Principais impactos nas margens do Baixo Rio Bodocongó - PB, decorrentes da irrigação com águas poluídas com esgoto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Magalhães,Nilana F.
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: Ceballos,Beatriz S. O. de, Nunes,Ana B. de A., Gheyi,Hans R., Konig,Annemarie
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-43662002000100023
Resumo: A bacia do Rio Bodocongó se situa na região Sudoeste do Estado da Paraíba e é contribuinte da bacia do Médio Rio Paraíba, receptor da maior parte dos esgotos brutos e do efluente final da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) da cidade de Campina Grande. O trecho situado à jusante da ETE, aqui chamado Baixo Bodocongó, tem 50 km de extensão e suas águas são usadas para irrigação irrestrita, destacando-se forrageiras e hortaliças (alface, repolho, tomates) e para recreação de contato primário, dentre outros. Neste trabalho analisaram-se parâmetros sanitários, físicos e químicos de suas águas, os impactos causados pelo uso na qualidade sanitária de duas culturas irrigadas (capim e repolho) e na salinização dos solos. Verificou-se que essas águas são impróprias para irrigação irrestrita e que em nenhum dos pontos amostrados sua qualidade atende simultaneamente aos dois critérios da OMS para irrigação: coliformes fecais < 1000 UFC 100 mL-1 e ovos de helmintos < 1 ovo L-1. Os repolhos irrigados com a água desse rio apresentaram concentrações de coliformes fecais de 10³ NMP g-1, 17 vezes superior ao máximo para alimentos ingeridos crus. Essas águas têm condutividade elétrica entre 2,42 a 3,51 dS m-1 e as áreas irrigadas apresentam maior nível de sais em relação aos solos de áreas não irrigadas próximas.
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