GEOGRAFIAS CULTURAIS MAIS-QUE-HUMANAS RUMO AO COABITAR NA TERRA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza Júnior,Carlos Roberto Bernardes de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Mercator (Fortaleza. Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-22012021000100209
Resumo: Resumo Fundado como contraponto ao dualismo cultura-natureza, o conceito de mais-que-humano refere-se aos mundos dos diferentes seres que coabitam a terra, de forma a incluir e exceder às sociedades humanas. Embasados em tal noção e em diferentes perspectivas filosóficas, como pós-fenomenologias, teorias não-representacionais, eco-feminismos e pós-humanismos, os geógrafos culturais têm se interessado emampliar suas interpretações para decifrar as multiplicidades espaciais do habitar no Antropoceno. Neste ensaio objetiva-se caracterizar as Geografias Culturais mais-que-humanas efetivadas nos países anglófonos. Essas Geografias recorrem a procedimentos inter/transdisciplinares com práticas artísticas, literárias, narrativas e experimentais. Tais abordagens possibilitam que práticas geográficas artísticas, narrativas e criativas oportunizem a imersão e expressão de mundos partilhados. Os estudos vitais, atmosféricos, afetivos e corporificados realizados por esses geógrafos revelam complexos arranjos de co-vulnerabilidades e reciprocidade multi-espécie vividos nos lugares em tensão na contemporaneidade. A compreensão dessas tessituras do coabitar terrestre pode permitir-nos decifrar grafias da terra que contraponham ao excepcionalismo humano hegemônico.
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