Conceptualização/categorização do estupro: um estudo socio-histórico-cognitivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araújo, Dalva Pereira Barreto de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36026
Resumo: A Tese, aqui resumida, teve como propósito contribuir para a compreensão de como o ESTUPRO é conceptualizado/categorizado em textos jornalísticos produzidos no Brasil entre os séculos XIX e XXI. Para tanto, o estudo teve como fonte de pesquisa o jornal O Estado de São Paulo e buscou: a) discorrer sobre a Teoria dos Modelos Cognitivos Idealizados, Teoria da Metáfora e Metonímia Conceptuais, Teoria dos Esquemas de Imagem, Semântica de Frames; b) investigar e analisar as expressões metafóricas e metonímicas e explicar a estruturação conceptual, por meio dos esquemas imagéticos; c) analisar, no espaço brasileiro, os fatos sócio-históricos, políticos, ideológicos e culturais imbricados nas conceptualizações encontradas desse ato de violência sexual; d) analisar se a diferença do gênero textual e do conceptualizador interfere na conceptualização/categorização do ESTUPRO; e) verificar manutenções, variações e mudanças no modo de conceptualizá-lo/categorizá-lo no devir do recorte temporal estabelecido; e f) apresentar as metáforas e metonímias conceptuais, os esquemas imagéticos e os frames relacionados à conceptualização/categorização do ESTUPRO a partir do corpus. Teve como aporte teórico os estudos da Linguística Cognitiva, em especial, as contribuições de Lakoff e Johnson (1980; 1999), Lakoff (1987, 1993, 2007), Johnson (1987), Barcelona (2012, 2009[1996]), Peña Cervel (2012), Fillmore (1982), Rosch (1978, 2011), Kövecses (1988, 1990, 2000, 2002, 2010, 2014, 2015), Kleiber (1995), Almeida (2021, 2020, 2018, 2016), Duque (2016), Eco (2013, 2007), Feltes (2007). Adotamos uma perspectiva interdisciplinar e propusemos uma discussão que, além de abarcar pressupostos da Linguística Cognitiva, seguiu o norte da Linguística Histórica, a partir da Semântica Cognitiva-Sócio-Histórica. Ademais, adotou, também, premissas oriundas dos estudos sobre os gêneros textuais e, por fim, recorreu a contribuições da Lexicografia (BLUTEAU, 1728; SILVA, 1789; PINTO, 1832; AURÉLIO, 1986; AULETE, 2020). Buscou, ainda, ampliar o caráter interdisciplinar, inicialmente, proposto entre diferentes vertentes da Linguística, de modo a traçar, também, diálogos com pesquisadores da História (SOARES, 1999; VIEIRA, 2011), da Geografia (CAVALCANTI, 2002), da Filosofia (DESCARTES,1996 [1595-1650]), da Biologia (INGOLD, 1995) e do Direito (VIANNA, 2002; WAITES, 2005). No que concerne ao desenho metodológico, o estudo desenvolvido foi pautado em uma metodologia qualitativa, baseada no paradigma da introspecção, de cunho descritivo-interpretativo, bibliográfico e documental. O corpus foi composto por textos jornalísticos, coletados no jornal O Estado de São Paulo, produzidos do século XIX ao XXI e foi constituído a partir de pressupostos da Teoria dos Fractais (MANDELBROT, 1983; ALMEIDA, 2020) e da Técnica da Saturação Teórica (SANTANA, 2019). Os resultados foram organizados, a partir dos domínios da experiência identificados, como os domínios FLORA e VIOLÊNCIA, e mostraram que a conceptualização/categorização do ESTUPRO é realizada por meio de diversos mapeamentos metafóricos e metonímicos, como a metáfora ESTUPRO É PERDA DA FLOR e a metonímia VIOLÊNCIA POR ESTUPRO, estruturadas por esquemas-I, a partir de variados domínios-fonte, integrantes de diferentes frames que estão interconectados e constituem o domínio ESTUPRO. Além disso, não foram observados no corpus sinais de mudança conceptual no decorrer do tempo, nem em relação ao gênero textual e ao conceptualizador, mas mudança de perspectivação, que produz especificações do conceito, ambos coexistindo em determinados períodos e promovendo a variação, como a metonímia VIOLÊNCIA POR ESTUPRO, que é encontrada em todo o período investigado, mas a especificação VIOLÊNCIA DE GÊNERO POR ESTUPRO só é encontrada no século XXI. Essa perspectivação diferenciada cria outras categorias de uma perspectivação já existente, estando relacionadas ao contexto social, cultural, histórico, político e ideológico no qual foram produzidas. Enfim, o estudo das metáforas e das metonímias, bem como dos esquemas de imagem e dos frames possibilitou a reflexão sobre as conceptualizações/categorizações do ESTUPRO no uso.
