Estudo comparativo da associação do vírus de Epstein-barr com o linfoma de Hodgkin clássico em adultos : estudo imunohistoquímico e por hibridização in situ de casos do Ceará (Brasil) e França

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Marília Taumaturgo
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/1887
Resumo: A associação do Linfoma de Hodgkin Clássico (LHc) com o vírus de Epstein-Barr (EBV) tem sido observada em vários países de diferentes condições sócio - econômicas. Recentemente usando-se técnica de Imunohistoquímica (IHQ) e Hibridização in situ (HIS) porções virais foi encontrada exclusivamente nas células características do Linfoma de Hodgkin que são as chamadas células de Reed-Sternberg (RS) e suas variantes chamadas células Hodgkin (H). Empregando estas técnicas nosso trabalho foi realizado de modo a fazer uma análise comparativa de uma amostra de 118 casos de origem do Ceará - Nordeste do Brasil e de diferentes regiões da França, sendo todos os pacientes de faixa etária entre 18 e 64 anos de idade. Com o propósito de convencionar parâmetros para análise comparativa e interpretação de resultados buscou-se alguns trabalhos de pesquisadores cujo objetivo maior era de avaliar o percentual dessa associação nos respectivos países onde observou- se uma escassez de trabalhos comparando dois ou mais países. A prevalência do EBV em lesões nodais de 37 pacientes do nordeste brasileiro com Linfoma de Hodgkin clássico foi comparada com 33 pacientes franceses.Houve predominância em pacientes brasileiros do sexo feminino (51,3%) e em pacientes franceses do sexo masculino (65,3%) sendo a média de idade similar em ambos os grupos (34,8 anos).Dos subtipos histológicos a Esclerose Nodular (EN) esteve presente em 23 casos brasileiros e em 29 franceses e Celularidade Mista (CM) em 11 brasileiros e 4 franceses. Depleção Linfocitária (DL) e não classificados foram raros. O LMP1 (Proteína de Membrana Latente) foi expresso nas células RS em 25 (67,5%) dos casos brasileiros e em 10 (30,3%) dos franceses e o Epstein-Barr encoded RNA (EBER) foi evidente em 75,6% de Brasil e 30,3% da França. A relação entre subtipo histológico e detecção viral foi mais freqüente no subtipo Celularidade Mista. Deduz-se com esses resultados que o EBV tenha uma maior participação na patogênese do LH Clássico nos casos do Ceará que em pacientes oriundos da França.
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Pinto, Marília Taumaturgo
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