Ditos(mau)ditos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/47195 |
Resumo: | E eu lá tenho tempo para dizer que te amo, diria, certa vez, Barbara A'Calixto Não tenho vida nem lembranças para saltar os buracos da memória, pois não serei eterno o suficiente para sonhar os lugares sagrados ou acordar as divindades mortas. Os deuses dançam? Os deuses mentem? Os deuses tramam contra as forças da história? Os deuses punem os mortais? Quem criou os deuses? O homem é o criador de deus ou o próprio deus criador? Somos jogados no mundo com a eterna marca da piedade cristã. Somos fragilizados nos limites de nossa generosidade e respeito aos diferentes modos de viver, sentir e sonhar. Somos seres de cultura e, como tal, lançados ao lodo de uma sórdida e miraculosa vontade de verdade. Isso pode simplesmente operacionalizar o esconderijo de nossos segredos mais profundos, o que simplesmente nos tornaria humanos. Esse segredo é a nossa passionalidade. Rompê-Ia significa simplesmente romper o elo que une o ser-humano ao não-ser-humano e ao demasiadamente humano. Ditos(mau)ditos da filosofia é um alerta aos filósofos do nosso tempo. A radicalidade toma lugar na filosofia. Não podemos transformá-Ia em um punhado de signos e regras que tomam forma em determinados enunciados lógicos. A filosofia deve se fazer viva, impetuosa com os seus pares e acontecimentos hodiernos. É o presente que nos interessa. É a realidade que se enverga, retorce, distorce, desmancha ou desencarna para dar lugar aos segredos da vida e da existência. A humanidade se encontra nua. Destituída de sonhos e saudosa de suas perdas. Toma o seu lugar e roga ao consolo de seus pares.[...]Esse livro - ditos(mau)ditos - lançado ao grande público é um esforço coletivo dos alunos da disciplina de Correntes Modernas da Filosofia, do Programa de Pós-Graduação, da Faculdade de Educação, da Universidade Federal do Ceará - Mestrado e Doutorado e outros participantes - que, tendo ou não a identidade intelectual de filósofos, correm o rico, e, nesse caso, procuram pensar a nossa temporal idade. Os "não-filósofos" tornam-se filósofos. Os malditos da filosofia vivificam-se nos novos códigos, signos e conceitos. É um belo esforço e digno de apreço.[...] |
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