id UFBA-2_e5d10ae4b65c193d6e65dd027529847e
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/36026
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str 1932
spelling 2022-09-16T15:22:11Z2022-09-16T15:22:11Z2021-10-22https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36026A Tese, aqui resumida, teve como propósito contribuir para a compreensão de como o ESTUPRO é conceptualizado/categorizado em textos jornalísticos produzidos no Brasil entre os séculos XIX e XXI. Para tanto, o estudo teve como fonte de pesquisa o jornal O Estado de São Paulo e buscou: a) discorrer sobre a Teoria dos Modelos Cognitivos Idealizados, Teoria da Metáfora e Metonímia Conceptuais, Teoria dos Esquemas de Imagem, Semântica de Frames; b) investigar e analisar as expressões metafóricas e metonímicas e explicar a estruturação conceptual, por meio dos esquemas imagéticos; c) analisar, no espaço brasileiro, os fatos sócio-históricos, políticos, ideológicos e culturais imbricados nas conceptualizações encontradas desse ato de violência sexual; d) analisar se a diferença do gênero textual e do conceptualizador interfere na conceptualização/categorização do ESTUPRO; e) verificar manutenções, variações e mudanças no modo de conceptualizá-lo/categorizá-lo no devir do recorte temporal estabelecido; e f) apresentar as metáforas e metonímias conceptuais, os esquemas imagéticos e os frames relacionados à conceptualização/categorização do ESTUPRO a partir do corpus. Teve como aporte teórico os estudos da Linguística Cognitiva, em especial, as contribuições de Lakoff e Johnson (1980; 1999), Lakoff (1987, 1993, 2007), Johnson (1987), Barcelona (2012, 2009[1996]), Peña Cervel (2012), Fillmore (1982), Rosch (1978, 2011), Kövecses (1988, 1990, 2000, 2002, 2010, 2014, 2015), Kleiber (1995), Almeida (2021, 2020, 2018, 2016), Duque (2016), Eco (2013, 2007), Feltes (2007). Adotamos uma perspectiva interdisciplinar e propusemos uma discussão que, além de abarcar pressupostos da Linguística Cognitiva, seguiu o norte da Linguística Histórica, a partir da Semântica Cognitiva-Sócio-Histórica. Ademais, adotou, também, premissas oriundas dos estudos sobre os gêneros textuais e, por fim, recorreu a contribuições da Lexicografia (BLUTEAU, 1728; SILVA, 1789; PINTO, 1832; AURÉLIO, 1986; AULETE, 2020). Buscou, ainda, ampliar o caráter interdisciplinar, inicialmente, proposto entre diferentes vertentes da Linguística, de modo a traçar, também, diálogos com pesquisadores da História (SOARES, 1999; VIEIRA, 2011), da Geografia (CAVALCANTI, 2002), da Filosofia (DESCARTES,1996 [1595-1650]), da Biologia (INGOLD, 1995) e do Direito (VIANNA, 2002; WAITES, 2005). No que concerne ao desenho metodológico, o estudo desenvolvido foi pautado em uma metodologia qualitativa, baseada no paradigma da introspecção, de cunho descritivo-interpretativo, bibliográfico e documental. O corpus foi composto por textos jornalísticos, coletados no jornal O Estado de São Paulo, produzidos do século XIX ao XXI e foi constituído a partir de pressupostos da Teoria dos Fractais (MANDELBROT, 1983; ALMEIDA, 2020) e da Técnica da Saturação Teórica (SANTANA, 2019). Os resultados foram organizados, a partir dos domínios da experiência identificados, como os domínios FLORA e VIOLÊNCIA, e mostraram que a conceptualização/categorização do ESTUPRO é realizada por meio de diversos mapeamentos metafóricos e metonímicos, como a metáfora ESTUPRO É PERDA DA FLOR e a metonímia VIOLÊNCIA POR ESTUPRO, estruturadas por esquemas-I, a partir de variados domínios-fonte, integrantes de diferentes frames que estão interconectados e constituem o domínio ESTUPRO. Além disso, não foram observados no corpus sinais de mudança conceptual no decorrer do tempo, nem em relação ao gênero textual e ao conceptualizador, mas mudança de perspectivação, que produz especificações do conceito, ambos coexistindo em determinados períodos e promovendo a variação, como a metonímia VIOLÊNCIA