolic extracts of three types of Brazilian propolis (green, red and brown) and commercial allopathic antifungals. To evaluate the susceptibility profile of the yeasts, the agar diffusion and the microdilution in broth methodologies were used. The minimum inhibitory concentration (MIC) values ranged from 8 to >64 μg/mL for fluconazole, between 0.032 and 4 μg/mL for ketoconazole, between 0.125 and >16 μg/mL for itraconazole, and between 1 and 2 μg/mL for amphotericin B. All propolis extracts showed antifungal activity against all M. pachydermatis isolates herein tested. Ethanolic extract of brown propolis presented MIC ≥16 μg/mL, and green ethanolic and red ethanolic and supercritical red showed MIC values that ranged between 4 and 8 μg/mL. Propolis extracts present antifungal activity against M. pachydermatis isolates that were resistant to commercial antifungal drugs, and further studies may focus the isolation of active compounds from the extracts and their mechanisms of action.Submitted by Programa de Pós-graduação em Biotecnologia (mebiotec.ufba@gmail.com) on 2019-05-27T20:09:01Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO Final.pdf: 2849814 bytes, checksum: bc5be827314063645ca23a26d07f0430 (MD5)Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2019-05-29T15:06:01Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO Final.pdf: 2849814 bytes, checksum: bc5be827314063645ca23a26d07f0430 (MD5)Made available in DSpace on 2019-05-29T15:06:01Z (GMT). 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A própolis é um produto apícola produzido a partir da coleta de resinas de brotos, exsudatos e outros tecidos de plantas, com adição de secreções salivares das abelhas e cera, apresentando diversificada composição química e reconhecidas funções terapêuticas e profiláticas. A própolis brasileira é atualmente classificada em 13 tipos de acordo com suas propriedades físico-químicas, origem geográfica e origem botânica, a última determinando as colorações verde, vermelha, marrom ou amarela. A técnica mais popular para a produção de extratos de própolis é a extração etanólica por maceração, mas apesar de ser um método simples e eficaz, tem desvantagens, tais como forte sabor residual e limitações de aplicação terapêutica. A extração com fluido supercrítico é um método alternativo com alto poder de seletividade, além resultar em menos resíduos poluentes. O tratamento das micoses apresenta diversos problemas, principalmente em casos crônicos, tais como efeitos colaterais, alto custo, tempo prolongado de tratamento e seleção de cepas resistentes. Malassezia pachydermatis é a levedura mais isolada em casos de otite e dermatite caninas, e o número de relatos de isolados do fungo exibindo resistência primária in vitro a drogas de uso clínico é cada vez maior. Dentro desse contexto, o presente trabalho visa avaliar o perfil de susceptibilidade in vitro de isolados clínicos de M. pachydermatis frente a extratos supercríticos e etanólicos de três tipos de própolis brasileiras (verde, vermelha e marrom) e frente a antifúngicos alopáticos comerciais. Para avaliar o perfil de susceptibilidade das leveduras utilizou-se as metodologias de difusão em ágar e microdiluição em caldo. Os valores de concentração inibitória mínima (CIM) variaram entre 8 e > 64 µg/mL para o fluconazol, entre 0,032 e 4 µg/mL para o cetoconazol, entre 0,125 e >16 µg/mL para o itraconazol, e entre 1 e 2 µg/mL para a anfotericina B. Todos os extratos de própolis apresentaram atividade antifúngica frente a todos os isolados de M. pachydermatis testados. O extrato etanólico de própolis marrom apresentou CIM ≥16 µg/mL, o etanólico verde e o etanólico vermelho e o supercrítico vermelho mostraram valores de CIM que variaram entre 4 e 8 µg/mL. Os extratos de própolis testados apresentam atividade antifúngica contra isolados de M. pachydermatis sensíveis e resistentes a antifúngicos alopáticos comerciais, e o presente estudo abre caminho para pesquisas que elucidem os principais compostos presentes nas própolis com atividade antifúngica e seus mecanismos de ação |
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