Longa duração, análise (pós-)fílmica e o texto ainda inencontrável. Um estudo de As mil e uma noites (2015) e Canção para um triste mistério (2016)
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Passagens |
Texto Completo: | http://periodicos.ufc.br/passagens/article/view/30963 |
Resumo: | O presente artigo pretende refletir sobre as estratégias para a análise fílmica a partir do enfrentamento com dois filmes de duração superior a 400 minutos: As mil e uma noites (2015), de Miguel Gomes, e Canção para um triste mistério (2016), de Lav Diaz. Filmes de longa duração podem deixar o analista que se propõe a estudá-los em uma posição incômoda, frente a uma série de problemas. Como encontrar tempo para ver, rever, localizar fotogramas, citar, comparar um filme com os anteriores? Como traduzir, pela descrição textual acompanhada da reprodução de alguns fotogramas, a experiência da duração? Mesmo quando é possível exibir um trecho em um colóquio ou incluí-lo no texto, os efeitos de repetição e acumulação que as imagens adquirem ao longo do visionamento completo esvaem-se, atualizando o paradoxo descrito por Bellour (1979). Como o analista pode analisar um e outro filmes? |
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Longa duração, análise (pós-)fílmica e o texto ainda inencontrável. Um estudo de As mil e uma noites (2015) e Canção para um triste mistério (2016)Filmes de longa duraçãoLav DiazMiguel GomesO presente artigo pretende refletir sobre as estratégias para a análise fílmica a partir do enfrentamento com dois filmes de duração superior a 400 minutos: As mil e uma noites (2015), de Miguel Gomes, e Canção para um triste mistério (2016), de Lav Diaz. Filmes de longa duração podem deixar o analista que se propõe a estudá-los em uma posição incômoda, frente a uma série de problemas. Como encontrar tempo para ver, rever, localizar fotogramas, citar, comparar um filme com os anteriores? Como traduzir, pela descrição textual acompanhada da reprodução de alguns fotogramas, a experiência da duração? Mesmo quando é possível exibir um trecho em um colóquio ou incluí-lo no texto, os efeitos de repetição e acumulação que as imagens adquirem ao longo do visionamento completo esvaem-se, atualizando o paradoxo descrito por Bellour (1979). Como o analista pode analisar um e outro filmes?Universidade Federal do Ceará2017-12-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.ufc.br/passagens/article/view/30963Passagens: Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Ceará; Vol. 8 No. 2 (2017); 112-134Passagens: Periódico del Programa de Posgrado en Comunicación de la UFC; Vol. 8 Núm. 2 (2017); 112-134Passagens: Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Ceará; v. 8 n. 2 (2017); 112-1342179-9938reponame:Revista Passagensinstname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFCporhttp://periodicos.ufc.br/passagens/article/view/30963/71567Copyright (c) 2017 Passagensinfo:eu-repo/semantics/openAccessMonteiro, Lúcia Ramos2018-12-01T18:56:17Zoai:periodicos.ufc:article/30963Revistahttp://periodicos.ufc.br/passagens/PUBhttp://periodicos.ufc.br/passagens/oaipassagensufc@gmail.com2179-99382179-9938opendoar:2018-12-01T18:56:17Revista Passagens - Universidade Federal do Ceará (UFC)false |
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