POR ESTUPRO, que é encontrada em todo o período investigado, mas a especificação VIOLÊNCIA DE GÊNERO POR ESTUPRO só é encontrada no século XXI. Essa perspectivação diferenciada cria outras categorias de uma perspectivação já existente, estando relacionadas ao contexto social, cultural, histórico, político e ideológico no qual foram produzidas. Enfim, o estudo das metáforas e das metonímias, bem como dos esquemas de imagem e dos frames possibilitou a reflexão sobre as conceptualizações/categorizações do ESTUPRO no uso.The Thesis, summarized here, aimed to contribute to the understanding of how RAPE is conceptualized/categorized in journalistic texts produced in Brazil between the 19th and 21st centuries. Therefore, the study had as research source the newspaper O Estado de São Paulo and sought to: a) discuss the Theory of Idealized Cognitive Models, Theory of Conceptual Metaphor and Metonymy, Theory of Image Schemes, Frame Semantics; b) investigate and analyze metaphorical and metonymic expressions and explain conceptual structuring through imagery schemes; c) analyze, in the Brazilian space, the socio-historical, political, ideological and cultural facts intertwined in the conceptualizations found of this act of sexual violence; d) analyze whether the difference between the textual genre and the conceptualizer interferes in the conceptualization/categorization of RAPE; e) check maintenance, variations and changes in the way of conceptualizing/categorizing it in the course of the established time frame; and f) to present conceptual metaphors and metonymies, imagery schemes and frames related to the conceptualization/categorization of RAPE from the corpus. The theoretical support was the studies of Cognitive Linguistics, in particular the contributions of Lakoff and Johnson (1980; 1999), Lakoff (1987, 1993, 2007), Johnson (1987), Barcelona (2012, 2009[1996]), Peña Cervel (2012), Fillmore (1982), Rosch (1978, 2011), Kövecses (1988, 1990, 2000, 2002, 2010, 2014, 2015), Kleiber (1995), Almeida (2021, 2020, 2018, 2016), Duque (2016), Eco (2013, 2007), Feltes (2007). We adopted an interdisciplinary perspective and proposed a discussion that, in addition to embracing assumptions of Cognitive Linguistics, followed the north of Historical Linguistics, based on Cognitive-Socio-Historical Semantics. Furthermore, it also adopted premises from studies on textual genres and, finally, it resorted to contributions from Lexicography (BLUTEAU, 1728; SILVA, 1789; PINTO, 1832; AURÉLIO, 1986; AULETE, 2020). It also sought to expand the interdisciplinary character, initially proposed between different strands of Linguistics, in order to also trace dialogues with researchers from History (SOARES, 1999; VIEIRA, 2011), Geography (CAVALCANTI, 2002), Philosophy (DESCARTES, 1996 [1595-1650]), Biology (INGOLD, 1995) and Law (VIANNA, 2002; WAITES, 2005). With regard to the methodological design, the study developed was based on a qualitative methodology, based on the paradigm of introspection, with a descriptive-interpretive, bibliographical and documentary nature. The corpus was composed of journalistic texts, collected in the newspaper O Estado de São Paulo, produced from the 19th to the 21st century and was constituted from the assumptions of the Theory of Fractals (MANDELBROT, 1983; ALMEIDA, 2020) and the Theoretical Saturation Technique ( SANTANA, 2019). The results were organized from the identified domains of experience, such as the FLORA and VIOLENCE domains, and showed that the conceptualization/categorization of RAPE is carried out through several metaphorical and metonymic mappings, such as the metaphor RAPE IS LOSS OF THE FLOWER and the metonymy VIOLENCE THROUGH RAPE, structured by I-schemas, from various source domains, members of different frames that are interconnected and constitute the RAPE domain. In addition, no signs of conceptual change over time were observed in the corpus, nor