O Papel das Variantes não Econômicas na Formação dos Espaços Urbanos: o caso da área Recifiense de Casa Forte

• Autor(a) principal: Melo, Norma Moura Lacerda de
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Organizações & Sociedade (Online)
• Texto Completo: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/10227
• topic: Desenvovimento urbano. Estraturação e formação de espaços urbanos. Variáveis simbólicas e econômicas. Interesses fundiários e imobiliários. Grupos sociais e conflitos de interesses.

Os valores simbólicos inerentes às diversas zonas da cidade desempenham um importante papel no funcionamento do mercado imobiliário. Para compreensão de tais valores elegemos como área de estudo o conjunto de localidades urbanas recifenses conhecido pela designação toponímica do bairro de Casa Forte. As especificidades que o individualizam, conferindo-se identidade própria, confere-se aos seus elementos naturais, históricos e sócio-culturais. Tudo contribuindo para que tal identidade se revele também nas características da sociedade: uma classe média e uma alta burquesia. Essa particularidade vislumbra-se ainda: i) na expressividade das relações entre as pessoas e entre os grupos sociais, ii) nas motivações das trajetórias sócio-espaciais percorridas pelos moradores, iii) na significação que boa parte das pessoas empresta ao fato de residir no bairro e iv) na consequnte formação de um certo sentimento comunitário, não raro traduzido em atitudes de defesas de valores locais. Mas, o essencial, no caso de Casa Forte é que o processo de apropriação do bairro participa da criação e recriação de valores simbólicos imobiliários em forma de equivalentes monetários.