Esquizografias anedípicas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFABC |
Texto Completo: | http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=122502 |
Resumo: | Orientador: Prof. Dr. André Luis La Salvia |
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Esquizografias anedípicasESQUIZOFRENIAINCONSCIENTESCHIZOPHRENIAUNCONSCIOUSPROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM FILOSOFIAESQUIZOANÁLISEPSICANÁLISE FREUDIANAPULSÃOSCHIZOANALYSISFREUDIAN PSYCHOANALYSISDRIVEOrientador: Prof. Dr. André Luis La SalviaDissertação (mestrado) - Universidade Federal do ABC, Programa de Pós Graduação em Filosofia. São Bernardo do Campo, 2021Esta pesquisa-texto traça um movimento duplo que se ocupa tanto da sua forma de escrita como de seu conteúdo, sendo que trata daquilo que ressoa da leitura de O anti-Édipo de Deleuze e Guattari, em fricção com a metapsicologia freudiana, especialmente ao que tange os conceitos de inconsciente e pulsão (sexual). Nessa tensão, se costura um plano de imanência para os conceitos aqui recortados e forjados, amalgamados por uma certa autoteoria que reconduz uma multiplicidade de situações para essa enxurrada singularizante dita esquizográfica e anedípica. Se reconhece nisso um método no anti-Édipo, que possui como característica o esgotamento do estilo e a produção de uma agramaticalidade esquizofrênica que busca se presentificar aqui. Formula-se assim uma clínica dos desvios e das conjunturas, que permite constatar que a esquizo-análise não é uma anti-psicanálise: esquizofrenizar a psicanálise é verificar as mobilizações que o processo esquizofrênico causa na centralidade representativa de Édipo, promovendo assim o esquizo como personagem conceitual e potência instauradora do real, que fazem cair a condição da perda da realidade: transpassagem. Posteriormente, os impasses entre um inconsciente maquínico e o inconsciente representativo freudiano são tratados de maneira a se legitimar um inconsciente que existe para fora de uma interioridade do sujeito (derramamento social), configurando uma autopoiesis da produção desejante que operacionaliza as máquinas desejantes e a subjetividade. Chega-se então ao corpo, onde se estabelecem pontos de ligação entre o corpo pulsional caracterizado principalmente pelos processos de investimento da pulsão sexual que constitui um corpo perverso polimorfo, fragmentado e indiferenciado entre seu dentro e o fora. Estes processos nos aproximam do corpo sem órgãos, tanto de seu aspecto imanente, de uma superfície deslizante e improdutiva que permite o investimento e produção das próprias pulsões e das máquinas desejantes; como de seu aspecto experimental, da possibilidade de se recortar a potência de um corpo esquizo tornando-o vivo e existente. E numa vastidão incompleta essa pesquisa-texto se encerra, vinculando a pulsão e o inconsciente à existência e ao real. A pulsão diz tanto da possibilidade de ser investida livremente em distintos campos de força que não condizem com uma premeditação ou uma origem de seus fluxos inconscientes, como diz desta condição de que um corpo não é um organismo a espera de ser emulado, mas sim um corpo com a necessidade de ser injetado de libido para se criar uma condição de acoplamento entre suas distintas partes e o mundo, para se criar uma condição ímpar de existência: um corpo sem órgãos. E o inconsciente não é uma força apartada disso tudo, ele é também o óleo destas máquinas desejantes e os fluidos destes corpos, ele é como uma força de povoamento de exílios e desertos, sendo que ele não é o atingimento destas ações, mas uma carga-múltipla que se coloca neste processo de povoamento - uma força.This text-research traces a double movement that concerns both its form of writing and its content, dealing with what resonates with the reading of Deleuze and Guattari's anti-Oedipus, in friction with freudian metapsychology, especially to what touch the concepts of unconscious and (sexual) drive. In this tension, a plan of immanence is sewn up for the concepts cut and forged here, amalgamated by a certain self-theory that brings back a multiplicity of situations to this singularizing stream called schizographic and anoedipic. This is recognized as a method in the anti-Oedipus, whose characteristic is the exhaustion of style and the production of a schizophrenic agramaticality that seeks to become present here. In this way, a clinic of deviations and conjunctures is formulated, which shows that schizoanalysis is not anti-psychoanalysis: schizophrenizing psychoanalysis is verifying the mobilizations that the schizophrenic process causes in the representative centrality of Oedipus, thus promoting schizophrenia as conceptual character and establishing power of the real, which bring down the condition of the loss of reality: overpass. Subsequently, the impasses between a machinic unconscious and the freudian representative unconscious are treated in such a way as to legitimize an unconscious that exists outside an interiority of the subject (social outpouring), configuring an autopoiesis of the desiring production that operationalizes the desiring machines and subjectivity .The body is then reached, where connection points are established between the drive body, characterized mainly by the investment processes of the sexual drive, which constitutes a polymorphous perverse body, fragmented and undifferentiated between its inside and outside. These processes bring us closer to the body without organs, both to its immanent aspect, to a sliding and unproductive surface that allows the investment and production of the drives and desiring machines; as well as its experimental aspect, the possibility of cutting out the power of a schizophrenic body making it alive and existing. And in an incomplete vastness, this text-research ends, linking the drive and the unconscious to existence and reality. The drive says so much about the possibility of being invested freely in different fields of force that do not match a premeditation or an origin of its unconscious flows, as it says of this condition that a body is not an organism waiting to be emulated, but rather a body with the need to be injected with libido to create a condition of coupling between its different parts and the world, to create a unique condition of existence: a body without organs. And the unconscious is not a force apart from all of that, it is also the oil of these desiring machines and the fluids of these bodies, it is like a force to populate exiles and deserts, being that it is not the attainment of these actions, but a burden - multiple that is put in this process of settlement - a force.La Salvia, André LuisSilva, Cíntia Vieira daSchiavon, Joao PerciUniversidade Federal do ABCSilva, Juan Alexander Salazar2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf117 f : il.http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=122502http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=122502&midiaext=79931http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=122502&midiaext=79932Cover: http://biblioteca.ufabc.edu.br/php/capa.php?obra=122502porreponame:Repositório Institucional da UFABCinstname:Universidade Federal do ABC (UFABC)instacron:UFABCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-14T11:16:03Zoai:BDTD:122502Repositório InstitucionalPUBhttp://www.biblioteca.ufabc.edu.br/oai/oai.phpopendoar:2024-08-14T11:16:03Repositório Institucional da UFABC - Universidade Federal do ABC (UFABC)false |
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