in relation to the textual genre and the conceptualizer, but a change in perspective, which produces concept specifications, both coexisting in certain periods and promoting variation, such as metonymy VIOLENCE BY RAPE, which is found throughout the period investigated, but the specification GENDER VIOLENCE BY RAPE is only found in the 21st century. This differentiated perspective creates other categories of an existing perspective, being related to the social, cultural, historical, political and ideological context in which they were produced. Finally, the study of metaphors and metonymies, as well as image schemes and frames, made it possible to reflect on the conceptualizations/categorizations of RAPE in use.Submitted by navarro ramos (navarroramos@ufba.br) on 2022-08-22T12:42:30Z No. of bitstreams: 1 tese_dalva_pereira_barreto_de_araujo.pdf: 5499566 bytes, checksum: 27795fed797f4b36504d945a6279c557 (MD5)Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2022-09-16T15:22:11Z (GMT) No. of bitstreams: 1 tese_dalva_pereira_barreto_de_araujo.pdf: 5499566 bytes, checksum: 27795fed797f4b36504d945a6279c557 (MD5)Made available in DSpace on 2022-09-16T15:22:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_dalva_pereira_barreto_de_araujo.pdf: 5499566 bytes, checksum: 27795fed797f4b36504d945a6279c557 (MD5) Previous issue date: 2021-10-22porUNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAPrograma de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC) UFBABrasilInstituto de LetrasCognitive LinguisticsHistorical LinguisticsCognitive-Socio-Historical SemanticsConceptualizationCategorizationNewspapersTextual genresRapeCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTESLinguística CognitivaLinguística HistóricaSemântica Cognitiva-Sócio-HistóricaConceptualizaçãoCategorizaçãoJornaisGêneros textuaisEstuproConceptualização/categorização do estupro: um estudo socio-histórico-cognitivoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisAlmeida, A. Ariadne Domingueshttp://lattes.cnpq.br/3595025364584601Almeida, A. Ariadne DominguesMarengo, Sandro Márcio D. AlvesDuque, Paulo HenriqueSperandio, Natália ElviraSantana, Neila Maria Oliveirahttp://lattes.cnpq.br/4707040001441758Araújo, Dalva Pereira Barreto dereponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALtese_dalva_pereira_barreto_de_araujo.pdftese_dalva_pereira_barreto_de_araujo.pdfDALVA PEREIRA BARRETO DE ARAÚJOapplication/pdf5499566https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36026/1/tese_dalva_pereira_barreto_de_araujo.pdf27795fed797f4b36504d945a6279c557MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1715https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36026/2/license.txt67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90bMD52TEXTtese_dalva_pereira_barreto_de_araujo.pdf.txttese_dalva_pereira_barreto_de_araujo.pdf.txtExtracted texttext/plain1178313https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36026/3/tese_dalva_pereira_barreto_de_araujo.pdf.txt5b5a2e20d72d32a5fc028f417d809868MD53ri/360262022-09-17 02:04:03.929oai:repositorio.ufba.br:ri/36026TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZS9vdSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyAKZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gZS9vdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBwb2RlbmRvIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBICBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSAgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08sIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIApFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyBjb25jZWRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-09-17T05:04:03Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Conceptualização/categorização do estupro: um estudo socio-histórico-cognitivo
title Conceptualização/categorização do estupro: um estudo socio-histórico-cognitivo
