Agressividade em Educação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Dialectus |
Texto Completo: | http://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/5109 |
Resumo: | O objetivo do presente artigo é expor a leitura que a psicanálise lacaniana levanta acerca das causas que levam à irrupção da agressividade, principalmente em razão do caráter frequente deste fenômeno em educação. Sendo o método utilizado basicamente o dissertativo, procurou-se ressaltar a dimensão filosófica do problema. O próprio Lacan se apropria do legado hegeliano e marxista para desdobrar a tese da agressividade enquanto realização de uma dinâmica instaurada a partir do olhar e que tem o seu modus operandi nos movimentos de alienação e de desalienação. A agressividade, ilustrada, por exemplo, pelas injúrias sofridas pelos professores mostra-se como tentativa de provocar a queda do Outro, queda essa tida como objeto a cujo modo de aparição é regulado pelo complexo de Édipo. Isto é, tanto o modo como se inscrevem as figuras de autoridade parentais nas cadeias significantes de que é composto o sujeito quanto o modo como essa inscrição molda as possibilidades existenciais de articulação com o sexo oposto seriam chave para antevermos em que medida o sujeito faz uso da agressividade. Nessa medida, o complexo de Édipo, reinvestido pelo acontecimento da puberdade, seria responsável pelo deslocamento da libido ora para o Outro ora para o próprio sujeito. O Outro, no desdobramento teórico de Lacan que se segue à década de 60, compreende tanto as escolhas identificatórias quanto aquilo que escapa a qualquer identificação. O Outro, por exemplo, na figura do professor, tem tanto o papel de se posicionar enquanto tal e assim gerar intuitivamente um processo de identificação, quanto o delicado papel de sustentar a dialética que surge no momento em que o Outro cai, momento esse que frequentemente se segue à identificação e que acontece junto a um gozo capaz de desvelar o objeto a. Muito embora o papel em educação não seja manter uma ausculta a esse objeto, a educação pode fazer com que esse objeto não seja excluído e seja contornado junto ao advento de singularidades. Neste momento, a explicitação das regras através das quais a educação se constitui assim como a empatia do educador aparecem como instrumentos fundamentais na educação tanto quanto a própria matéria a ser ensinada. Do texto, depreendemos a seguinte conclusão: acerca da necessidade de causarmos a colocação da agressividade na fala como via de conquista do processo de desalienação conjugada com uma possibilidade de sustentação do desejo. |
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