Avaliação do uso de diferentes doses de toxina botulínica em pacientes com pé equino pós-acidente vascular encefálico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/15737 |
Resumo: | Introdução: A toxina botulínica tipo A (TbA), uma das mais potentes toxinas biológicas, age através do bloqueio da transmissão neuromuscular via inibição da liberação de acetilcolina e é um tratamento bem-estabelecido para espasticidade pós-AVE, apesar de variações entre os protocolos de doses em diferentes centros. Espasticidade é um dos fatores que interferem no processo de reabilitação funcional após acidente vascular encefálico (AVE). Ela surge por causa da perda da inibição do reflexo miotático, resultante de lesão do neurônio motor superior. O pé equino é comum na espasticidade de membro inferior depois do AVE e sua instalação piora o padrão de marcha e a independência funcional. O objetivo desse estudo é avaliar os efeitos da TbA em diferentes doses sobre o pé espástico de pacientes com sequela de AVE inseridos em programa de reabilitação e sobre a velocidade de marcha e independência funcional desses pacientes. Metodologia: Este estudo foi realizado através de ensaio randomizado, prospectivo e duplo cego. Foram recrutados pacientes com diagnóstico de AVE (isquêmico ou hemorrágico) com período pós-AVE de pelo menos seis meses e hemiparesia com pé equino espástico (escore Ashworth 3 ou 4 em uma escala de 0 a 5). Vinte e um pacientes hemiparéticos pós-AVE inseridos em programa de reabilitação foram divididos em dois grupos. O primeiro grupo (n=11) recebeu aplicação de 300UI de TbA no pé espástico e o segundo grupo (n=10) recebeu 100UI de TbA. Todos os pacientes foram avaliados no tempo zero e 2, 4, 8 e 12 semanas após a injeção quanto aos seguintes parâmetros: amplitude de movimento passivo da articulação do tornozelo, escala de Ashworth modificada, tempo para andar 10 metros, escore clônus de aquileu e escore motor da Medida de Independência Funcional (MIFm). Resultados: O grupo 300UI TbA teve melhora significativa da amplitude de movimento na 12ª semana (p=0,021) e da escala de Ashworth nas 8ª (p=0,012) e 12ª (p < 0,0001) semanas em comparação ao grupo 100UI TbA. Houve tendência à melhora do escore clônus na 12ª semana no grupo 300UI TbA. Ambos os grupos apresentaram melhora durante o estudo no tempo para andar 10 metros e da MIFm sem diferença significativa entre eles. Não foram observados efeitos adversos significativos no decorrer do estudo. Conclusões: TbA é uma importante ferramenta na reabilitação pós-AVE para melhora dos parâmetros de espasticidade, mas não houve diferença significativa entre dose alta e baixa de TbA para parâmetros funcionais (velocidade de marcha e independência funcional), na amostra analisada. Estudos futuros com um número maior de pacientes e avaliação de resposta a reaplicações de TbA são necessários para confirmação desses achados. |
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Avaliação do uso de diferentes doses de toxina botulínica em pacientes com pé equino pós-acidente vascular encefálicoDifferent doses of botulinum toxin in spastic equinus foot of poststroke patientsToxinas Botulínicas Tipo AAcidente Vascular CerebralEspasticidade MuscularIntrodução: A toxina botulínica tipo A (TbA), uma das mais potentes toxinas biológicas, age através do bloqueio da transmissão neuromuscular via inibição da liberação de acetilcolina e é um tratamento bem-estabelecido para espasticidade pós-AVE, apesar de variações entre os protocolos de doses em diferentes centros. Espasticidade é um dos fatores que interferem no processo de reabilitação funcional após acidente vascular encefálico (AVE). Ela surge por causa da perda da inibição do reflexo miotático, resultante de lesão do neurônio motor superior. O pé equino é comum na espasticidade de membro inferior depois do AVE e sua instalação piora o padrão de marcha e a independência funcional. O objetivo desse estudo é avaliar os efeitos da TbA em diferentes doses sobre o pé espástico de pacientes com sequela de AVE inseridos em programa de reabilitação e sobre a velocidade de marcha e independência funcional desses pacientes. Metodologia: Este estudo foi realizado através de ensaio randomizado, prospectivo e duplo cego. Foram recrutados pacientes com diagnóstico de AVE (isquêmico ou hemorrágico) com período pós-AVE de pelo menos seis meses e hemiparesia com pé equino espástico (escore Ashworth 3 ou 4 em uma escala de 0 a 5). Vinte e um pacientes hemiparéticos pós-AVE inseridos em programa de reabilitação foram divididos em dois grupos. O primeiro grupo (n=11) recebeu aplicação de 300UI de TbA no pé espástico