Rodolfo Teófilo: o sertanejo entre o ideal e a raça
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/42347 |
Resumo: | A categoria sertão comporta múltiplas representações, vincadas no imaginário e na experiência histórica brasileira, pelo fato de possuir “um enorme poder de evocação de imagens, sentimentos, raciocínios, sentidos.” (BARBOSA, 2000:33). Para além de ser o espaço do inculto, do primitivo, do intocado, é também o espaço da revolta, da rebeldia, da insurreição e da insubordinação contra o poder constituído (CASTELO, 2002). O sertão também é o espaço de uma tradição política atrasada, imersa no favoritismo e no clientelismo de uma elite local que atravanca a modernização do país. E muito mais: é o espaço das “tradições e costumes antigos”, das festas populares, do cordel, da religiosidade “lírica”, quase profana, beirando o “fanatismo”. O sertão da miséria e da seca, da “indústria da seca”. Espaço qualificado fora de si mesmo, sempre em relação ao espaço que lhe opõe: à cidade, ao litoral, ao “que é delicado, cultivado e civilizado.” (BARBOSA, 2000: 38) Até o século XIX o sertão era tido não como um lugar delimitado, política e geograficamente, mas como um “lugar do outro”, daqueles que se encontravam longe da civilização, lá onde não alcança a letra e a norma, inculto, no duplo sentido de ser sem “indústria” e sem saber. [...] |
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