Resíduos da picaresca espanhola no Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Maria Milene Peixoto de
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/33212
Resumo: As marcas da influência ibérica são bastante evidentes na formação da cultura nacional brasileira. Essa contribuição pode ser observada, de maneira significativa, na produção literária de diversos escritores, principalmente, de alguns nordestinos. O Nordeste, por conta de sua história peculiar, tornou-se ambiente propicio tanto para a observação da permanência de marcas dessa influência como dos processos através dos quais se transformam e alcançam características próprias. Assim, o presente trabalho tem como objetivo investigar a presença do romance picaresco espanhol na literatura do Nordeste brasileiro. O cotejo concentrar-se-á, especialmente, na obra teatral do escritor paraibano Ariano Suassuna e, nesta, na presença recorrente do personagem pícaro, que surge na Espanha do Século de Ouro como protagonista do romance picaresco, natural daquele ambiente e época literárias. A escolha se dá em função de indícios existentes de fortes reminiscências da literatura espanhola do período aludido na obra do dramaturgo, muito especialmente, em algumas de suas obras teatrais. Estas se nutrem, particularmente, do romanceiro popular nordestino, no qual estão presentes os conhecidos amarelinhos ou quengos, versão do pícaro brasileiro. Suassuna é ainda leitor da literatura espanhola picaresca que, por sua vez, também assenta raízes no domínio das tradições populares orais ibéricas. Dessa forma, estabelecer-se-á um cotejo entre uma das obras do teatro popular escolarizado suassuniano, o Auto da Compadecida, e obras da picaresca espanhola, entre as quais, destacar-se-á, muito especialmente, o anônimo Lazarillo de Tormes, publicado em meados do século XVI. O aporte teórico de nosso estudo é a Teoria da Residualidade, sistematizada por Roberto Pontes.
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