O sujeito da filosofia é produto ou produtor da história? Reflexões entre Kant e Foucault
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/32648 |
Resumo: | RIBEIRO, Felipe de Campos. O sujeito da filosofia é produto ou produtor da história? Reflexões entre Kant e Foucault. Revista Dialectus, Fortaleza, v. 4, n. 11, p. 158-175, ago./dez. 2017. |
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O sujeito da filosofia é produto ou produtor da história? Reflexões entre Kant e FoucaultEl sujeto de la filosofía ¿es producto o productor de la história? Reflexiones entre Kant y FoucaultOntologia do presenteFilosofia práticaHistoricidadeFoucaultKantRIBEIRO, Felipe de Campos. O sujeito da filosofia é produto ou produtor da história? Reflexões entre Kant e Foucault. Revista Dialectus, Fortaleza, v. 4, n. 11, p. 158-175, ago./dez. 2017.O objetivo deste artigo é refletir sobre a ambivalência atividade/passividade, intrínseca ao sujeito histórico, que marca flagrantemente o pensamento ético e político do último Foucault. Isto, a partir de uma reanálise dos próprios textos do “Kant prático” que foram neste sentido evocados e analisados pelo autor à ocasião do ministério de seu curso de 1983 no Collège de France. Foucault se autodiagnostica como historicamente proveniente de uma certa tradição kantiana comprometida com uma “ontologia do presente” (com o aqui e agora da filosofia, com a prática da verdade). Porém, quando reflete em termos históricos sobre a mesma, depara-se com uma ambivalência fundamental: esta tradição, a um só tempo, seria a expressão de um processo histórico já em curso, que produziria, determinaria, tornaria possível, estes sujeitos e este presente em que se está; mas seria, ao mesmo tempo, um exercício ativo daqueles que promovem este processo, daqueles que teriam o dever de militar no uso de sua livre expressão rumo ao aprofundamento deste processo que já vem acontecendo. No limite, os filósofos, seriam, concomitantemente, passivos e ativos, produzidos e produtores, elementos e atores de um mesmo processo. Este foi o problema do qual partimos. Nossa metodologia consistiu na análise hermenêutica da bibliografia utilizada. Como resultado, descobrimos que opúsculo de Kant sobre o qual trabalhamos (Resposta à pergunta “o que é o Esclarecimento?”) conduz a uma aporia, na medida em que o momento onde é possível passar a “pensar sem a tutela de outrem” (exortação central do texto) – ou seja, ser um sujeito ativo, visto de uma perspectiva histórica - resta perenemente imperscrutável. Nossas conclusões apontam no sentido de um impasse que permanece em aberto para o pensamento contemporâneo; impasse que diz respeito à impossibilidade de se compreender, no limite, o exato sentido de processo histórico. Pois o que, para Kant, sempre esteve decidido como um movimento ativo e para frente, encabeçado e promovido (ainda isto possa ser uma ilusão), para Foucault – que acaba antes se descobrindo como produzido por uma historicidade ao praticar sua atividade - permanece oscilando entre passividade e atividade.El objetivo de este artículo es reflexionar sobre la ambivalencia actividad/pasividad, intrínseca al sujeto histórico, que marca flagrantemente el pensamiento ético y político del último Foucault. Esto, a partir de un re análisis de los propios textos del “Kant práctico” que fueron de esta manera evocados y analizados por el autor durante el dictado de su curso en el Collège de France en 1983. Foucault se auto diagnostica como históricamente proveniente de una cierta tradición kantiana comprometida con una “ontología del presente” (con el aquí y ahora de la filosofía, con la práctica de la verdad). Sin embargo, cuando reflexiona en términos históricos sobre la misma, se encuentra con una ambivalencia fundamental: esta tradición, a la vez, sería la expresión de un proceso histórico ya en curso, que produciría, determinaría, tornaría posible, estos sujetos y este presente en el que está; pero sería al mismo tiempo, un ejercicio activo de aquellos que promueven este proceso, de aquellos que tendrían el deber de militar en el uso de su libre expresión rumbo a profundizar este proceso que ya viene sucediendo. En el límite, los filósofos, serían, concomitantemente, pasivos y activos, producidos y productores, elementos y actores de un mismo proceso. Este es el problema del que hemos partido. Nuestra metodología consistió en el análisis hermenéutico de la bibliografía utilizada. Como resultado, descubrimos que el opúsculo de Kant sobre el cual trabajamos (Respuesta a la pregunta “¿qué es el Esclarecimiento?”) conduce a una aporía, en la medida en que el momento donde es posible pasar a “pensar sin la tutela de otro” (exhortación central del texto) – o sea, ser un sujeto activo, visto desde una perspectiva histórica – resta perennemente imperscrutable. Nuestras conclusiones apuntan en el sentido de un impase que permanece en abierto para el pensamiento contemporáneo; impase que dice respecto a la imposibilidad de estar comprehendido en el límite, el exacto sentido del proceso histórico. Puesto que para Kant, siempre estuvo decidido como un movimiento activo y hacia el frente, encabezado y promovido (aunque esto pueda ser una ilusión), para Foucault – que termina antes descubriéndose como producido por un carácter histórico al practicar su actividad – permanece oscilando entre la pasividad y la actividad.Revista Dialectus2018-06-06T15:36:18Z2018-06-06T15:36:18Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfRibeiro, F. C. 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