e o segundo grupo (n=10) recebeu 100UI de TbA. Todos os pacientes foram avaliados no tempo zero e 2, 4, 8 e 12 semanas após a injeção quanto aos seguintes parâmetros: amplitude de movimento passivo da articulação do tornozelo, escala de Ashworth modificada, tempo para andar 10 metros, escore clônus de aquileu e escore motor da Medida de Independência Funcional (MIFm). Resultados: O grupo 300UI TbA teve melhora significativa da amplitude de movimento na 12ª semana (p=0,021) e da escala de Ashworth nas 8ª (p=0,012) e 12ª (p < 0,0001) semanas em comparação ao grupo 100UI TbA. Houve tendência à melhora do escore clônus na 12ª semana no grupo 300UI TbA. Ambos os grupos apresentaram melhora durante o estudo no tempo para andar 10 metros e da MIFm sem diferença significativa entre eles. Não foram observados efeitos adversos significativos no decorrer do estudo. Conclusões: TbA é uma importante ferramenta na reabilitação pós-AVE para melhora dos parâmetros de espasticidade, mas não houve diferença significativa entre dose alta e baixa de TbA para parâmetros funcionais (velocidade de marcha e independência funcional), na amostra analisada. Estudos futuros com um número maior de pacientes e avaliação de resposta a reaplicações de TbA são necessários para confirmação desses achados.Background: Botulinum toxin type A (BTX-A), one of the most potent biological toxins, acts by blocking neuromuscular transmission via inhibiting acetylcholine release and is a well-known treatment for poststroke spasticity, despite some variations among dose protocols. Spasticity is one of the factors that affect the functional rehabilitation process in stroke. Spasticity arises from the loss of myotatic reflex inhibition, resulting from upper motor neuron lesion. Equinus foot is common in lower limb spasticity after stroke worsening gait pattern and functional independence. The objective of this study is to evaluate the effects of BTX-A different doses on spastic foot in stroke patients in rehabilitation programme and on gait velocity and functional independence of these patients. Methods: This study was a randomized, prospective and double blind trial. Patients were recruited if they had diagnosis of stroke (ischemic or hemorrhagic) with a poststroke period of at least six months and hemiparesis with spastic equinus foot (Ashworth score 3 or 4 in a range from 0 to 5). Twenty-one hemiparetic stroke patients enrolled in a rehabilitation programme were divided into two groups. The first group (n=11) received BTX-A 300UI in spastic foot and the second group (n=10) received BTX-A 100UI. All patients were assessed at baseline and 2, 4, 8 and 12 weeks after injection for passive range of motion for ankle joint, Modified Ashworth Score, time walking 10 meters, clonus score and motor score of Functional Independence Measure (mFIM). Results: Higher dose group had significant improvement in range of motion on week 12 (p=0,021) and in Ashworth score on weeks 8 (p=0,012) and 12 (p < 0,0001) compared with lower dose group. There was slight improvement in clonus score in higher dose group on week 12 without statistical significance. Both groups had improvement in time walking 10 meters and mFIM without significant difference between them in the analyzed sample. There was no significant adverse effect. Conclusions: BTX-A is an important tool in poststroke rehabilitation for spasticity parameters improvement, but there was no significant difference between high and low doses of BTX-A for gait velocity neither for functional independence in the analyzed sample. Future studies with larger number of patients and evaluation of response to BTX-A reapplications are necessary to confirm these findings.Sousa, Francisca Cléa Florenço dePimentel, Leonardo Halley Carvalho2016-03-28T11:49:10Z2016-03-28T11:49:10Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfPIMENTEL, Leonardo Halley Carvalho. Avaliação do uso de diferentes doses de toxina botulínica em pacientes com pé equino pós-acidente vascular encefálico. 2013. 157 f. Tese (Doutorado em Farmacologia) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2013.http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/15737porreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)instname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-10-24T11:47:09Zoai:repositorio.ufc.br:riufc/15737Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufc.br/ri-oai/requestbu@ufc.br || repositorio@ufc.bropendoar:2024-09-11T18:19:06.680853Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Universidade Federal do Ceará (UFC)false |
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