spellingShingle Conceptualização/categorização do estupro: um estudo socio-histórico-cognitivo
Araújo, Dalva Pereira Barreto de
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
Linguística Cognitiva
Linguística Histórica
Semântica Cognitiva-Sócio-Histórica
Conceptualização
Categorização
Jornais
Gêneros textuais
Estupro
Cognitive Linguistics
Historical Linguistics
Cognitive-Socio-Historical Semantics
Conceptualization
Categorization
Newspapers
Textual genres
Rape
title_short Conceptualização/categorização do estupro: um estudo socio-histórico-cognitivo
title_full Conceptualização/categorização do estupro: um estudo socio-histórico-cognitivo
title_fullStr Conceptualização/categorização do estupro: um estudo socio-histórico-cognitivo
title_full_unstemmed Conceptualização/categorização do estupro: um estudo socio-histórico-cognitivo
title_sort Conceptualização/categorização do estupro: um estudo socio-histórico-cognitivo
author Araújo, Dalva Pereira Barreto de
author_facet Araújo, Dalva Pereira Barreto de
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Almeida, A. Ariadne Domingues
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3595025364584601
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Almeida, A. Ariadne Domingues
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Marengo, Sandro Márcio D. Alves
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Duque, Paulo Henrique
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Sperandio, Natália Elvira
dc.contributor.referee5.fl_str_mv Santana, Neila Maria Oliveira
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4707040001441758
dc.contributor.author.fl_str_mv Araújo, Dalva Pereira Barreto de
contributor_str_mv Almeida, A. Ariadne Domingues
Almeida, A. Ariadne Domingues
Marengo, Sandro Márcio D. Alves
Duque, Paulo Henrique
Sperandio, Natália Elvira
Santana, Neila Maria Oliveira
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
topic CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
Linguística Cognitiva
Linguística Histórica
Semântica Cognitiva-Sócio-Histórica
Conceptualização
Categorização
Jornais
Gêneros textuais
Estupro
Cognitive Linguistics
Historical Linguistics
Cognitive-Socio-Historical Semantics
Conceptualization
Categorization
Newspapers
Textual genres
Rape
dc.subject.por.fl_str_mv Linguística Cognitiva
Linguística Histórica
Semântica Cognitiva-Sócio-Histórica
Conceptualização
Categorização
Jornais
Gêneros textuais
Estupro
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Cognitive Linguistics
Historical Linguistics
Cognitive-Socio-Historical Semantics
Conceptualization
Categorization
Newspapers
Textual genres
Rape
description A Tese, aqui resumida, teve como propósito contribuir para a compreensão de como o ESTUPRO é conceptualizado/categorizado em textos jornalísticos produzidos no Brasil entre os séculos XIX e XXI. Para tanto, o estudo teve como fonte de pesquisa o jornal O Estado de São Paulo e buscou: a) discorrer sobre a Teoria dos Modelos Cognitivos Idealizados, Teoria da Metáfora e Metonímia Conceptuais, Teoria dos Esquemas de Imagem, Semântica de Frames; b) investigar e analisar as expressões metafóricas e metonímicas e explicar a estruturação conceptual, por meio dos esquemas imagéticos; c) analisar, no espaço brasileiro, os fatos sócio-históricos, políticos, ideológicos e culturais imbricados nas conceptualizações encontradas desse ato de violência sexual; d) analisar se a diferença do gênero textual e do conceptualizador interfere na conceptualização/categorização do ESTUPRO; e) verificar manutenções, variações e mudanças no modo de conceptualizá-lo/categorizá-lo no devir do recorte temporal estabelecido; e f) apresentar as metáforas e metonímias conceptuais, os esquemas imagéticos e os frames relacionados à conceptualização/categorização do ESTUPRO a partir do corpus. Teve como aporte teórico os estudos da Linguística Cognitiva, em especial, as contribuições de Lakoff e Johnson (1980; 1999), Lakoff (1987, 1993, 2007), Johnson (1987), Barcelona (2012, 2009[1996]), Peña Cervel (2012), Fillmore (1982), Rosch (1978, 2011), Kövecses (1988, 1990, 2000, 2002, 2010, 2014, 2015), Kleiber (1995), Almeida (2021, 2020, 2018, 2016), Duque (2016), Eco (2013, 2007), Feltes (2007). Adotamos uma perspectiva interdisciplinar e propusemos uma discussão que, além de abarcar pressupostos da Linguística Cognitiva, seguiu o norte da Linguística Histórica, a partir da Semântica Cognitiva-Sócio-Histórica. Ademais, adotou, também, premissas oriundas dos estudos sobre os gêneros textuais e, por fim, recorreu a contribuições da Lexicografia (BLUTEAU, 1728; SILVA, 1789; PINTO, 1832; AURÉLIO, 1986; AULETE, 2020). Buscou, ainda, ampliar o caráter interdisciplinar, inicialmente, proposto entre diferentes vertentes da Linguística, de modo a traçar, também, diálogos com pesquisadores da História (SOARES, 1999; VIEIRA, 2011), da Geografia (CAVALCANTI, 2002), da Filosofia (DESCARTES,1996 [1595-1650]), da Biologia (INGOLD, 1995) e do Direito (VIANNA, 2002; WAITES, 2005). No que concerne ao desenho metodológico, o estudo desenvolvido foi pautado em uma metodologia qualitativa, baseada no paradigma da introspecção, de cunho descritivo-interpretativo, bibliográfico e documental. O corpus foi composto por textos jornalísticos, coletados no jornal O Estado de São Paulo, produzidos do século XIX ao XXI e foi constituído a partir de pressupostos da Teoria dos Fractais (MANDELBROT, 1983; ALMEIDA, 2020) e da Técnica da Saturação Teórica (SANTANA, 2019). Os resultados foram organizados, a partir dos domínios da experiência identificados, como os domínios FLORA e VIOLÊNCIA, e mostraram que a conceptualização/categorização do ESTUPRO é realizada por meio de diversos mapeamentos metafóricos e metonímicos, como a metáfora ESTUPRO É PERDA DA FLOR e a metonímia VIOLÊNCIA POR ESTUPRO, estruturadas por esquemas-I, a partir de variados domínios-fonte, integrantes de diferentes frames que estão interconectados e constituem o domínio ESTUPRO. Além disso, não foram observados no corpus sinais de mudança conceptual no decorrer do tempo, nem em relação ao gênero textual e ao conceptualizador, mas mudança de perspectivação, que produz especificações do conceito, ambos coexistindo em determinados períodos e promovendo a variação, como a metonímia VIOLÊNCIA POR ESTUPRO, que é encontrada em todo o período investigado, mas a especificação VIOLÊNCIA DE GÊNERO POR ESTUPRO só é encontrada no século XXI. Essa perspectivação diferenciada cria outras categorias de uma perspectivação já existente, estando relacionadas ao contexto social, cultural, histórico, político e ideológico no qual foram produzidas. Enfim, o estudo das metáforas e das metonímias, bem como dos esquemas de imagem e dos frames possibilitou a reflexão sobre as conceptualizações/categorizações do ESTUPRO no uso.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-10-22
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-09-16T15:22:11Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-09-16T15:22:11Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36026
url https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36026
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC) 
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFBA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto de Letras
publisher.none.fl_str_mv UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36026/1/tese_dalva_pereira_barreto_de_araujo.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36026/2/license.txt
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36026/3/tese_dalva_pereira_barreto_de_araujo.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 27795fed797f4b36504d945a6279c557
67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90b
5b5a2e20d72d32a5fc028f417d809868
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808459650981429248